Como as nossas entregas colocam o ser humano em primeiro lugar

Nossas ações refletem um posicionamento ativo diante da desigualdade social e das mudanças climáticas. Imagem: Freepik

Respeitar os direitos humanos como princípio fundamental é um dever de qualquer instituição, seja pública ou privada. Mas como fazer valer essa garantia constitucional na prática? Neste Dia Internacional dos Direitos Humanos (10/12), queremos mostrar como, além de cumprir a legislação, estamos adotando uma postura proativa para construir uma sociedade mais justa.

Ao trazer o tema dos direitos humanos para o centro das nossas decisões, estamos dizendo que as pessoas – seja qual for sua nacionalidade, gênero, origem, cor ou religião, precisam estar no cerne da nova realidade que vivemos e têm o direito a serem tratadas com dignidade e igualdade.

Por isso, mais do que respeitar os direitos e bem-estar das nossas empregadas e empregados, nossas ações refletem um compromisso com a dinâmica social, que exige posicionamento ativo diante da crescente desigualdade social, exacerbada pela crise climática.

Cidadania postal

O direito básico a ter um endereço, por exemplo: já pensou nas dificuldades de não se ter um CEP? No Brasil, aproximadamente 8,5% da população não possui código de endereçamento postal, o que corresponde a 17,1 milhões de pessoas. Por isso, ao sediar o Encontro Nacional de Endereços nas Periferias, no último dia 26, e iniciar o piloto do projeto “CEP para Todos” reiteramos o compromisso de levar cidadania postal a todas as comunidades do Brasil.

A ausência de um CEP é uma barreira à implementação de políticas públicas e ao acesso a direitos básicos e serviços essenciais, como cadastros em programas sociais, como saúde e educação; acesso a serviços de emergência e entrega de correspondências, o que ajuda a perpetuar um ciclo de exclusão social.

A cidadania postal envolve ainda o direito de participar de pesquisas, ou seja, fazer parte do retrato nacional. Segundo o IBGE, o endereçamento de favelas e comunidades urbanas é a base para que seja cumprida sua missão institucional de “retratar o Brasil com informações necessárias ao conhecimento de sua realidade e ao exercício da cidadania”.

Cultura de paz e ASG

Os Direitos Humanos são o ponto de partida da chamada Agenda ASG, que integra ações ambientais, sociais e de governança. O termo ganhou força nos últimos anos devido a série de eventos que impactaram a sociedade, como a pandemia de COVID-19 e as crescentes mudanças climáticas.

Para os Correios, trabalhar os direitos humanos de forma estratégica é respeitar os princípios do desenvolvimento sustentável e permitir que cada pessoa, seja ela um empregado, cliente, parceiro de negócios, agente do governo ou de comunidade, tenha o direito de possuir, de fato, os mesmo direitos.

Quando propomos uma agenda de não-violência e de cultura de paz, estamos sendo revolucionários. A nossa Política de Diversidade, lançada em abril, propõe um novo paradigma de se relacionar que não se paute na violência como fio condutor de nossas escolhas.

Unidos à luta antirracista, também temos a meta de alcançar 40% de mulheres e 30% de pessoas negras em cargos de gestão em todos os níveis da empresa até o final deste ano. No novo concurso público, lançado em outubro, reservamos 30% das vagas para pessoas negras (pretas e pardas) e indígenas, quantitativo superior ao estabelecido pela legislação. Só no edital de nível médio, isso equivale a 936 vagas.

Quando consideramos os direitos humanos em todas as nossas entregas, pactuamos quais são os nossos valores e pontos de partida – para chegarmos cada vez mais longe. Esse também é o nosso Correios do Futuro.

NÃO-ME-TOQUE, SEM PEIXE, VARRE E SAI
Conheça os atendentes dos Correios das cidades de nomes mais ‘inusitados’ do Brasil

Ninguém conhece o Brasil como eles. Das grandes metrópoles aos municípios mais remotos, os atendentes dos Correios garantem a nossa conexão em todo o país. São eles que, além de conhecer cada CEP, sabem, como poucos, histórias e curiosidades das cidades de nomes mais peculiares do Brasil. De Varre-Sai, no Rio de Janeiro, a Sem Peixe, em Minas Gerais, passando por Tomar do Geru (veja o vídeo), em Sergipe, os atendentes dão aos Correios o título de única empresa presente em todos os municípios do país.

