Maio Amarelo: nós escolhemos a vida 

Os Correios lançaram, nesta terça-feira (2), selo que celebra os 10 anos do Movimento Maio Amarelo.

Neste ano, o Movimento Maio Amarelo comemora 10 anos e, novamente, os Correios são apoiadores oficiais da campanha, que traz como mote “No trânsito, escolha a vida”. Para sensibilizar a sociedade sobre a urgência do tema, lançamos hoje (2), em Brasília (DF), o selo que celebra a década do movimento mundial.

Os Correios possuem a maior frota logística do Brasil: são mais de 23 mil veículos próprios circulando pelas nossas ruas, avenidas e estradas, todos os dias. Por isso, além de utilizar o alcance da filatelia para divulgar o Maio Amarelo, promoveremos ao longo deste mês atividades internas voltadas à sensibilização e conscientização dos motoristas, motociclistas e ciclistas da estatal. De maio até setembro, também será realizada uma campanha interna de prevenção a acidentes de trânsito.   

Todos os empregados que têm como atividade conduzir os veículos dos Correios passam por treinamentos regulares de direção defensiva, legislação de trânsito e primeiros socorros. Além disso, incorporamos tecnologias de segurança nos veículos da empresa e temos a meta de renovar, de quatro em quatro anos, 100% da nossa frota.    

A conscientização é a principal ferramenta para combater a violência no trânsito, já que a maioria absoluta dos acidentes está relacionada à imprudência, imperícia ou negligência. Ao mesmo tempo, a adoção de medidas simples, como o uso de cinto de segurança e a proibição do uso de celular ao volante, têm o potencial de salvar vidas.   

Os Correios acreditam que contribuir para um trânsito mais pacífico é escolher a vida. E isso é dever de todos. 

Inauguramos o novo centro de tratamento de encomendas de  Guarulhos  (SP) 

Com 24 mil m2, o CTCE Guarulhos receberá a maior máquina de triagem automatizada dos Correios. Foto: Divulgação/Correios

Em continuidade aos investimentos para ampliar a capacidade logística dos Correios, inauguramos nesta segunda-feira (24) o novo Centro de Tratamento de Encomendas (CTE) de Guarulhos (SP). O espaço de 24 mil m2 receberá a maior máquina de triagem automatizada da empresa, com capacidade de processar até 700 mil encomendas por dia. 

À beira da rodovia Presidente Dutra, o novo CTE atenderá 15 municípios do estado de São Paulo, incluindo a zona leste da capital, Alto Tietê, Guarulhos e São José dos Campos. Além de facilitar o acesso aos maiores trechos comerciais de encomendas do país, a unidade dará apoio às atividades do maior Terminal de Carga dos Correios (Teca), localizado no Aeroporto Internacional de Guarulhos. 

A inauguração faz parte de um movimento estruturado para trazer mais tecnologia e velocidade às entregas e fortalecer os Correios em seu papel de integrador nacional. Até 2024, iremos investir cerca R$ 1,2 bilhão na ampliação e manutenção da infraestrutura de tratamento, atendimento e distribuição dos Correios.

Por meio da evolução das nossas soluções logísticas, seguiremos alavancando negócios e conectando toda a sociedade brasileira. 

Presidente defende caráter público dos Correios

Em artigo publicado pelo jornal Folha de S. Paulo nesta segunda-feira (3), o presidente dos Correios, Fabiano Silva dos Santos, defendeu o caráter público da estatal e abordou os planos de sua gestão para a empresa, que incluem iniciativas para diversificar serviços, realizar parcerias e aumentar receitas, a fim de manter e ampliar a liderança no segmento concorrencial de logística e entrega de encomendas.

O presidente destacou a importância de o Brasil possuir um serviço postal público, que garanta o direito da população à comunicação e ao sigilo da correspondência, e realizou uma análise sobre a situação de outros operadores postais do mundo. “A privatização do setor não é tendência no mundo: apenas oito países têm correios privados, como, por exemplo, Holanda, Reino Unido e Suécia. Nenhum país das dimensões do Brasil discute o tema”, afirmou no artigo.

Leia o artigo na íntegra:

Missão é fortalecer os Correios
Estatal deve diversificar serviços e investir no segmento de encomendas

Editorial desta Folha (O futuro dos Correios”, 26/3) trouxe à tona o debate sobre a privatização da empresa. A fim de esclarecer os principais pontos elencados, apresentamos dados relevantes.

A Constituição estabelece que compete à União manter o serviço postal. O objetivo é não permitir que o direito à comunicação e ao sigilo da correspondência fique sujeito a interesses de mercado. Por esse mesmo motivo, a privatização do setor não é tendência no mundo: apenas oito países têm correios privados, como, por exemplo, Holanda, Reino Unido e Suécia. Nenhum país das dimensões do Brasil discute o tema.

Em Portugal, a privatização em 2013 gerou reclamações sobre perda de qualidade e aumento de preços. Na Argentina, terminou com a falência da empresa, a reestatização e um rombo para o Estado —uma conta a mais para os contribuintes. Nem mesmo os Estados Unidos, exemplo de sucesso do livre mercado, privatizam o serviço, ainda que tenham registrado prejuízos acumulados de quase US$ 90 bilhões de 2006 a 2020.

Esse não é o caso do Brasil. Apesar do prejuízo de 2022, os Correios possuem caixa para enfrentar os desafios, consolidado por 16 anos de lucro entre 2001 e 2020, com resultado líquido positivo de R$ 12,4 bilhões e repasse de R$ 9 bilhões para a União. Na prática, isso significa que o contribuinte não é onerado para manter a estatal.

Com a privatização preconizada pela Folha, a União assumiria os serviços postais em locais distantes ou pequenos, pois o mercado não possui estrutura ou interesse em levar documentos e encomendas a cidades do interior —o que a estatal, presente em todos os municípios, alcança a preço acessível. Por todos esses motivos, o presidente Lula, ao ser empossado, suspendeu imediatamente o processo de privatização, incumbindo à nossa gestão, iniciada em fevereiro, a missão de fortalecer os Correios.

A Folha acerta quando diz que “a oportunidade está no segmento de encomendas, que avança com o comércio eletrônico e exige investimentos em tecnologia e logística”. Estamos cientes, e nas próximas semanas apresentaremos um plano de ações de curto e médio prazo com iniciativas para diversificar serviços, realizar parcerias e aumentar receitas a fim de manter e ampliar a liderança dos Correios no segmento, que é concorrencial e envolve players como gigantes multinacionais.

Nossa diretriz é investir fortemente em tecnologia e inovação, ao contrário da gestão anterior, que teve essa oportunidade e não o fez, com a clara intenção de privatizar a estatal. Como bem anotado pela Folha, foram apenas R$ 202 milhões destinados em 2022 para TI. Com o aporte de recursos para áreas estratégicas, iremos valorizar e modernizar a estatal, consolidando-a como a empresa de logística mais eficiente da América Latina.

Por 360 anos, os Correios têm atuado para a integração nacional e o desenvolvimento do Brasil. Nossa gestão trabalha para diversificar e atualizar o portfólio, aprimorar a qualidade e conquistar novas receitas a fim de corresponder à confiança da população, que considera a estatal a empresa pública mais respeitada do país.

Fabiano Silva dos Santos
Presidente dos Correios