Papai Noel dos Correios: duas amigas e muitos sonhos tirados do papel

Para esta família do Rio de Janeiro (RJ), a alegria chegou junto com uma geladeira nova. Foto: Divulgação/Correios.

Por Aline Nogueira

Rio de Janeiro – Há mais de três décadas, o Papai Noel dos Correios abre caminhos de afeto pelo país. Todos os anos, quando as primeiras cartinhas começam a chegar, algo maior também acontece: o Brasil se reconhece na delicadeza dos pedidos escritos à mão e na força da solidariedade que transforma sonhos em presença.

No Rio de Janeiro, essa história ganha contornos ainda mais especiais. Na Superintendência Estadual dos Correios no estado (SE/RJ), duas colegas de trabalho, Helen Cardoso e Clarissa Gomes, transformam o fim de ano em missão. Em áreas diferentes da empresa, mas com o mesmo coração disponível, elas fazem da rotina de trabalho um gesto de cuidado que atravessa vidas.

Dupla do bem: Helen e Clarissa dão exemplo amizade e solidariedade nos Correios do Rio. Foto: Divulgação/Correios.

Tradição antes do crachá

Helen, da gerência de suporte comercial dos Correios no RJ, cresceu acompanhando a campanha. “Eu conheço o Papai Noel dos Correios desde antes de entrar na empresa”, conta. Quando se tornou empregada dos Correios, há 18 anos, participar virou tradição, daquelas que não se quebra.

Clarissa, que trabalha na seção de contratos, chegou 12 anos atrás e encontrou na campanha não apenas um projeto, mas um propósito. Desde então, o período natalino marca seu calendário de trabalho e de vida. “A gente se envolve porque acredita na causa”, diz.

Com o tempo, as duas descobriram que podiam fazer mais juntas. A parceria uniu perfis, otimizou processos e ampliou o alcance da solidariedade, multiplicando sorrisos em centenas de lares fluminenses.

Pedidos que ficam para sempre

Ao longo dos anos, pedidos simples e profundos passaram pelas mãos das duas. A menina que desejava apenas um pacote de balas. O menino que sonhava com um chinelo novo. E a família que não tinha geladeira em casa, descoberta por um carteiro atento, que acionou a rede de solidariedade formada por Helen e Clarissa.

E houve a história de Giovanna, de cinco anos, moradora do Rio, que escreveu pedindo um sensor de glicose para monitorar a diabetes sem tantas picadas. Quando a coordenação do Papai Noel dos Correios no RJ percebeu que ninguém havia adotado o pedido, chamou a dupla. A resposta foi imediata: cuidado, presença e um presente que trouxe alívio, autonomia e qualidade de vida.

“É emocionante ver como um gesto tão simples pode mudar a vida de uma criança”, lembra Clarissa.

Retribuição ao Rio

Para Helen e Clarissa, participar da campanha é retribuir ao público fluminense tudo o que elas constroem como empregadas dos Correios no estado. É devolver, com afeto e responsabilidade, a confiança que recebem diariamente nas operações da SE/RJ. “Cada gesto multiplica. A gente retribui as bênçãos que recebe”, diz Helen.

A soma de tantos gestos já se perdeu na conta. Para 2025, porém, elas estabeleceram um novo marco: adotar as cartinhas de uma turma inteira de 25 crianças de uma escola pública do Rio de Janeiro, além de atender pedidos de uma instituição que cuida de crianças com câncer.

Faça parte

Quem quiser participar da campanha ainda da tempo! É só acessar o Blog Noel para adotar uma cartinha online ou visitar uma agência dos Correios no RJ e em todo o país.

Para conferir mais histórias inspiradoras como esta, assista à edição especial do PostalCast: https://youtu.be/QJzDPYyCRrA?si=oV_MbeZ6dv_XWhV7

COP30: o caminho de volta e o legado que permanece

Depois de meses de preparo e semanas intensas de operação em Belém (PA), os Correios iniciam agora a etapa final da COP30: fazer tudo voltar para casa

Time Correios: mais de 200 empregadas e empregados atuaram diretamente na operação logística da conferência. Foto: Divulgação/Correios.

A COP30 chegou ao fim, mas para nós, que movemos o Brasil diariamente, o trabalho continua. Agora, começa a logística reversa: cada caixa, equipamento e material que chegou de todos os continentes precisa encontrar novamente o seu destino. É um movimento tão complexo quanto o da ida: parte da equipe permanece em Belém até meados de dezembro, encerrando um ciclo que começou meses atrás.

Foram 30 toneladas de carga internacional tratadas em um contexto completamente novo para o nosso dia a dia. Pela primeira vez, os Correios assumiram também a primeira milha em outros países, enfrentando diferentes legislações, ritmos e culturas. O desafio virou inovação e mostrou o quanto sabemos criar soluções ágeis quando o mundo precisa da gente.

“De um dia para o outro, conseguíamos transformar uma prospecção em projeto pago. Isso gerou proximidade, confiança e muitos elogios”, conta Frank Schneider Carvalho de Moura, um dos coordenadores da operação. Delegações já nos consultam para futuras conferências. A credibilidade conquistada fala por si.

