DIA DO CICLISTA|
Sobre duas rodas, entregamos sustentabilidade e futuro

Reconhecida como o meio de transporte mais sustentável do mundo, a bicicleta é o modal perfeito para entregas de curta distância.

Neste Dia do Ciclista (19), celebramos não apenas a importância da mobilidade sustentável, mas também a presença marcante dos Correios sobre duas rodas. Todos os dias, milhares de carteiras e carteiros cruzam cidades e comunidades de todo o Brasil em suas bicicletas amarelas, levando cartas, encomendas e conexão para milhões de pessoas.

Mais do que um símbolo, a bicicleta tornou-se parte essencial da nossa estratégia de sustentabilidade e eficiência logística. Hoje, contamos com quase 10 mil bicicletas em operação, sendo mais de 4 mil elétricas, já presentes em todos os estados do país. Juntas, elas percorrem diariamente cerca de 49 mil quilômetros, somando mais de 12 milhões de quilômetros por ano.

A bike elétrica é o modal perfeito para entregas de curta distância: alivia o esforço físico das carteiras e dos carteiros, garante agilidade e ainda contribui para a preservação do meio ambiente. Por utilizar energia limpa, não emite dióxido de carbono (CO₂) nem outros gases poluentes, sendo reconhecida como o meio de transporte mais sustentável do mundo.

Esse compromisso conecta os Correios a um dos eventos mais relevantes da agenda global: a 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, a COP30, que será realizada no Brasil em 2025. Como operadores logísticos estratégicos do evento global, teremos papel central no suporte às atividades da conferência, oferecendo soluções de transporte e entrega que unem eficiência, confiabilidade e responsabilidade ambiental.

Investimentos em bicicletas elétricas, veículos sustentáveis e inovação tecnológica são a forma como os Correios demonstram que é possível modernizar a logística sem aumentar as emissões. Um exemplo de uma empresa pública que alia tradição, alcance nacional e compromisso com o futuro do planeta.

MÊS DOS PAIS|
Pai desde o positivo: homens que abraçaram a paternidade desde a gestação

Eduardo Amaral e o pequeno Dudu: “não queria que meu filho tivesse um pai como eu tive.” Foto: Arquivo pessoal.

Por Juliana Miranda

Quando começa a paternidade? Mais do que um vínculo biológico, ser pai é uma construção diária. É transformar sentimento em atitude: de cuidado, de apoio e de presença. Nesta segunda matéria da série em homenagem ao Mês dos Pais, conheça três histórias de homens que se tornaram pais desde o instante em que viram o resultado positivo da gravidez e que tiveram suas vidas transformadas por essa escolha.

“O maior desafio da minha vida” — Antonio Marcos Cezar dos Santos, Araraquara (SP)

Antonio Marcos: “Errar faz parte do processo”. Foto: Arquivo pessoal.

O atendente comercial Antonio Marcos lembra com nitidez o dia em que tudo mudou: “Estava em casa, com minha companheira, Kátia, e ela me mostrou o teste de gravidez positivo. Senti uma mistura de alegria, surpresa e responsabilidade. Minha primeira reação foi abraçá-la e começar a planejar o futuro.”

O resultado trouxe mudanças visíveis, na casa, na rotina, e outras mais sutis, emocionais, fruto de reflexão. Ao saber que teria uma menina, mergulhou em leituras sobre paternidade, preparou o quarto e se envolveu nos preparativos:

“Senti um desejo de ser um bom modelo para minha filha, de aprender como elaborar tudo isso sendo homem e mostrar minha visão do mundo feminino. O desafio foi um dos maiores da minha vida.”

Um dos momentos mais marcantes veio no ultrassom: “Ao ouvir o coração da minha filha pela primeira vez, passou um filme em preto e branco. Lembrei dos tempos desde criança, de tudo que passei. Estar ali no papel não mais de criança, mas de adulto prestes a ser pai, foi mágico.”

Com o nascimento de Rhaizza, hoje com 11 anos, e depois de Anthony, de 6, ele reafirma:

“Ser pai é uma jornada desafiadora. Errar faz parte do processo, mas como reagimos aos erros vai germinar no inconsciente de nossos filhos por toda a vida.”

Para o agente de Correios Eduardo Amaral, lotado em Barbacena (MG), a paternidade começou com um pacto íntimo: “Não queria que meu filho tivesse um pai como eu tive. Abraçar a paternidade parece algo lógico e até natural pra mim. Meu maior desejo é ver meu filho ser saudável, bom e feliz.”

Desde o anúncio da gravidez, mergulhou em estudos e até treinava de madrugada:

“Eu treinava com um pacote de arroz de madrugada como segurar um bebê. O mais importante na minha cabeça era saber como desengasgar um bebê. Sempre tive medo disso.”

