5 dicas de Luiza Helena Trajano para alavancar o seu negócio

A empresária Luiza Helena Trajano, presidente do Conselho de Administração do Magazine Luiza, participou da última live do ano da série AproxiME, produzida pelos Correios para apoiar pequenos e médios empreendedores neste momento desafiador. O Magazine Luiza é líder no segmento de varejo no País.

O Blog dos Correios selecionou trechos da live com dicas sobre como micro e pequenos empresas podem aperfeiçoar as suas gestões, alavancar as vendas e se destacar no competitivo mercado de e-commerce.

Aposte na multicanalidade
Durante a live, Luiza Helena lembrou que, por muito tempo, a Magazine Luiza foi vista como o “patinho feio” da Bolsa de Valores, pois, segundo ela, os investidores não acreditavam em loja física. “Quando a Amazon e o Alibaba começaram a comprar loja física, o jogo virou. Estávamos a frente desse processo porque já tínhamos feito muito laboratório. Aguentamos firmes a rejeição do mercado”, orgulha-se. 

Um das primeiras empresárias a apostar na multicanalidade, para Trajano o mundo digital não compete com o físico, mas é um aliado. “O cliente hoje compra pela internet e retira na loja física; compra na loja e reclama na internet. Você precisa estar onde, quando e como o seu cliente quiser. Todo lugar onde temos a loja física da Magazine, vendemos mais pela internet”, ressalta. 

A empresária observou ainda que o comércio eletrônico não deve mais ser visto apenas como uma plataforma. “O digital é um modo de fazer, uma cultura. A loja física vai continuar, mas o e-commerce é uma necessidade. Se você está presente apenas na internet, faça bem feito. Mas se você é só uma loja física, precisa entrar no digital”, enfatizou.

Crie experiências memoráveis
Em 1990, quando pouco se falava em atendimento ao consumidor, Luiza Trajano criou o que ela chama de um “SAC mais humanizado”. “Colocava nos tabloides de ofertas com a minha foto e o número do meu telefone particular para atender clientes que não foram bem atendidos”, conta.

De lá para cá, Luiza Helena conta que a empresa ganhou diversos prêmios do Reclame Aqui, mas que ainda não está satisfeita. “Enquanto tiver um cliente reclamando, eu não durmo a noite. Temos uma verba especial para resgatar os insatisfeitos, porque é muito mais barato trazê-los de volta do que perdê-los”, revela. Na visão da empresária, os pequenos empresários têm muito mais condição de atender cada cliente como único. “Vender e entregar no prazo é commodity, é preciso surpreender, criar experiências memoráveis para o seu cliente”, aconselha.

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Correios, feliz ano novo, feliz nova década

Agora está faltando bem pouco para 2020 chegar ao fim; o que marca, também, o fim de uma década. E, cá entre nós, como não respirar aliviado de “ufa, até que enfim está terminando”, como se a simples virada de ano, por si só, transmutasse para bom tudo o que de ruim aconteceu… Como se pudéssemos trancar dentro de um baú o que não queremos mais e, finalmente, viver o novo, sem resquício algum do que é indesejado. Mas sabemos que não é bem assim. A vida e os acontecimentos que a movimentam não se limitam a calendários. 

Entramos em um ano novo cheios de promessas e objetivos, esquecendo que, muitas vezes, o inesperado, quer seja uma notícia feliz ou angustiante, pode chegar e mudar para sempre o nosso dia a dia. E lidar com surpresas nada agradáveis foi uma das grandes lições de 2020. Quem imaginou, no fim de 2019, que, no ano que iria começar, teríamos que andar de máscara na rua, nos distanciar de amigos e familiares, nos abster de um simples aperto de mão ou que precisaríamos lavar até a caixa de sabão em pó que vem do supermercado?!

O ano de 2020 nos ensinou a viver o “novo normal”, mostrando que aquelas coisas do dia a dia que são alvo de tantas das nossas queixas – como acordar cedo para trabalhar, levar e buscar filho na escola, enfrentar fila apinhada em supermercado ou aglomeração em transporte público -, significam de forma sutil que tudo está bem, que podemos seguir a normalidade dos nossos dias.   

Em março de 2020, quando a Organização Mundial da Saúde declarou a Covid-19 situação de pandemia, tivemos que nos adaptar rápido às mudanças. Os Correios, e todos os seus empregados, precisaram se adaptar, quer seja em trabalho remoto ou na linha de frente.

Considerados como prestadores de serviços essenciais, o time Correios ajudou o Brasil a enfrentar a pandemia com sua força de trabalho e dedicação – o que continua na entrada do novo ano. 

