Em uma sessão marcada pela disposição real de construir consensos, os Correios aceitaram, nesta quinta-feira (11), a proposta apresentada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), para prorrogar o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2024-2025 até 28 de fevereiro de 2026.
A medida reforça o compromisso da empresa com a estabilidade, a transparência e a construção responsável de soluções que preservem os direitos e assegurem a continuidade das negociações.
Agora, o processo segue para a etapa decisiva: as assembleias das bases sindicais, marcadas para o dia 16 de dezembro, quando a proposta será avaliada pelos trabalhadores. A aprovação pelas bases é essencial para confirmar a prorrogação e permitir que as negociações continuem até fevereiro.
A empresa acompanha essa etapa com confiança e acredita que a decisão refletirá o compromisso de todos com a estabilidade, o bom senso e o futuro dos Correios.
Com a prorrogação, todos os direitos previstos no ACT vigente permanecem assegurados até 28/2, dentre eles o auxílio creche/babá, auxílio-especial, quebra de caixa, situação de calamidade pública, 70% de férias, dentre outros. A única exceção são os §§ 2º e 9º da Cláusula 55 (VA/VR), que não será renovada porque o crédito extra previsto já foi integralmente pago — no prazo, em sua totalidade e sem qualquer impacto para os empregados.
Ao aceitar a proposição do TST, os Correios cedem em favor da estabilidade institucional, evitando rupturas e garantindo um ambiente seguro para que as negociações avancem com profundidade, responsabilidade e mediação qualificada. O novo prazo permitirá tratar com rigor técnico os temas econômicos que ainda exigem estudo detalhado, especialmente aqueles relacionados aos efeitos da inflação e ao equilíbrio financeiro do ACT. Também permitirá avaliar, com mais clareza, pontos que seguem em discussão, como o ticket-extra.
A empresa reforça que, dadas as condições financeiras atuais, não há possibilidade imediata de assumir esse custo. No entanto, nenhum tema está automaticamente encerrado: conforme a evolução dos cenários e dos estudos, questões específicas poderão ser revisitadas no âmbito da mediação do TST.
“A responsabilidade que se coloca agora é coletiva: encontrar um equilíbrio que preserve direitos fundamentais, assegure a continuidade da empresa e construa um ACT compatível com a realidade. É esse o compromisso dos Correios, transparente, responsável e orientado pela proteção do trabalho e da instituição”, destacou a diretora de gestão de pessoas, Natália Mota.
Os Correios também reconhecem e valorizam a abertura ao diálogo das representações sindicais, que têm participado das tratativas de forma responsável e construtiva. Essa postura reforça a confiança na consciência coletiva das trabalhadoras e dos trabalhadores, parceiros fundamentais na recuperação e no futuro dos Correios.
Após as assembleias do dia 16/12, os Correios seguirão acompanhando os desdobramentos, mantendo a mesa aberta com total disposição para avançar de forma técnica, responsável e mediada pelo TST.
Neste momento, mais do que nunca, empresa, empregados e representações devem seguir lado a lado, unidos pelo propósito de reconstruir os Correios e garantir a continuidade de um serviço essencial ao país.