No meio do caminho, enfrentou a dor de perder a mãe: “Ela morreu sabendo que seria avó, finalmente, mas não conseguiu ser. Sua última frase foi ‘não vou ver meu neto nascer’.”

Seis meses depois, nascia Dudu, “a cara da avó”:“Fui o primeiro a pegar meu filho no colo, sentir aquele bafinho de quem nunca se alimentou e ver seus olhinhos abrindo pela primeira vez. Ali tive a constatação óbvia de que minha vida havia mudado.”

Hoje, aos 10 meses de Dudu, Eduardo resume: “Não existe perfeição nessa vida, mas o amor é gigante e seus atos marcarão a trajetória do seu filho. Ser pai é, sem dúvidas, a melhor jornada da minha vida

Paternidade é sobre estar disposto” — José Alexandre Junior, Natal (RN)

José Alexandre: “Antes mesmo de nascer, minha filha já tinha me tornado um homem melhor.” Foto: Arquivo pessoal.

José Alexandre lembra exatamente do momento em que foi surpreendido: “Foi um sábado de manhã cedinho. Estava dormindo e minha esposa, Cibelle, me acordou com um teste positivo. Naquele instante, o mundo pareceu parar. Foi uma mistura de gratidão e alegria tão intensa que nem sei descrever.”

Ao saber que teria uma menina, Clara Vitória, pensou imediatamente no papel que queria assumir: “Meu primeiro pensamento foi: como cuidar, acolher e ser porto seguro para esse ser tão pequeno ainda? Mas eu tinha uma certeza: queria que ela se sentisse amada e segura todos os dias de sua vida.”

Participou de tudo: consultas, exames, conversas, preparativos. Criou até uma rotina para se conectar com a filha na barriga: “Todas as noites, eu conversava com ela e colocava a mão na barriga para sentir seus movimentos. Quase sempre ela ‘respondia’ com chutinhos. Eu queria que, quando viesse ao mundo, reconhecesse minha voz e soubesse que estava segura.”

Ele diz que a chegada de Clara mudou sua visão de mundo:

“Antes mesmo de nascer, minha filha já tinha me tornado um homem melhor. Entendi que paternidade não é sobre estar pronto, e sim sobre estar disposto.”

E deixa um recado aos novos pais: “Viva cada segundo. Esteja ao lado da mãe, participe de tudo, fale com seu filho ainda na barriga. O tempo voa, e cada momento é único e insubstituível. Nada se compara ao amor de pegar um filho no colo pela primeira vez.”

Esses três homens mostram que a paternidade não começa no parto, mas no momento em que o amor encontra um propósito. Porque, para quem escolhe estar presente desde o positivo, ser pai é mais que um papel: é um compromisso diário de amor e presença.

* Contribuíram para a produção da matéria as equipes de comunicação dos Correios em Minas Gerais, Rio Grande do Norte e São Paulo Interior (SPI).

MÊS DOS PAIS|
Paternidade moderna: porque pai é base, não apoio

Por Thiara Andrade

A família mudou – e com ela, a paternidade. O que antes era visto como um papel mais distante, quase sempre restrito ao sustento material, hoje ganha novos contornos: ser pai é estar presente, dividir responsabilidades, cuidar, amar e educar de forma ativa e cotidiana.

Sim, as transformações sociais e culturais dos últimos anos redesenharam as estruturas familiares. Nesse novo cenário, pais deixam de ser coadjuvantes no cuidado para se tornarem protagonistas ao lado das mães, construindo uma coparentalidade verdadeira, baseada no afeto e na parceria. Ganham todos, principalmente os filhos, que crescem com mais segurança emocional, autoestima, autonomia, empatia e respeito pelos outros.

Em artigo publicado em 2008, as pesquisadoras Ana Cristina Staudt e Adriana Wagner já destacavam essa mudança: a paternidade vem sendo vivida de forma mais participativa. Segundo elas, o avanço do movimento feminista e a entrada massiva das mulheres no mercado de trabalho foram cruciais para esse novo equilíbrio dentro das famílias.

Mas, para além das teorias, é na rotina que esse novo pai se revela.

Pais que sustentam, cuidam e compartilham

Leonardo Fernandes, jornalista dos Correios, vive essa nova realidade. Ele e a esposa, Luíza, deixaram Minas Gerais há cerca de 10 anos e se mudaram para Curitiba (PR), onde nasceu o filho do casal, Caetano, hoje com 8 anos. Sem rede de apoio por perto, os dois aprenderam, na prática, o que significa dividir responsabilidades.

Leonardo com a esposa, Luíza, e o filho, Caetano. Foto: arquivo pessoal.

