A jornada invisível das mães de crianças neurodivergentes

A assistente comercial Milene Rocha Elias é mãe de Yuri, que está no espectro autista. Foto: Arquivo pessoal.
Por Marta Ribeiro
“Mãe sente”. É assim, com a sensação de ter um coração batendo fora do próprio peito, que a assistente comercial Milene Rocha Elias Brasil, lotada em Mossoró (RN), fala sobre as muitas emoções que vivenciou após a chegada do filho Yuri, hoje com 28 anos. Ela conta que, desde os primeiros meses de vida, o menino apresentava características marcantes do autismo, mas em 1997 o mundo ainda não estava pronto para compreender o que hoje conhecemos como neurodivergência (diferenças neurológicas, comportamentais e de aprendizagem fora do padrão).
Naquela época, ela escutava que Yuri era como qualquer outra criança. “Acreditei, porque confiamos naqueles que deveriam nos orientar. Por isso, meu filho não teve acesso a terapias ou acompanhamentos que poderiam ter feito toda a diferença desde cedo”, lamenta.
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