A ampliação do uso de smartphones pelos Correios está modernizando os serviços da estatal. Atualmente, cerca de 85% dos carteiros utilizam smartphones equipados com um aplicativo que gera aos clientes informações em tempo real sobre o status da sua encomenda ou carta registrada.
Em 2021, a empresa já atualizou mais 19 mil celulares e a expectativa é de que, até o final deste ano, mais 21 mil aparelhos sejam adquiridos, totalizando 40 mil smartphones. O objetivo das aquisições é trazer mais mobilidade às soluções dos Correios, em diversos setores como vendas, atendimento, operações, logística, tratamento, distribuição e transporte.
Com a tecnologia, a empresa também pretende aperfeiçoar etapas logísticas de grandes operações, como a entrega de livros didáticos do FNDE, com a atualização on-line das informações de entregas dos livros e de serviços internacionais – como a emissão do despacho postal, que poderá ser realizado sem a necessidade de movimentação dos objetos para uma estação fixa.
Nos centros de distribuição e de logística integrada (CLIs) dos Correios, estações móveis também irão agilizar o processo de retirada, guarda de itens no porta-paletes, separação de pedidos e expedição de itens de suprimento, pois os operadores receberão, pelos celulares, as diretrizes de armazenagem, sem a necessidade de retorno à uma posição fixa.
Os novos smartphones terão ainda papel fundamental na implementação do sistema de Registro Diário de Viagens e Ocorrências (RDVO-D), onde todos os dados da carga transportada pelos Correios serão migrados em tempo real para o sistema de gestão integrado da empresa. Nos serviços do Balcão do Cidadão, os celulares permitirão substituir etapas manuais do processo de atendimento, além de agilizar o atendimento aos clientes dos Correios.
A ampliação do emprego da tecnologia nos processos operacionais dos Correios, somada às melhorias nas plataformas e soluções digitais da empresa, é mais um passo para a modernização da estatal, tornando cada vez mais intuitiva, prática e segura a experiência do cliente.
Dentre os motivos de orgulho nacional do Brasil, sem dúvidas, o selo postal, celebrado no próximo 1º de agosto, é um deles. Não apenas por sermos o segundo país a emitir um selo postal, o “Olho-de-Boi”, em 1843, mas, também, por produzirmos, desde aquela época, algumas das peças postais mais belas do mundo, reconhecidas em diversas premiações.
O que pouca gente sabe é que, antes de um selo chegar até as agências dos Correios e sair estampando cartas ou ser admirado pelos apaixonados pelo mundo filatélico, muita coisa acontece durante os meses anteriores: pesquisas, reuniões, desenvolvimento de briefing, projeto, produção, testes e edição final.
Emissões consideradas “rápidas” demandam em torno de três meses entre pesquisa e edição, enquanto outras podem levar até 12 meses para serem concluídas. Algumas levam um tempo maior na definição do parceiro; outras, na escolha da representação do motivo ou do estilo da arte, por exemplo. Confira abaixo mais detalhes desse processo:
Pesquisas e parcerias
Quando o tema de um selo é definido, seja porque foi aprovado pela Comissão Filatélica Nacional (CFN) ou faz parte de outras emissões previstas pelos Correios, a equipe da área de Filatelia entra em campo para que a ideia seja traduzida em uma imagem.
Dependendo do assunto, o universo que o tema do selo abrange é muito amplo e requer vários debates e ajuda de especialistas. “Por isso, buscar parceiros que nos ajudem a aprofundar o assunto é o primeiro passo”, complementa Mayra Guapindaia, historiadora dos Correios que trabalha na área da Filatelia. Em alguns casos, quando os familiares são os detentores dos direitos autorais da obra do homenageado, essa identificação é mais fácil.
Selo em homenagem aos 100 anos do nascimento de Clarice Lispector.
Foi esse o caso das emissões em homenagem ao centenário de nascimento da escritora Clarice Lispector, lançada em setembro do ano passado, e “Auto da Compadecida”, em junho deste ano. Em ambas, as famílias prontamente se dispuseram a ajudar, não apenas na liberação do uso de imagens, como também na elaboração dos textos dos editais e das artes que estamparam os selos.
No selo de Clarice, o processo foi ainda mais peculiar porque o filho da escritora, Paulo Valente, trouxe a informação de que Mariana, neta da acadêmica, é ilustradora e poderia fazer a arte, sem custo para os Correios. “Fiquei imensamente feliz com a oportunidade para ilustrar minha avó. Construí o seu rosto e o fundo do selo a partir de envelopes e retalhos de cartas que eram dela, como forma de demonstrar a sua paixão por correspondências”, conta Mariana.
Emissão “Auto da Compadecida”.