Frank Schneider e André Nery: sinergia que transforma desafios em resultado. Foto: Divulgação/Correios.

Quem viveu, sabe

A COP30 foi uma operação técnica, mas também profundamente humana. E quem esteve lá sabe o tamanho disso. “Mostramos mais uma vez que os Correios têm capacidade de fazer qualquer tipo de serviço. É dever cumprido”, resume Antonio Paulo Gonçalves de Moraes, gerente do Centro de Logística Integrada (CLI) de Belém.

Antonio Paulo Moraes, gerente do Centro de Logística Integrada (CLI) de Belém: sensação de dever cumprido. Foto: Divulgação/Correios;

Na Blue Zone, área das delegações oficiais, cada entrega carregava um gesto simbólico. “Mesmo sem falar o mesmo idioma, era emocionante ver a satisfação deles”, lembra Eudimar Silva Souza. Para o carteiro Valdeci Gomes, a experiência foi “gratificante e transformadora”.

Na Green Zone, aberta ao público geral, a sensação era de ter vivido algo único. “É um sonho. O Pará virou janela para o mundo”, conta o agente Darciel da Silva Alves. O carteiro Miguel Evandro reforça: “A troca com colegas de outros estados criou muita conexão”.

Para muitos, estar na COP30 foi estar dentro da história. “Pensar na ECO 92 e ver este evento na Amazônia é um marco”, destaca o engenheiro Fernando Augusto da Silva.

Há também quem dedicou quase quatro décadas aos Correios e se emocionou ao ver a empresa onde cresceu ocupar um papel tão relevante. “É gratificante demais fazer parte disso”, diz Conceição Cardoso da Silva, com seus 39 anos de casa.


Correios do Brasil e do mundo

A força-tarefa reuniu empregados de todas as regiões. De Imperatriz a Curitiba, de São Paulo a Belém, as vozes se encontram no mesmo sentimento: orgulho. “Ver tudo acontecendo exatamente como planejamos é indescritível”, resume Jamili Balcewez da Silva, do Paraná.

“Estávamos nos bastidores fazendo o evento acontecer”, afirma Manuela Derra, de São Paulo. Bruno Valério completa: “Uma operação dinâmica, com grande responsabilidade. Dá orgulho mostrar quem somos.”

Quem já voltou para casa também leva aprendizados. “A COP30 prova o quanto os Correios entregam para a sociedade”, reforça Heverton Pagliaci, de Bauru.

O técnico Tsay Chu Ming, fluente em mandarim, virou ponte para delegações da China e Taiwan. Foto: Divulgação/Correios.

E teve quem fez muito mais do que entregar cargas: desmontou barreiras. O técnico Tsay Chu Ming, fluente em mandarim, virou ponte para delegações da China e Taiwan. Já Ismael Oeiras Pires ajudou visitantes com Libras em um evento em que a inclusão também era pauta. Presença que transforma.


A COP30 termina, mas o legado fica: na memória de quem participou, no conhecimento que construímos e na certeza de que os Correios entregaram muito mais que encomendas: entregaram confiança, solução e presença.

Gessimar Calmon: orgulho em pertencer. Foto: Divulgação/Correios.

Gessimar Calmon, analista que está em Belém desde setembro, sintetiza o sentimento coletivo: “Foi como trocar o pneu de um carro em movimento. E, mais uma vez, os Correios mostraram sua força, sua competência e sua dedicação. Fazer agora o caminho reverso nos enche de orgulho. Os Correios do Brasil se tornaram do tamanho do mundo.”

Quer saber mais sobre a atuação dos Correios na COP30? Acesse https://www.correios.com.br/cop30-logistics

MÊS DA CONSCIÊNCIA NEGRA|
Ancestralidade que ilumina o presente e inspira o futuro

Neste mês da Consciência Negra, celebramos uma herança que sustenta o Brasil e reafirmamos nosso compromisso permanente com a igualdade racial. É um tempo de reconhecer a força da ancestralidade afro-brasileira e de renovar o trabalho que realizamos para transformar cultura em prática, todos os dias, em todas as partes do país.

O 20 de Novembro nos lembra que a história do Brasil é inseparável da contribuição negra. Essa presença se traduz em identidade, resistência e potência coletiva. Também orienta o futuro que queremos construir como instituição pública.

Nos Correios, esse compromisso tem se materializado em ações contínuas: fortalecemos iniciativas voltadas ao antirracismo, ampliamos formações internas, consolidamos políticas afirmativas e criamos grupos de trabalho dedicados ao tema em diferentes regiões do país. O foco é transformar diretrizes em práticas diárias, capazes de promover ambientes mais inclusivos e trajetórias profissionais mais justas.

Correios em Harvard

Um dos destaques deste ano foi a conclusão, por 39 empregados e empregadas, do curso “Certificado em Estudos Afro-Latino-Americanos”, oferecido pela Universidade de Harvard. A formação aprofunda perspectivas históricas e sociais e fortalece nossa capacidade institucional de avançar na agenda da equidade racial com conhecimento e responsabilidade.

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