Reconhecida como o meio de transporte mais sustentável do mundo, a bicicleta é o modal perfeito para entregas de curta distância.
Neste Dia do Ciclista (19), celebramos não apenas a importância da mobilidade sustentável, mas também a presença marcante dos Correios sobre duas rodas. Todos os dias, milhares de carteiras e carteiros cruzam cidades e comunidades de todo o Brasil em suas bicicletas amarelas, levando cartas, encomendas e conexão para milhões de pessoas.
Mais do que um símbolo, a bicicleta tornou-se parte essencial da nossa estratégia de sustentabilidade e eficiência logística. Hoje, contamos com quase 10 mil bicicletas em operação, sendo mais de 4 mil elétricas, já presentes em todos os estados do país. Juntas, elas percorrem diariamente cerca de 49 mil quilômetros, somando mais de 12 milhões de quilômetros por ano.
A bike elétrica é o modal perfeito para entregas de curta distância: alivia o esforço físico das carteiras e dos carteiros, garante agilidade e ainda contribui para a preservação do meio ambiente. Por utilizar energia limpa, não emite dióxido de carbono (CO₂) nem outros gases poluentes, sendo reconhecida como o meio de transporte mais sustentável do mundo.
Esse compromisso conecta os Correios a um dos eventos mais relevantes da agenda global: a 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, a COP30, que será realizada em novembro em Belém (PA). Como operadores logísticos estratégicos do evento global, teremos papel central no suporte às atividades da conferência, oferecendo soluções de transporte e entrega que unem eficiência, confiabilidade e responsabilidade ambiental.
Investimentos em bicicletas elétricas, veículos sustentáveis e inovação tecnológica são a forma como os Correios demonstram que é possível modernizar a logística sem aumentar as emissões. Um exemplo de uma empresa pública que alia tradição, alcance nacional e compromisso com o futuro do planeta.
Eduardo Amaral e o pequeno Dudu: “não queria que meu filho tivesse um pai como eu tive.” Foto: Arquivo pessoal.
Por Juliana Miranda
Quando começa a paternidade? Mais do que um vínculo biológico, ser pai é uma construção diária. É transformar sentimento em atitude: de cuidado, de apoio e de presença. Nesta segunda matéria da série em homenagem ao Mês dos Pais, conheça três histórias de homens que se tornaram pais desde o instante em que viram o resultado positivo da gravidez e que tiveram suas vidas transformadas por essa escolha.
“O maior desafio da minha vida” — Antonio Marcos Cezar dos Santos, Araraquara (SP)
Antonio Marcos: “Errar faz parte do processo”. Foto: Arquivo pessoal.
O atendente comercial Antonio Marcos lembra com nitidez o dia em que tudo mudou: “Estava em casa, com minha companheira, Kátia, e ela me mostrou o teste de gravidez positivo. Senti uma mistura de alegria, surpresa e responsabilidade. Minha primeira reação foi abraçá-la e começar a planejar o futuro.”
O resultado trouxe mudanças visíveis, na casa, na rotina, e outras mais sutis, emocionais, fruto de reflexão. Ao saber que teria uma menina, mergulhou em leituras sobre paternidade, preparou o quarto e se envolveu nos preparativos:
“Senti um desejo de ser um bom modelo para minha filha, de aprender como elaborar tudo isso sendo homem e mostrar minha visão do mundo feminino. O desafio foi um dos maiores da minha vida.”
Um dos momentos mais marcantes veio no ultrassom: “Ao ouvir o coração da minha filha pela primeira vez, passou um filme em preto e branco. Lembrei dos tempos desde criança, de tudo que passei. Estar ali no papel não mais de criança, mas de adulto prestes a ser pai, foi mágico.”
Com o nascimento de Rhaizza, hoje com 11 anos, e depois de Anthony, de 6, ele reafirma:
“Ser pai é uma jornada desafiadora. Errar faz parte do processo, mas como reagimos aos erros vai germinar no inconsciente de nossos filhos por toda a vida.”
Para o agente de Correios Eduardo Amaral, lotado em Barbacena (MG), a paternidade começou com um pacto íntimo: “Não queria que meu filho tivesse um pai como eu tive. Abraçar a paternidade parece algo lógico e até natural pra mim. Meu maior desejo é ver meu filho ser saudável, bom e feliz.”
Desde o anúncio da gravidez, mergulhou em estudos e até treinava de madrugada:
“Eu treinava com um pacote de arroz de madrugada como segurar um bebê. O mais importante na minha cabeça era saber como desengasgar um bebê. Sempre tive medo disso.”
No meio do caminho, enfrentou a dor de perder a mãe: “Ela morreu sabendo que seria avó, finalmente, mas não conseguiu ser. Sua última frase foi ‘não vou ver meu neto nascer’.”
Seis meses depois, nascia Dudu, “a cara da avó”:“Fui o primeiro a pegar meu filho no colo, sentir aquele bafinho de quem nunca se alimentou e ver seus olhinhos abrindo pela primeira vez. Ali tive a constatação óbvia de que minha vida havia mudado.”
Hoje, aos 10 meses de Dudu, Eduardo resume: “Não existe perfeição nessa vida, mas o amor é gigante e seus atos marcarão a trajetória do seu filho. Ser pai é, sem dúvidas, a melhor jornada da minha vida
“Paternidade é sobre estar disposto” — José Alexandre Junior, Natal (RN)
José Alexandre: “Antes mesmo de nascer, minha filha já tinha me tornado um homem melhor.” Foto: Arquivo pessoal.