Na peça em homenagem à obra de Ariano Suassuna, o trabalho de pesquisa da Filatelia foi fundamental. “Encontramos uma bela capa de edição do Auto da Compadecida, com a imagem de Nossa Senhora feita por Zélia, esposa de Ariano. Então, nada mais justo do que ter a arte do selo feita pela musa inspiradora do autor da obra”, lembra Rosângela.
Os elementos da estética armorial, criada por Ariano, que ilustram o selo foram feitos pelo artista plástico Dantas Suassuna, filho do escritor, e pelo comunicador visual Ricardo Gouveia, amigo de longa data da família.
Técnicas de ilustração
Na hora de definir a técnica a ser empregada na arte de um selo, o olho clínico de quem entende do assunto faz a diferença. A designer Jamile Sallum explica como tem sido o seu atual processo criativo para ilustrar a série “Insetos Benéficos”, emissão especial do Mercosul, com lançamento previsto para outubro deste ano. A temática macro do selo é um tema amplo, que demandou um processo criativo mais aprofundado. “Borboletas, por exemplo, são bonitas por si só. Uma bela fotografia pode expressar a beleza de uma espécie, sem que precise acrescentar nada mais”. Porém, em outros temas, recursos como técnicas vetoriais, ilustrações por computador, podem ser necessários.
Sempre que possível, a equipe de Filatelia também conta com artistas que emprestam seu talento para a elaboração das artes dos selos. “Pode ser uma aquarela, um trabalho de colagem, grafite, vai depender muito do motivo”, explica Jamile. Para isso, a a área possui um cadastro atualizado de artistas que são convidados para as edições.
Fonte de conhecimento
Emissão “Presença Holandesa no Brasil” .
Basta uma leitura mais atenta dos editais de lançamento dos selos para se ter ideia da dimensão da riqueza de conhecimento que cada emissão representa. Não por acaso, é comum encontrá-los em teses de mestrado e doutorado. “Saber que um edital de uma emissão pode se tornar referência iconográfica aumenta ainda mais nossa responsabilidade”, salienta a designer Jamile. É o caso da emissão “Presença Holandesa no Brasil”, citada na tese do mestrado de Eliane Martins Donda, em 2010.
Para a analista Christina Dutra, que compõe a equipe da Filatelia, lidar com universos de temas tão diversos, como fauna, literatura, música, instituições e países, tem sido uma experiência transformadora. “Somos imersos no ambiente de cada emissão de forma tão profunda que passamos a ter interesse por aqueles temas pelo resto da vida”, explica a publicitária que descobriu na área da filatelia um mundo novo.
Neste 1o de agosto, celebramos o “Dia Nacional do Selo”. Confira abaixo o vídeo especialmente produzido para a data e saiba muito mais sobre o universo da Filatelia, acessando o blog: https://blog.correios.com.br/filatelia/
Única empresa pública presente em todos os municípios do País, os Correios oferecem serviços essenciais à garantia da cidadania dos brasileiros. Entre eles, estão a inscrição e regularização do Cadastro de Pessoa Física (CPF). No último dia 15, a empresa realizou um mutirão para emissão do documento para pessoas da comunidade do Quilombo Alto Grande, a 20 km do município de São Mateus do Maranhão (MA).
Para evitar aglomerações, os Correios coletaram previamente os documentos necessários e providenciaram as cópias para concluir a emissão com mais celeridade.
Maria Francisca Rodrigues Santos, 35 anos, aproveitou para tirar o CPF de dois de seus três filhos. Agora, Amanda e Júlio César, de 11 e 12 anos, respectivamente, vão poder ter acesso a praticamente todos os serviços públicos e privados que exigem CPF, como, por exemplo, a carteirinha do Sistema Único de Saúde (SUS) e matrícula em escolas
“Finalmente meus filhos vão poder se matricular na escola, um pedido que eles me faziam todos os anos, mas que para mim era muito difícil realizar”, lembra Maria Francisca, residente do Quilombo Alto Grande desde que nasceu.
Em uma manhã, a agência dos Correios de São Mateus do Maranhão emitiu 100 CPFs, quase o dobro da média mensal da unidade. Diante do sucesso do mutirão, a empresa pretende realizar outra ação semelhante, desta vez no município de São Domingos do Maranhão.
Só no último ano, foram realizadas, pela rede de atendimento dos Correios, 3,9 milhões de inscrições de Cadastros de Pessoas Físicas (CPFs). O documento é obrigatório a todo cidadão cujos rendimentos estejam sujeitos ao desconto do imposto de renda na fonte.
Além da emissão para quem não tem o documento, ainda é possível fazer a regularização cadastral do CPF nas agências da empresa. Saiba mais no site dos Correios.