Em Sem Peixe (MG), o atendente Antônio Sérgio Guimarães de Morais, mais conhecido como Serjão, mostra que conhece a cidade e sua história, como ninguém (veja o vídeo). “Reza a lenda que o nome da cidade se deve à dificuldade que índios nômades tinham, no passado, de encontrar peixes no rio onde se desenvolveu, ao seu redor, o município de Sem Peixe”, explica. “Aqui, podemos não ter peixe, mas temos Correios”, orgulha-se Serjão.

Antônio Sérgio Guimarães é atendente dos Correios na agência de Sem Peixe, município do interior de Minas Gerais. Foto: Divulgação/Correios.

Em Não-Me-Toque (RS), a hipótese para o nome da cidade, que fica no norte do estado gaúcho, é a presença de uma planta abundante na região, a “sucará”, chamada também de “não-me-toque”, justamente por causa dos espinhos. “Nos anos 70, houve um movimento para alterar o nome da cidade para Campo Real, mas não pegou muito. Houve, então, um plebiscito e a população decidiu pelo retorno do nome Não-Me-Toque”, revela a atendente da agência dos Correios na cidade, Daiana Lindner Candaten.

Daiana Lindner é atendente dos Correios em Não-Me-Toque (RS). Foto: Divulgação/Correios.

Em Varre-e-Sai (RJ), o atendente Juarez José Cancado, explica a origem do nome curioso da cidade. “Na época dos tropeiros, existia na cidade uma estalagem que não cobrava o pernoite. Estabeleciam apenas uma condição: varrer o local ao sair. E assim ficou Varre-e-Sai”, conta.

Cordel e reencontros

Em Passa e Fica, no interior do Rio Grande do Norte, a história da cidade se transformou em cordel graças ao talento de Edivânia Romão da Silva, gerente da agência dos Correios no município.  A empregada gravou um vídeo (assista aqui) em que narra sua poesia em homenagem aos Correios e à cidade de nome curioso.

“Saudade para quem passa
Orgulho para quem fica
Terra norte rio-grandense
Chamada de Passa e Fica

Estrada de viajantes
Que, por aqui, muito passavam
Na bodega do seu Daniel,
Tropeiros ficavam e, ali, se divertiam, bebiam e conversavam

A fama logo pegou
O caminho foi batizado, o lugar era muito bom
Virou um passa e fica danado

O progresso foi chegando
E a história virou fato
Hoje, 62 anos, cidade próspera e feliz
A princesinha do Agreste
Venha conhecer e sorrir  
                  (….)

E nesse passa e nesse fica,
Eis uma terra querida
Pra se passar e ficar.”

Edivânia é daquelas pessoas repleta de boas histórias. Uma delas, mudou completamente a sua vida. “Trabalhar como atendente foi um toque do destino. Graças aos Correios, recebi um dos meus maiores presentes, que foi encontrar a minha mãe biológica”, revela.

Paulistana de nascimento, nascida no bairro da Lapa, Edivânia foi morar no Rio Grande do Norte quando tinha apenas 4 meses de vida, onde foi criada pelos avós paternos, o que a fez perder o contato com a mãe e família materna. Mas, em junho de 2013, quando começou a trabalhar nos Correios, conheceu uma cliente que mudou a sua história.

Edivânia Romão é gerente da agência dos Correios em Passe e Fica (RN). Foto: Divulgação/Correios.

 “Fiquei sabendo de uma senhora que conseguiu encontrar um tio que tinha perdido o contato com a família há 25 anos. Conversando com ela, durante um atendimento, contei a minha história, e ela disse que poderia me ajudar.” Dito e feito: a cliente logo conseguiu o contato dos tios maternos de Edivânia.

Em setembro de 2024, a atendente voou para São Paulo onde foi recebida com festa pelos parentes. Assim, aos 33 anos de idade, Edivânia conheceu a mãe, os irmãos e todos os parentes pela parte materna da família, de quem nunca mais se distanciou.

Assim como a de Edivânia são muitas as histórias que passam todos os dias pelas quase 6 mil agências dos Correios. Histórias de final feliz que começam sempre com um sorriso, o dos nossos atendentes.

Neste 30 de outubro, Dia do Atendente, homenageamos os mais de 17 mil profissionais que, em cada cantinho do Brasil, sempre estão presentes para você. Confira aqui o vídeo especial em comemoração à data.

