DIA MUNDIAL DA SAÚDE
Empregados dos Correios superam problemas de saúde ao conciliar trabalho e atividade física  

O técnico operacional dos Correios, Eduardo Telles, aderiu à bicicleta como meio de transporte de casa para o trabalho.
Foto: Divulgação/Correios

Quando o assunto é exercício físico, o primeiro benefício que vem à cabeça de muitos é a perda de peso. No entanto, os ganhos de uma vida ativa podem ir muito além de um corpo esguio: melhora da qualidade do sono, do humor e da manutenção geral da saúde. Por isso, muitas pessoas estão buscando maneiras diferentes de encaixar este hábito saudável à atividade que costuma ocupar a maior parte do dia: o trabalho.  

Aos 19 anos, o contador dos Correios, Ricardo Barbosa, descobriu-se portador de espondilite anquilosante, doença autoimune que causa inflamação das articulações, enrijecendo a estrutura óssea e provocando fortes dores. No momento do diagnóstico, a frase que o jovem ouviu do pai o ajudou a enfrentar a notícia difícil: a vida é uma resolução de problemas. 

A solução encontrada foi a atividade física. Ao mover o corpo, o contador encontrou alívio para as dores e o caminho para evitar a degeneração óssea. “Percebi que quando praticava exercício, as dores diminuíam e a minha médica me incentivou a continuar. Se não fosse isso, estaria na cama ou numa cadeira de rodas,” destaca.  

Rotina inegociável: o contador Ricardo Barbosa superou as dores de uma doença crônica com a prática de natação e musculação. Foto: Divulgação/ Correios.

Natação, duas vezes por semana, e musculação, todos os dias, se tornou uma rotina inegociável. Mesmo nos dias em que sai mais tarde do trabalho, Ricardo, que está à frente do Departamento de Controladoria dos Correios, em Brasília, não deixa de fazer uma hora e meia de musculação, não importa a hora em que chegue em casa. “Hoje atividade física é o meu remédio. Não uso mais medicamentos para controlar a dor”, comemora.  

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Empregados dos Correios superam problemas de saúde ao conciliar trabalho e atividade física  “

Presidente defende caráter público dos Correios

Em artigo publicado pelo jornal Folha de S. Paulo nesta segunda-feira (3), o presidente dos Correios, Fabiano Silva dos Santos, defendeu o caráter público da estatal e abordou os planos de sua gestão para a empresa, que incluem iniciativas para diversificar serviços, realizar parcerias e aumentar receitas, a fim de manter e ampliar a liderança no segmento concorrencial de logística e entrega de encomendas.

O presidente destacou a importância de o Brasil possuir um serviço postal público, que garanta o direito da população à comunicação e ao sigilo da correspondência, e realizou uma análise sobre a situação de outros operadores postais do mundo. “A privatização do setor não é tendência no mundo: apenas oito países têm correios privados, como, por exemplo, Holanda, Reino Unido e Suécia. Nenhum país das dimensões do Brasil discute o tema”, afirmou no artigo.

Leia o artigo na íntegra:

Missão é fortalecer os Correios
Estatal deve diversificar serviços e investir no segmento de encomendas

Editorial desta Folha (O futuro dos Correios”, 26/3) trouxe à tona o debate sobre a privatização da empresa. A fim de esclarecer os principais pontos elencados, apresentamos dados relevantes.

A Constituição estabelece que compete à União manter o serviço postal. O objetivo é não permitir que o direito à comunicação e ao sigilo da correspondência fique sujeito a interesses de mercado. Por esse mesmo motivo, a privatização do setor não é tendência no mundo: apenas oito países têm correios privados, como, por exemplo, Holanda, Reino Unido e Suécia. Nenhum país das dimensões do Brasil discute o tema.

Em Portugal, a privatização em 2013 gerou reclamações sobre perda de qualidade e aumento de preços. Na Argentina, terminou com a falência da empresa, a reestatização e um rombo para o Estado —uma conta a mais para os contribuintes. Nem mesmo os Estados Unidos, exemplo de sucesso do livre mercado, privatizam o serviço, ainda que tenham registrado prejuízos acumulados de quase US$ 90 bilhões de 2006 a 2020.

Esse não é o caso do Brasil. Apesar do prejuízo de 2022, os Correios possuem caixa para enfrentar os desafios, consolidado por 16 anos de lucro entre 2001 e 2020, com resultado líquido positivo de R$ 12,4 bilhões e repasse de R$ 9 bilhões para a União. Na prática, isso significa que o contribuinte não é onerado para manter a estatal.

Com a privatização preconizada pela Folha, a União assumiria os serviços postais em locais distantes ou pequenos, pois o mercado não possui estrutura ou interesse em levar documentos e encomendas a cidades do interior —o que a estatal, presente em todos os municípios, alcança a preço acessível. Por todos esses motivos, o presidente Lula, ao ser empossado, suspendeu imediatamente o processo de privatização, incumbindo à nossa gestão, iniciada em fevereiro, a missão de fortalecer os Correios.

A Folha acerta quando diz que “a oportunidade está no segmento de encomendas, que avança com o comércio eletrônico e exige investimentos em tecnologia e logística”. Estamos cientes, e nas próximas semanas apresentaremos um plano de ações de curto e médio prazo com iniciativas para diversificar serviços, realizar parcerias e aumentar receitas a fim de manter e ampliar a liderança dos Correios no segmento, que é concorrencial e envolve players como gigantes multinacionais.

Nossa diretriz é investir fortemente em tecnologia e inovação, ao contrário da gestão anterior, que teve essa oportunidade e não o fez, com a clara intenção de privatizar a estatal. Como bem anotado pela Folha, foram apenas R$ 202 milhões destinados em 2022 para TI. Com o aporte de recursos para áreas estratégicas, iremos valorizar e modernizar a estatal, consolidando-a como a empresa de logística mais eficiente da América Latina.

Por 360 anos, os Correios têm atuado para a integração nacional e o desenvolvimento do Brasil. Nossa gestão trabalha para diversificar e atualizar o portfólio, aprimorar a qualidade e conquistar novas receitas a fim de corresponder à confiança da população, que considera a estatal a empresa pública mais respeitada do país.

Fabiano Silva dos Santos
Presidente dos Correios