RETROSPECTIVA 2024
O ano em que nos firmamos como empresa de Logística, com L maiúsculo

2024 foi um ano de virada de chave para os Correios. Ano de firmar e consolidar um novo posicionamento para o mercado e para a sociedade: os Correios são indispensáveis porque são públicos. Em um país tão imenso e desigual como o Brasil, só uma empresa com vocação social pode ser o elo que conecta pessoas, viabiliza oportunidades e promove cidadania. 

Confira abaixo os principais fatos que marcaram o ano dos Correios: 

Nova Identidade Corporativa

Reformulada, a nossa Identidade Corporativa foi o marco dessa transformação, que agora reflete o papel vital que desempenhamos como agentes de políticas públicas. Nossos valores abraçam a diversidade e a sustentabilidade – pilares que nos guiam para o futuro. Leia mais.

Logística com L maiúsculo

No campo dos negócios, demos passos audaciosos ao aliar tecnologia e logística integrada. Para além dos segmentos de mensagens e encomendas, somos, mais do que nunca, uma empresa de logística. Expandimos nossa atuação com duas novas linhas de logística completa: o Correios Gestão Doc, solução estratégica para empresas e órgãos públicos, e o Correios Log Saúde, solução voltada para o segmento médico, hospitalar e farmacêutico, que inclui desde o controle de estoque e atendimento de pedidos até a logística reversa.

Parcerias estratégicas

Por meio de parcerias com grandes instituições, como a Caixa e a CNP Seguradora, expandimos o acesso a produtos e serviços essenciais nas nossas agências, levando mais comodidade e cidadania aos nossos clientes. Leia mais.

CEP para todos

No Brasil, aproximadamente 8,5% da população não possui código de endereçamento postal, o que corresponde a 17,1 milhões de pessoas. A ausência de um CEP é uma barreira à implementação de políticas públicas e ao acesso a direitos básicos e serviços essenciais. Por isso, ao sediar o Encontro Nacional de Endereços nas Periferias, em novembro, e iniciar o piloto do projeto “CEP para Todos”, reafirmamos nosso compromisso de levar cidadania postal a todas as comunidades do Brasil. Leia mais.

Decreto presidencial

Em julho, o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva editou decreto para estabelecer que os órgãos e entidades ligadas ao governo federal devem, preferencialmente, contratar diretamente os Correios para a prestação de serviços postais não exclusivos. Além de racionalizar gastos públicos, a medida valoriza a nossa experiência, infraestrutura e capacidade na prestação de serviços essenciais à população. Leia mais.

Correios Comunidade

Rompendo com a fronteira da invisibilidade e do preconceito,  temos levado cidadania a locais sem registro postal pelo país. Neste ano, inauguramos mais duas agências dos Correios dentro de comunidades: na favela da Mangueira (RJ) e na comunidade de Pernambués (BA), a sétima maior do país, localizada em Salvador.

Apoio à cultura e ao esporte

A reabertura do teatro do Centro Cultural Correios do Rio de Janeiro, agora nomeado Teatro Correios Léa Garcia, simbolizou a retomada do nosso apoio à arte e à cultura e à arte. Também voltamos ao universo das grandes competições esportivas, com o patrocínio da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG), anunciado em junho. Leia mais.

Ajuda humanitária

Este ano também mostrou a essência solidária dos Correios. Nossas ações para ajudar as vítimas das enchentes no Sul do país não apenas socorreram vidas, mas eternizaram nossa vocação social. Assista aqui.

Papai Noel dos Correios

Este Natal foi especialmente marcante para a nossa empresa. Celebramos os 35 anos do Papai Noel dos Correios com recorde de engajamento e uma inesquecível Carreata de Luz, que iluminou o Brasil espalhando magia e esperança. Leia mais. 

Valorização da nossa gente

Mas nosso maior orgulho é, sem dúvida, a nossa gente. Por isso, recuperamos benefícios do Acordo Coletivo de Trabalho que haviam sido retirados dos trabalhadores pelo governo anterior e começaremos 2025 com aumento salarial, na folha de janeiro, conforme negociado no ACT.

Investimos também na educação corporativa, com a inauguração da nova Universidade Correios e com programas educacionais inclusivos, como a pós-graduação em Gestão de Negócios e o programa de bolsas de estudo para profissionais de nível médio poderem cursar uma faculdade de sua escolha.

