Papai Noel dos Correios: aberta a temporada de tirar sonhos do papel

Campanha chega à 36ª edição celebrando diversidade, sustentabilidade e o poder de conectar um país inteiro

Há gestos que atravessam gerações. Um deles é escrever uma carta, esperar resposta e descobrir que alguém, em algum lugar, se importou. O Papai Noel dos Correios nasceu assim: de um ato simples que, há 36 anos, mobiliza milhões de brasileiros e mostra que a solidariedade ainda é o presente mais bonito de todos.

Mais do que uma tradição natalina, a campanha revela a alma dos Correios: uma presença que conecta o Brasil em linhas invisíveis, ligando pessoas e sonhos. É essa rede, feita de trabalho e afeto, que transforma cartas em encontros, distâncias em pontes e esperança em entrega real.

Um Natal mais diverso e sustentável

O lançamento da edição 2025 aconteceu na sede dos Correios, em Brasília (DF), com a presença de alunos do Centro de Educação Infantil da Candangolândia.

A chegada do Bom Velhinho foi de bicicleta elétrica, um gesto simbólico que reflete o compromisso da empresa com um futuro mais sustentável e responsável com o planeta.
Neste ano, o Papai Noel é negro e está acompanhado da Mamãe Noel parda. Juntos, representam a diversidade e a beleza do povo brasileiro: o retrato de um país em que todas as crianças podem se reconhecer, sonhar e acreditar.

“Mais do que entregar presentes, o Papai Noel dos Correios leva esperança e mostra que a verdadeira grandeza de uma empresa está na capacidade de chegar perto, independente da distância”, afirmou o presidente dos Correios, Emmanoel Rondon.

A força de quem conecta o Brasil

O que começou com um grupo de empregados respondendo às cartinhas de crianças ao Papai Noel se transformou em uma das maiores ações sociais do país.

Desde então, quase 7 milhões de pedidos foram atendidos. Na campanha de 2024, 350 mil sonhos viraram realidade.

Neste ano, o desafio é seguir conectando pessoas e espalhando esperança, com a mesma presença que faz dos Correios parte da vida cotidiana de cada comunidade brasileira.

“A força dos Correios sempre esteve nas pessoas que fazem essa empresa acontecer. Quando a gente se une, nenhum desafio é grande demais”, completou Rondon.

Mais do que uma campanha de Natal, o Papai Noel dos Correios reafirma o propósito da empresa de levar presença onde há distância, e construir união onde antes havia apenas caminho.

Como participar

Os Correios recebem as cartinhas de crianças de até 10 anos de idade da rede pública e de instituições parceiras.

Depois de lidas e selecionadas, elas são disponibilizadas nos pontos de adoção e no Blog do Noel.

Adotar é simples: basta escolher uma carta, comprar o presente e entregá-lo — bem embalado e com a cartinha colada do lado de fora — em uma agência participante.

Padrinhos e madrinhas devem informar CPF ou CNPJ para que a empresa possa acompanhar as adoções e entregas.

Até o momento, mais de 130 mil cartas já foram recebidas. Entre os pedidos mais comuns estão bonecas, carrinhos, material escolar e bicicletas — sonhos simples que, juntos, formam uma grande corrente de afeto.

Atenção: Os Correios não distribuem cartas diretamente em residências. Todas as cartinhas oficiais estão disponíveis apenas nos locais e canais indicados no blog.

Como enviar uma carta

As crianças que desejam participação devem escrever cartas manuscritas, informando o CPF no cadastro.
O envio pode ser feito: nas agências participantes, ou pelo Blog do Noel, com foto ou digitalização da carta.

Somente as cartas que seguem os critérios da campanha (sem dados pessoais como endereço, telefone ou foto) são disponibilizadas para adoção.