Pedimos aos nossos empregados que gravassem depoimentos falando sobre como se sentiam ao prestarem um serviço essencial em um momento tão crítico. Recebemos depoimentos de todos os lugares do Brasil, de profissionais nos mais diversos cargos. 

O surpreendente é que, em todos os depoimentos, os sentimentos e emoções dos empregados soavam de forma tão uníssona que foi possível construir uma “única fala”, como se todos fossem uma mesma voz, mostrando a unidade que é ser Correios, que é ser essencial. Confira agora um pouco desse sentimento, que ficou ainda mais evidenciado no ano que agora termina:

Papai Noel dos Correios: uma história de amor e generosidade além da vida

Todo ano, no final de novembro, o telefone da coordenação de comunicação dos Correios em Sergipe tocava e era ela: pedia que a equipe da campanha Papai Noel dos Correios separasse algumas dezenas de cartinhas com pedidos de material escolar – cerca de 100, metade de meninos e metade de meninas. Parceira da ação há mais de 10 anos, Dona Carminha não falhava. De coração generoso, a professora aposentada assumiu a adoção das cartinhas como um compromisso, cumprido religiosamente. Ela não queria que nenhuma criança deixasse de estudar por falta de material.

Mas neste ano de 2020, Maria do Carmo Lima Machado Mendonça não ligou. A equipe do Papai Noel dos Correios estranhou a ausência, e tentou entrar em contato, sem sucesso. “Na reta final da campanha, soubemos, por sua filha, que ela estava isolada no sítio da família, com a saúde fragilizada e buscando se proteger dos riscos relacionados a essa pandemia”, conta a coordenadora de comunicação, Gabriela Melo. Mas no dia 8 de dezembro ela faleceu, aos 73 anos, vítima de infarto, deixando saudade entre aqueles que a conheciam.

Se dependesse da professora Maria do Carmo, nenhuma criança deixaria de estudar por falta de material escolar. Foto: Arquivo pessoal

Deixou, também, um grande exemplo de compaixão e fraternidade. Seus cinco filhos – que preferem não ter seus nomes revelados, por acreditarem que boas ações devem ser feitas sem alarde ou expectativas de reconhecimento – decidiram continuar adotando as cartinhas com pedidos de material escolar feitos ao Papai Noel dos Correios. Apesar de a campanha estar nos últimos dias, deu tempo de acertar tudo. Graças a mobilização da família, 94 crianças de escolas públicas da capital e no interior de Sergipe vão receber um kit com mochila, lápis de cor, caderno, estojo, lápis, caneta e borracha, entre outros itens.

De acordo com uma das filhas de Maria do Carmo, a família se reuniu logo após o falecimento e todos concordaram em abraçar o seu legado. “Juntos, queremos dar continuidade a esse gesto que ela fazia com tanto gosto”, disse a filha de Dona Carminha ao entrar em contato com a coordenação local do Papai Noel dos Correios. Tanto a notícia da partida de uma das parceiras mais antigas e fiéis da campanha, quanto a iniciativa da família, inspirada na generosidade de sua matriarca, emocionou a equipe dos Correios.

Seguindo o exemplo da mãe, os filhos de Maria do Carmo presentearam dezenas de crianças com kits escolares neste ano. Foto: Arquivo pessoal

Uma das crianças contempladas foi Lana Raquel, de 10 anos, moradora do bairro Santa Maria, em Aracaju. Em sua carta ao Papai Noel dos Correios, ela conta que gosta muito de brincar e estudar. “A luta por alimento é diária, e assim meus pais não têm condições de me dar um presente de Natal”, escreveu a menina, fazendo questão de explicar que não caprichou mais em sua cartinha por não ter lápis de cor.

Legado de educação e amor

Baixinha, de olhos azuis, alegre e muito forte, Maria do Carmo estudou e ensinou com empenho ao longo de toda a sua vida. Foi professora de Geografia do ensino fundamental e também da Universidade Federal de Sergipe (UFS), além de diretora de escola. Daí vinha sua consciência acerca da importância da educação.

“Ela era símbolo de liberdade, autonomia, coragem e, principalmente, alegria e amor. Tudo que sabemos sobre o amor veio dela, um amor que cura, que afaga a alma, que cuida e protege sem cansar. Gostava de ajudar o próximo, de cuidar de plantas, orquídeas, de cozinhar, bordar, ler e de uma boa rede. Mas amava mesmo era de ver a família junta, unida e cheia de amor”, conta uma das filhas de Dona Carminha, cheia de orgulho e saudade da mãe.