DIA DO ATENDENTE|
Quando presença é sinônimo de conexão

Há quem diga que estar presente é estar perto. Mas para nós, é mais do que isso: é representar o Brasil onde o Brasil parece distante. É ser o rosto da confiança, todos os dias, em cada agência que carrega o amarelo e o azul da nossa história.

Neste 30 de outubro, celebramos quem faz da presença um ofício: nossos atendentes comerciais. São esses profissionais que representam os Correios em todos os municípios do país, onde em muitos deles somos a única presença da União.

Em cada balcão, há uma ponte. Em cada entrega, um gesto de cidadania. É nessa missão diária, feita de compromisso e afeto, que o trabalho dos atendentes ganha sentido: conectar pessoas, histórias e oportunidades.

Quando o sobrenome vira Correios

Marlei Salete Weide, mas pode chamar de “Marlei dos Correios”. Foto: Divulgação/Correios.

Em Santa Lúcia (PR), a 60 km de Cascavel, Marlei Salete Weide Fiordelis já perdeu o sobrenome. “Sou a Marlei dos Correios”, diz, sorrindo. Há 17 anos na empresa, ela comanda sozinha a agência da cidade de 3.600 habitantes.

Ali, representa o Estado, resolve demandas do INSS, recebe devoluções do comércio eletrônico e acolhe cada morador com a paciência de quem conhece o ritmo da comunidade.

“Convivemos com todos e conhecemos suas dificuldades. Através do meu trabalho, estou facilitando a vida das pessoas.” Em Santa Lúcia, o endereço dos Correios é também o endereço da confiança.

Café mineiro e acolhimento

Elias José Pereira: “Tem gente que passa na agência só pra agradecer”. Foto: Arquivo pessoal.

Na Zona da Mata mineira, em Desterro do Melo (MG), o dia começa com o cheiro de café passado na hora. Elias José Pereira, há 12 anos nos Correios, abre a agência todas as manhãs com o mesmo cuidado de quem abre as portas de casa.

Em uma cidade de menos de 3 mil habitantes, a maioria na zona rural, Elias é mais que atendente: é um ponto de apoio, um ouvinte, um rosto conhecido que dá segurança.“ Conheço muita gente pelo nome. As pessoas costumam me parar na rua para perguntar alguma coisa”, conta.

Na prateleira, a garrafa de café nunca esfria. E no balcão, sempre há espaço para um pouco de prosa. “Tem gente que passa aqui só pra agradecer. Vejo que as pessoas têm um respeito muito grande pelo nosso trabalho. Aqui, eu sou os Correios”, orgulha-se Elias.

Menor município, grandes histórias

Lucas Javan: “Conheço todo mundo aqui, é quase uma família”. Foto: Arquivo pessoal.

Serra da Saudade (MG) é o menor município do Brasil: 833 habitantes. Mas é ali que Lucas Javan mostra que a grandeza de uma presença não cabe em números. “Conheço todo mundo aqui, é quase uma família”, diz.

Durante a pandemia, ajudou moradores a fazer o cadastro do Auxílio Emergencial. “Vejo o atendente como um facilitador da inclusão social.” Entre tantas histórias, lembra de uma senhora que sempre lhe trazia um pacotinho de balas. “Acho que ela me via como um filho.”

Na menor cidade do país, Lucas é o elo entre o cidadão e o Estado, e também entre o que é serviço e o que é afeto.

O coração da cidade

Leonardo Emmanuel Lima: “Sem os Correios, me pergunto o que seria desse município. É o coração da cidade”. Foto: Arquivo pessoal.

No extremo oeste do Acre, em Assis Brasil, o trabalho de Leonardo Emmanuel Lima Martins cruza fronteiras. Há 23 anos nos Correios, ele atua na agência que conecta três países: Brasil, Peru e Bolívia.

“Conheço as pessoas e elas me conhecem. Acho minha profissão importante porque presta serviço à população”, diz Leonardo, que todos os dias atende moradores locais e estrangeiros que cruzam a fronteira para buscar encomendas.