Onde acompanhar

As histórias, bastidores e personagens da Campanha Papai Noel dos Correios 2025 podem ser acompanhados nas redes oficiais da empresa:
• X (Twitter) @Correiosbr
• Facebook @correios
• Instagram @correiosoficial

“O Agente Secreto”: estamos no filme que vai representar o Brasil no Oscar

Parte da trama foi gravada em um prédio dos Correios no Recife; empregados da empresa participaram das filmagens

Prédio histórico dos Correios em Recife é destaque no filme “O Agente Secreto”. Foto: Divulgação (frame do trailer oficial)

Qual é a relação dos Correios com o filme brasileiro O Agente Secreto? Dirigido por Kléber Mendonça Filho e estrelado por Wagner Moura, o longa estreia hoje (6) nos cinemas de todo o país e traz, entre suas locações, um cenário especial para quem conhece bem o Recife.

O que pouca gente sabe é que parte da história foi filmada em um prédio dos Correios, com a participação especial de empregados da empresa.

Localizado no bairro da Boa Vista, o edifício dos Correios foi escolhido pela equipe de produção pela arquitetura preservada e pela atmosfera que ainda guarda o cotidiano da cidade. Suas fachadas, colunas e corredores dão veracidade à narrativa que se passa no Brasil de 1977,  um tempo em que as comunicações ainda eram feitas por cartas.

Empregados dos Correios durante gravações do filme O Agente Secreto. Foto: Arquivo pessoal.


Com distribuição prevista em mais de 100 países, a ficção conta histórias de um país ainda em ditadura militar, reunindo desde dilema de pessoas perseguidas às lendas urbanas locais.

A presença dos Correios no longa é mais do que uma curiosidade de bastidor: é uma prova de que a empresa, assim como o cinema, continua conectando o Brasil, de norte a sul, do passado ao futuro.

Um cenário que guarda o tempo

Para reconstituir o ambiente da época, a produção de O Agente Secreto buscou locações reais que conservassem a identidade visual e o espírito dos anos 1970.

O prédio dos Correios foi uma das escolhas naturais: um espaço que segue vivo, em funcionamento, onde a cidade passa todos os dias e onde o tempo parece permanecer em cada detalhe arquitetônico.

Durante as filmagens, empregados dos Correios acompanharam cada detalhe. O cenário que para a equipe de cinema era reconstituição de época, para eles era parte viva da rotina: os mesmos balcões, o mesmo som de passos ecoando pelos corredores.

“Quando a equipe chegou e disse que ia gravar aqui, a gente nem acreditou”, lembra Maria do Carmo Marinho, atendente dos Correios. “Ver o prédio dos Correios virando cenário de cinema foi emocionante; é como se a nossa história ganhasse uma nova vida.”

Equipe de cinema: nossos artistas em cena. Foto: Arquivo pessoal.

“Eles queriam mostrar o Brasil dos anos 70, e os Correios estavam lá, do mesmo jeito: conectando pessoas”, conta José Siqueira Dias Júnior, técnico operacional. “Quando vi as câmeras filmando o balcão onde eu atendo, pensei: o que é rotina pra gente pode ser cinema pra muita gente lá fora.”

“A gente nunca imagina que vai parar num filme, né?”, completa Carlos Roberto Gonçalves, carteiro. “Os Correios fazem parte da vida de todo mundo e agora também estão nas telas.”

Cinema São Luiz e os Correios

A locação carrega ainda um simbolismo especial. O prédio dos Correios aparece em cena a poucos metros do lendário Cinema São Luiz, ícone da cultura recifense e também personagem do documentário Retratos Fantasmas, do próprio Kléber Mendonça Filho.

Ali, entre o cinema e a agência dos Correios, duas formas de comunicação se encontram: uma projeta histórias; a outra as entrega.

Podcast

Os bastidores dessa participação viraram tema do novo episódio do podcast Universo Postalis, gravado no Recife.

No programa, os empregados que acompanharam as filmagens contam como foi ver o próprio local de trabalho transformado em cenário de cinema e o que significou fazer parte de um filme que hoje representa o país no mundo.

Porque, no fim, é isso que sabemos fazer melhor: conectar histórias que merecem ser contadas.

Confira o episódio completo no Universo Postalis, disponível no Spotify e no YouTube.

Ouça aqui

DIA DO ATENDENTE|
Quando presença é sinônimo de conexão

Há quem diga que estar presente é estar perto. Mas para nós, é mais do que isso: é representar o Brasil onde o Brasil parece distante. É ser o rosto da confiança, todos os dias, em cada agência que carrega o amarelo e o azul da nossa história.