José Alexandre lembra exatamente do momento em que foi surpreendido: “Foi um sábado de manhã cedinho. Estava dormindo e minha esposa, Cibelle, me acordou com um teste positivo. Naquele instante, o mundo pareceu parar. Foi uma mistura de gratidão e alegria tão intensa que nem sei descrever.”
Ao saber que teria uma menina, Clara Vitória, pensou imediatamente no papel que queria assumir: “Meu primeiro pensamento foi: como cuidar, acolher e ser porto seguro para esse ser tão pequeno ainda? Mas eu tinha uma certeza: queria que ela se sentisse amada e segura todos os dias de sua vida.”
Participou de tudo: consultas, exames, conversas, preparativos. Criou até uma rotina para se conectar com a filha na barriga: “Todas as noites, eu conversava com ela e colocava a mão na barriga para sentir seus movimentos. Quase sempre ela ‘respondia’ com chutinhos. Eu queria que, quando viesse ao mundo, reconhecesse minha voz e soubesse que estava segura.”
Ele diz que a chegada de Clara mudou sua visão de mundo:
“Antes mesmo de nascer, minha filha já tinha me tornado um homem melhor. Entendi que paternidade não é sobre estar pronto, e sim sobre estar disposto.”
E deixa um recado aos novos pais: “Viva cada segundo. Esteja ao lado da mãe, participe de tudo, fale com seu filho ainda na barriga. O tempo voa, e cada momento é único e insubstituível. Nada se compara ao amor de pegar um filho no colo pela primeira vez.”
Esses três homens mostram que a paternidade não começa no parto, mas no momento em que o amor encontra um propósito. Porque, para quem escolhe estar presente desde o positivo, ser pai é mais que um papel: é um compromisso diário de amor e presença.
* Contribuíram para a produção da matéria as equipes de comunicação dos Correios em Minas Gerais, Rio Grande do Norte e São Paulo Interior (SPI).
Em parceira com a Defensoria Pública da União (DPU), promovemos seminário sobre protocolos de julgamento com perspectiva de gênero e raça
Promover a justiça de forma verdadeiramente equitativa requer um olhar atento às desigualdades estruturais que historicamente impactam diferentes grupos sociais. Foi nesse sentido que os Correios, em parceria com a Defensoria Pública da União (DPU), realizaram, nesta quarta-feira (6), no auditório do edifício-sede em Brasília/DF, o seminário “Interseccionalidade: Protocolos de Julgamento com Perspectiva de Gênero e com Perspectiva Racial”. O evento reuniu especialistas do sistema de justiça, representantes de instituições públicas e de movimentos sociais para debater como os estereótipos e a invisibilidade de gênero e raça podem influenciar decisões judiciais e impactar vidas.
A superintendente Executiva de Educação da estatal, Roberta Suely de Souza Cabral, explicou que a iniciativa reflete o comprometimento da estatal com políticas voltadas à equidade de gênero e à promoção da igualdade racial. “Essa ação tem vínculo direto com a política corporativa dos Correios nos âmbitos de diversidade, gestão de pessoas e sustentabilidade. Ela reforça nosso trabalho na criação de um ambiente de trabalho saudável”, afirmou.
Desde 2023, os Correios têm se firmado como um aliado do governo federal na reconstrução de uma sociedade que tem o respeito aos direitos humanos como um de seus pilares. Dentre as ações da estatal, destacam-se a aprovação da Política Corporativa de Diversidade e a inclusão de metas no Plano Estratégico 2025–2029 que estabelecem, por exemplo, que os cargos de gestão da empresa devem ser ocupados por 40% de mulheres e 30% de pessoas negras, no mínimo.
Durante o evento, o defensor público-geral federal, Leonardo Cardoso de Magalhães, ressaltou a parceria histórica entre a Defensoria Pública da União e os Correios. “A DPU promove ações efetivas para o combate à discriminação racial e a discussão sobre os protocolos vem somar esforços para aumentar o acesso à justiça e a promoção da equidade”, garantiu.
Gleidson Renato Martins Dias, ouvidor-geral da DPU, destacou que o debate sobre os protocolos de julgamento com perspectiva racial e de gênero é fundamental para que a justiça brasileira avance no enfrentamento das desigualdades, por isso, precisa ultrapassar os espaços do Judiciário e ser apropriado por toda a sociedade. “Os direitos só são direitos porque se luta por eles. Existe uma necessidade urgente para que se entenda o funcionamento dos protocolos, pois não é possível ter acesso à justiça sem democracia”, afirmou.
Durante o seminário, o ouvidor-geral fez o pré-lançamento do e-book “Enegrecendo o Direito: resistência e produção acadêmica negra enfrentando a branco-normatividade jurídica”, coordenado por ele e pela advogada e Mestre em Direito Muriel Fernanda Benites.
O evento foi gravado e está disponível no Canal dos Correios no YouTube.
Sobre o protocolo de Julgamento com Perspectiva de Gênero
Lançado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 2021, o Protocolo para Julgamento com Perspectiva de Gênero orienta magistradas e magistrados a considerar os impactos específicos das desigualdades de gênero nos processos judiciais. A proposta busca evitar decisões baseadas em estereótipos e promover uma justiça mais sensível às vivências de mulheres, especialmente em situações de violência, discriminação e desigualdade social.
Sobre o Protocolo de Julgamento com Perspectiva Racial
O Protocolo com Perspectiva Racial, publicado em 2023, também pelo CNJ, oferece diretrizes para que o Judiciário reconheça e enfrente o racismo estrutural presente na sociedade brasileira. O documento incentiva uma análise crítica das relações raciais nos autos e orienta o julgamento de casos com atenção às desigualdades raciais históricas, visando uma atuação mais justa, reparadora e equânime.