“Sempre busquei suprir e equilibrar esse quadro para evitar o desgaste materno, natural no puerpério e nos primeiros meses do bebê. Nesse comecinho de vida do Caetano, que mamava no peito e consumia muito mais da mãe, inclusive durante as noites, eu procurava desempenhar tarefas não exclusivas dela, para poupá-la um pouco e também criar um vínculo mais forte com nosso filho”, relata.

Poucos meses após o nascimento, a família enfrentou um desafio delicado: a descoberta de uma alergia alimentar (APLV – alergia à proteína do leite de vaca). A nova rotina exigia cuidados extremos com a alimentação da mãe e do bebê. Leonardo assumiu o controle da cozinha, adaptando receitas e cuidando de cada detalhe para garantir o bem-estar da esposa e do filho.

Hoje, com a rotina mais estabilizada, Leonardo segue presente: leva e busca Caetano em atividades, ajuda nos deveres, acompanha a escola. “Sempre nos revezamos. Atualmente, após ajustes nas rotinas de trabalho, eu tenho dado mais apoio ao Caetano, levando e buscando nas atividades extracurriculares, como aulas de inglês, natação e teatro. Hoje também sou eu quem o leva para a escola. Assim seguimos e tem dado certo. Ele nos ensina muito, afinal de contas, temos que educar, mas, ao mesmo tempo, nos atualizar para que ele tenha uma vida sadia e feliz, livre de preconceitos e amarras sociais que talvez tenhamos passado quando crianças sem perceber”, declara Leonardo.

Cuidar também é amar e dividir

Rodrigo Rovai, engenheiro de produção nos Correios, também carrega uma história de paternidade transformadora. Ele já tinha enraizado que a tarefa de criar um filho tinha que ser dividida, não sobrecarregando apenas o pai ou a mãe. “Eu sempre encarei a criação de uma criança como uma parceria”, afirma.

Rodrigo com a esposa, Fabiana, e a filha, Mariana. Foto: arquivo pessoal.

Quando Rodrigo se casou com a esposa, Fabiana Lobão, ela já tinha uma filha de 6 anos, Mariana. O convívio diário e a oportunidade de exercer a paternidade foram uma experiência emocionante para o engenheiro. “Você passa a entender que precisa priorizar outras coisas, que você tem outra vida para cuidar. E cuidar é educar, e educar é difícil. Já estamos nesse convívio há quase 7 anos, entrando na adolescência, e a cada fase são novos desafios, outras mudanças. Mas eu não posso reclamar de nenhuma vírgula, eu amo cada um dos nossos momentos, cada uma das situações que a gente passa juntos”, declara.

Sobre a divisão de tarefas, Rodrigo defende que o casal deve sempre conversar a respeito, pois são obrigações que se ajustam conforme as rotinas da família mudam. “O importante é que nenhum dos dois fique sobrecarregado e que o núcleo familiar consiga conviver em paz. Porque sobrecarregar uma pessoa pode trazer algumas consequências como irritabilidade e isolamento, e isso pode atrapalhar o convívio familiar e social também”, finaliza.

Paternidade responsável é presença emocional

Mesmo com tantos avanços, muitos homens ainda enfrentam obstáculos estruturais para exercer a paternidade com plenitude. Um exemplo é o tempo da licença-paternidade no Brasil: a legislação garante apenas 5 dias após o nascimento ou adoção de um filho. Empresas que aderem ao Programa Empresa Cidadã, como os Correios, podem estender esse período para até 20 dias.

Atualmente, projetos em discussão no Congresso propõem ampliar esse tempo, com argumentos que vão além da logística: trata-se de uma política de cuidado, vínculo e equidade. Afinal, quanto mais envolvido o pai, mais saudável o ambiente familiar – e mais equilibrada a sociedade.

Para o psicanalista Thiago Queiroz, do blog “Paizinho, Vírgula!”, a paternidade ativa transforma não só as famílias, mas também as estruturas sociais. “Quando incluímos os pais como corresponsáveis pela criação dos filhos, estamos mudando o mundo. Pais podem – e devem -, construir vínculos tão profundos quanto os das mães. Mas para isso, precisam estar presentes, disponíveis, atentos às necessidades emocionais das crianças”, defende.

Coparentalidade: crescer juntos

Coparentalidade vai além de morar na mesma casa. Mesmo quando os pais não vivem mais juntos, é possível (e necessário) dividir afetos, cuidados e decisões. A criança ganha segurança emocional ao ver que pode contar com ambos. Ela cresce com exemplos de empatia, respeito e equilíbrio. E tudo isso começa com uma escolha: ser pai de verdade.

Que este Dia dos Pais seja de celebração, mas também de reflexão – para garantir um presente de mais cuidados para cada família e um futuro melhor para a humanidade.

Paternidade não é ajuda, não é suporte ocasional. É base. É presença. É amor com responsabilidade.

Feliz Dia dos Pais!