Neste 30 de outubro, celebramos quem faz da presença um ofício: nossos atendentes comerciais. São esses profissionais que representam os Correios em todos os municípios do país, onde em muitos deles somos a única presença da União.

Em cada balcão, há uma ponte. Em cada entrega, um gesto de cidadania. É nessa missão diária, feita de compromisso e afeto, que o trabalho dos atendentes ganha sentido: conectar pessoas, histórias e oportunidades.

Quando o sobrenome vira Correios

Marlei Salete Weide, mas pode chamar de “Marlei dos Correios”. Foto: Divulgação/Correios.

Em Santa Lúcia (PR), a 60 km de Cascavel, Marlei Salete Weide Fiordelis já perdeu o sobrenome. “Sou a Marlei dos Correios”, diz, sorrindo. Há 17 anos na empresa, ela comanda sozinha a agência da cidade de 3.600 habitantes.

Ali, representa o Estado, resolve demandas do INSS, recebe devoluções do comércio eletrônico e acolhe cada morador com a paciência de quem conhece o ritmo da comunidade.

“Convivemos com todos e conhecemos suas dificuldades. Através do meu trabalho, estou facilitando a vida das pessoas.” Em Santa Lúcia, o endereço dos Correios é também o endereço da confiança.

Café mineiro e acolhimento

Elias José Pereira: “Tem gente que passa na agência só pra agradecer”. Foto: Arquivo pessoal.

Na Zona da Mata mineira, em Desterro do Melo (MG), o dia começa com o cheiro de café passado na hora. Elias José Pereira, há 12 anos nos Correios, abre a agência todas as manhãs com o mesmo cuidado de quem abre as portas de casa.

Em uma cidade de menos de 3 mil habitantes, a maioria na zona rural, Elias é mais que atendente: é um ponto de apoio, um ouvinte, um rosto conhecido que dá segurança.“ Conheço muita gente pelo nome. As pessoas costumam me parar na rua para perguntar alguma coisa”, conta.

Na prateleira, a garrafa de café nunca esfria. E no balcão, sempre há espaço para um pouco de prosa. “Tem gente que passa aqui só pra agradecer. Vejo que as pessoas têm um respeito muito grande pelo nosso trabalho. Aqui, eu sou os Correios”, orgulha-se Elias.

Menor município, grandes histórias

Lucas Javan: “Conheço todo mundo aqui, é quase uma família”. Foto: Arquivo pessoal.

Serra da Saudade (MG) é o menor município do Brasil: 833 habitantes. Mas é ali que Lucas Javan mostra que a grandeza de uma presença não cabe em números. “Conheço todo mundo aqui, é quase uma família”, diz.

Durante a pandemia, ajudou moradores a fazer o cadastro do Auxílio Emergencial. “Vejo o atendente como um facilitador da inclusão social.” Entre tantas histórias, lembra de uma senhora que sempre lhe trazia um pacotinho de balas. “Acho que ela me via como um filho.”

Na menor cidade do país, Lucas é o elo entre o cidadão e o Estado, e também entre o que é serviço e o que é afeto.

O coração da cidade

Leonardo Emmanuel Lima: “Sem os Correios, me pergunto o que seria desse município. É o coração da cidade”. Foto: Arquivo pessoal.

No extremo oeste do Acre, em Assis Brasil, o trabalho de Leonardo Emmanuel Lima Martins cruza fronteiras. Há 23 anos nos Correios, ele atua na agência que conecta três países: Brasil, Peru e Bolívia.

“Conheço as pessoas e elas me conhecem. Acho minha profissão importante porque presta serviço à população”, diz Leonardo, que todos os dias atende moradores locais e estrangeiros que cruzam a fronteira para buscar encomendas.

Ali, entre sotaques diferentes e histórias que se misturam, o balcão amarelo dos Correios se tornou símbolo de integração. “Sem os Correios, me pergunto o que seria desse município. É o coração da cidade.”

É assim que nossos atendentes mantêm viva a ligação entre o Brasil e os brasileiros. Porque conectar é mais que entregar. É estar presente: em cada cidade, em cada história, em cada entrega.