Ali, entre sotaques diferentes e histórias que se misturam, o balcão amarelo dos Correios se tornou símbolo de integração. “Sem os Correios, me pergunto o que seria desse município. É o coração da cidade.”

É assim que nossos atendentes mantêm viva a ligação entre o Brasil e os brasileiros. Porque conectar é mais que entregar. É estar presente: em cada cidade, em cada história, em cada entrega.

MÊS DOS PAIS|
Paternidade moderna: porque pai é base, não apoio

Por Thiara Andrade

A família mudou – e com ela, a paternidade. O que antes era visto como um papel mais distante, quase sempre restrito ao sustento material, hoje ganha novos contornos: ser pai é estar presente, dividir responsabilidades, cuidar, amar e educar de forma ativa e cotidiana.

Sim, as transformações sociais e culturais dos últimos anos redesenharam as estruturas familiares. Nesse novo cenário, pais deixam de ser coadjuvantes no cuidado para se tornarem protagonistas ao lado das mães, construindo uma coparentalidade verdadeira, baseada no afeto e na parceria. Ganham todos, principalmente os filhos, que crescem com mais segurança emocional, autoestima, autonomia, empatia e respeito pelos outros.

Em artigo publicado em 2008, as pesquisadoras Ana Cristina Staudt e Adriana Wagner já destacavam essa mudança: a paternidade vem sendo vivida de forma mais participativa. Segundo elas, o avanço do movimento feminista e a entrada massiva das mulheres no mercado de trabalho foram cruciais para esse novo equilíbrio dentro das famílias.

Mas, para além das teorias, é na rotina que esse novo pai se revela.

Pais que sustentam, cuidam e compartilham

Leonardo Fernandes, jornalista dos Correios, vive essa nova realidade. Ele e a esposa, Luíza, deixaram Minas Gerais há cerca de 10 anos e se mudaram para Curitiba (PR), onde nasceu o filho do casal, Caetano, hoje com 8 anos. Sem rede de apoio por perto, os dois aprenderam, na prática, o que significa dividir responsabilidades.

Leonardo com a esposa, Luíza, e o filho, Caetano. Foto: arquivo pessoal.

“Sempre busquei suprir e equilibrar esse quadro para evitar o desgaste materno, natural no puerpério e nos primeiros meses do bebê. Nesse comecinho de vida do Caetano, que mamava no peito e consumia muito mais da mãe, inclusive durante as noites, eu procurava desempenhar tarefas não exclusivas dela, para poupá-la um pouco e também criar um vínculo mais forte com nosso filho”, relata.

Poucos meses após o nascimento, a família enfrentou um desafio delicado: a descoberta de uma alergia alimentar (APLV – alergia à proteína do leite de vaca). A nova rotina exigia cuidados extremos com a alimentação da mãe e do bebê. Leonardo assumiu o controle da cozinha, adaptando receitas e cuidando de cada detalhe para garantir o bem-estar da esposa e do filho.

Hoje, com a rotina mais estabilizada, Leonardo segue presente: leva e busca Caetano em atividades, ajuda nos deveres, acompanha a escola. “Sempre nos revezamos. Atualmente, após ajustes nas rotinas de trabalho, eu tenho dado mais apoio ao Caetano, levando e buscando nas atividades extracurriculares, como aulas de inglês, natação e teatro. Hoje também sou eu quem o leva para a escola. Assim seguimos e tem dado certo. Ele nos ensina muito, afinal de contas, temos que educar, mas, ao mesmo tempo, nos atualizar para que ele tenha uma vida sadia e feliz, livre de preconceitos e amarras sociais que talvez tenhamos passado quando crianças sem perceber”, declara Leonardo.

Cuidar também é amar e dividir

Rodrigo Rovai, engenheiro de produção nos Correios, também carrega uma história de paternidade transformadora. Ele já tinha enraizado que a tarefa de criar um filho tinha que ser dividida, não sobrecarregando apenas o pai ou a mãe. “Eu sempre encarei a criação de uma criança como uma parceria”, afirma.