Uma agenda para a sustentabilidade

Como a adesão à Agenda A3P tem transformado a nossa entrega para a sociedade e o meio ambiente

A agenda da sustentabilidade está na ordem do dia de governos, empresas e sociedade – na busca de soluções para a descarbonização do planeta, a transição energética, a proteção da biodiversidade, a defesa dos direitos humanos e o aumento da diversidade, em todos os espaços sociais.

No setor postal, onde nos posicionamos, estamos comprometidos em assumir um papel de liderança nas questões ASG (Ambiental, Social e de Governança), o que inclui encontrar meios sustentáveis e inclusivos de chegar às portas da população. Para isso, em 2024, ampliamos a implementação da Agenda Ambiental da Administração Pública (A3P) para todas as superintendências estaduais dos Correios no país.

A Agenda A3P é um programa do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) que estimula os órgãos públicos do país a desenvolverem práticas de sustentabilidade nos aspectos ambientais, sociais e econômicos. Após concluirmos as cinco etapas de implementação do projeto, recebemos, em maio deste ano, o “Selo de Monitoramento da Agenda A3P”, em reconhecimento ao preenchimento completo do Sistema de Monitoramento de Responsabilidade Socioambiental (ResSoA).

O sistema inclui diagnóstico, definição de metas e monitoramento mensal de indicadores ASG. No último ano, o ResSoA ajudou os Correios a monitorar e avaliar os seis eixos temáticos da Agenda A3P: uso de recursos naturais; gestão de resíduos; qualidade de vida no trabalho; compras sustentáveis; construções sustentáveis e sensibilização e capacitação das empregadas e dos empregados.

A partir dos resultados, elaboramos o nosso Plano de Gestão Socioambiental, que estabelece metas para cada um dos eixos da Agenda A3P. Entre as ações previstas, ainda para este ano, está a construção do novo Centro de Tratamento de Cartas e Encomendas (CTCE) de Brasília, com critérios de edificação ecoeficiente.

Também no âmbito da Agenda A3P, lançamos neste ano o Guia de Contratações Sustentáveis dos Correios, que adota critérios de sustentabilidade ao privilegiar a nossa escolha por produtos e serviços com menor impacto ambiental, em todo o seu ciclo de vida.  Com a iniciativa, queremos ainda incentivar outras empresas a buscarem a sustentabilidade em suas cadeias de suprimentos, impulsionando o mercado de contratações públicas em direção a um modelo mais sustentável.


Eficiência energética  

Neste mês, apresentamos os resultados da fase piloto da  Rede de Aprendizagem em Eficiência Energética e Geração Distribuída (RedEE Correios), que reúne especialistas, gestores e técnicos com o objetivo de disseminar e desenvolver práticas que contribuam para a utilização mais racional e sustentável de energia, em parceria com o Ministério de Minas e Energia (MME) e o Ministério Federal da Cooperação Econômica e do Desenvolvimento (BMZ) da Alemanha, por meio da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH.

Durante um ano e meio, foram realizados diagnósticos e implementadas medidas de eficiência e geração de energia renovável na sede dos Correios, em Brasília, e em 14 superintendências estaduais da empresa. Ao todo, a economia obtida com a implantação de projetos de eficiência energética foi de aproximadamente R$ 2,5 milhões, só em 2023.

A meta é que a economia nas contas de energia chegue a 20% do todo o consumo da empresa. Para isso, investiremos R$ 15,8 milhões em ações de eficiência energética, como substituição de mais de 36.000 lâmpadas convencionais por tecnologia LED, a instalação de 376 sensores de automação e a modernização de mais de 700 equipamentos de ar-condicionado. Esses investimentos deverão resultar na redução de 7,8 GW/h no consumo de energia por ano, gerando uma economia anual de R$ 4,2 milhões.

Além disso, está prevista a instalação de 10,5 mil painéis solares nas unidades da empresa de todo o país, mobilizando até R$ 21,1 milhões de investimentos, até 2029. Empilhadeiras a combustão também serão trocadas por elétricas e microcomputadores convencionais serão substituídos por modelos que reduzem o consumo de energia elétrica em, no mínimo, 50%, sem perda da qualidade operacional.

Todas essas ações reforçam nosso forte compromisso de equilibrar os aspectos ambiental, social, econômico e de governança – uma abordagem global, que não apenas impulsiona nossa empresa, mas também molda o futuro que estamos construindo para as próximas gerações. 

Saiba mais sobre nossas ações sustentáveis e como estamos atuando para enfrentar a crise climática.