Rodrigo com a esposa, Fabiana, e a filha, Mariana. Foto: arquivo pessoal.

Quando Rodrigo se casou com a esposa, Fabiana Lobão, ela já tinha uma filha de 6 anos, Mariana. O convívio diário e a oportunidade de exercer a paternidade foram uma experiência emocionante para o engenheiro. “Você passa a entender que precisa priorizar outras coisas, que você tem outra vida para cuidar. E cuidar é educar, e educar é difícil. Já estamos nesse convívio há quase 7 anos, entrando na adolescência, e a cada fase são novos desafios, outras mudanças. Mas eu não posso reclamar de nenhuma vírgula, eu amo cada um dos nossos momentos, cada uma das situações que a gente passa juntos”, declara.

Sobre a divisão de tarefas, Rodrigo defende que o casal deve sempre conversar a respeito, pois são obrigações que se ajustam conforme as rotinas da família mudam. “O importante é que nenhum dos dois fique sobrecarregado e que o núcleo familiar consiga conviver em paz. Porque sobrecarregar uma pessoa pode trazer algumas consequências como irritabilidade e isolamento, e isso pode atrapalhar o convívio familiar e social também”, finaliza.

Paternidade responsável é presença emocional

Mesmo com tantos avanços, muitos homens ainda enfrentam obstáculos estruturais para exercer a paternidade com plenitude. Um exemplo é o tempo da licença-paternidade no Brasil: a legislação garante apenas 5 dias após o nascimento ou adoção de um filho. Empresas que aderem ao Programa Empresa Cidadã, como os Correios, podem estender esse período para até 20 dias.

Atualmente, projetos em discussão no Congresso propõem ampliar esse tempo, com argumentos que vão além da logística: trata-se de uma política de cuidado, vínculo e equidade. Afinal, quanto mais envolvido o pai, mais saudável o ambiente familiar – e mais equilibrada a sociedade.

Para o psicanalista Thiago Queiroz, do blog “Paizinho, Vírgula!”, a paternidade ativa transforma não só as famílias, mas também as estruturas sociais. “Quando incluímos os pais como corresponsáveis pela criação dos filhos, estamos mudando o mundo. Pais podem – e devem -, construir vínculos tão profundos quanto os das mães. Mas para isso, precisam estar presentes, disponíveis, atentos às necessidades emocionais das crianças”, defende.

Coparentalidade: crescer juntos

Coparentalidade vai além de morar na mesma casa. Mesmo quando os pais não vivem mais juntos, é possível (e necessário) dividir afetos, cuidados e decisões. A criança ganha segurança emocional ao ver que pode contar com ambos. Ela cresce com exemplos de empatia, respeito e equilíbrio. E tudo isso começa com uma escolha: ser pai de verdade.

Que este Dia dos Pais seja de celebração, mas também de reflexão – para garantir um presente de mais cuidados para cada família e um futuro melhor para a humanidade.

Paternidade não é ajuda, não é suporte ocasional. É base. É presença. É amor com responsabilidade.

Feliz Dia dos Pais!

RECONHECIMENTO
#JuntosSomosCorreios: como temos inovado as nossas entregas

Por Thiara Andrade

Os Correios são uma empresa pública moderna, que têm como missão promover a integração nacional, contribuindo com o governo no desenvolvimento socioeconômico ao conectar pessoas, instituições e negócios. Líderes no segmento de logística e de entrega de encomendas no Brasil, são também responsáveis pela atividade postal nacional. Mas toda essa capacidade não seria possível sem o maior ativo da estatal: suas empregadas e seus empregados.

Juntos, mais de 85 mil trabalhadoras e trabalhadores garantem, todos os dias, a confiança na marca Correios, reconhecida em cada lugar desse país.E muitos vão além, com atitudes e práticas conhecidas como “intraempreendedorismo” – que consiste em atuar como empreendedores dentro da própria empresa, buscando inovar, criar produtos/serviços ou melhorar processos.

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