O Programa de Desligamento Voluntário (PDV) trouxe aos que desejam se desligar da empresa uma oportunidade de fazê-lo de forma mais planejada e vantajosa. Ao mesmo tempo, o sucesso da realização do concurso público dos Correios abre as portas da empresa para novos talentos, suprindo o déficit criado por um hiato de mais de 13 anos.

Este é o Correios do Futuro, que já começou. O terreno foi arado, as sementes foram lançadas e as raízes já estão firmes. Estamos prontos para uma colheita ainda mais abundante em 2025.

Papai Noel dos Correios: o que faz a campanha ser tão especial

Juliana Miranda

Pet influencer: o pequeno e sociável chihuahua, Frederico Alfredo, usa suas redes sociais para divulgar a campanha Papai Noel dos Correios. Foto: Arquivo pessoal

A cada ano, a campanha Papai Noel dos Correios traz um espetáculo de emoções, generosidade e surpresas. Na sua 35ª edição, não foi diferente. A ação de solidariedade, que conecta cartas de crianças a corações dispostos a realizar sonhos, é uma tradição que emociona o Brasil.  

Embora o pedido de uma criança sempre represente mais do que um objeto, pois é um sonho, há aqueles que fogem do convencional (bolas, bonecas, carrinhos e material escolar, por exemplo) e arrancam risos e lágrimas de quem lê as cartinhas, seja pelo pedido, seja pela história por trás dele.

É o caso da carta de Egor, de 7 anos, um imigrante russo que mora no Ceará. “A minha família deixou a Rússia e agora vivemos no Brasil”, conta a criança. Um irmão, uma irmã e o gato preferido de Egor, Pedro, ficaram em Moscou. “Peço-lhe, Papai Noel, que traga o meu gato para o Brasil”, diz ele.

Carta de Egor (7) para o Papai Noel dos Correios. Foto: Divulgação/Correios

Já o pedido de Maria Luíza, de 10 anos, outra moradora do Ceará, não é para ela, mas para os vizinhos. “Quero pedir vários brinquedos para distribuir na minha rua, pois eles não têm muitos. Gosto muito deles, por isso faço esse pedido”, explica ela.

Pedro Henrique, de 9 anos, fez um pedido duplo, um beyblade para ele, e um olho de vidro para o pai, que perdeu a visão quando Pedro ainda era bebê. Na cartinha, o menino desenhou vários símbolos natalinos, além de um olho dentro de um coração.

Carta de Maria Luiza (10) para o Papai Noel dos Correios. Foto: Divulgação/Correios.

Por conta do trâmite que envolve o transporte internacional de animais, não foi possível trazer o gatinho de Egor, mas as três cartinhas foram adotadas e receberão presentes.

Um padrinho especial

Algumas vezes, não é a carta que é inusitada, mas o padrinho. É o que acontece com o baiano Frederico Alfredo. Morando atualmente no Espírito Santo, ele é influencer e trabalha com voluntariado, atuando como terapeuta em hospitais de sua cidade. Há três anos, ele usa suas redes sociais para divulgar a campanha Papai Noel dos Correios, chamando seus milhares de seguidores para adotarem cartinhas. Muito atuante, Frederico Alfredo é um pequeno e sociável cão da raça Chihuahua.

O envolvimento de Frederico Alfredo com o Papai Noel dos Correios foi herdado de sua tutora, a advogada e atriz Jamili Saade. Há mais de 20 anos, a mãe de Jamili tinha o hábito de pegar várias cartinhas da campanha e distribuir entre a família. Após adulta, Jamili passou a pegar suas cartas e, com a chegada de Frederico Alfredo, viu a possibilidade de contribuir para a divulgação da campanha. Desde então, o padrinho não perde uma edição, sempre vestido a caráter, seja de árvore de Natal ou de Papai Noel.

Outra curiosidade é que Jamili e o marido, o também advogado Daniel Pedroso, já foram “viciados” em máquinas de pegar pelúcia, que geralmente está em shopping centers ou outros estabelecimentos comerciais. Ao longo dos anos, o casal acumulou dezenas de brinquedos, que hoje são destinados a doações, inclusive, a cartinhas do Papai Noel dos Correios. O Instagram de Frederico Alfredo é @frederico_alfredo.

Campanha monumental

Celebrando os 35 anos do Papai Noel dos Correios, o Cristo Redentor, umas das setes maravilhas do mundo moderno, estampou na última quarta-feira (18) a marca da maior campanha de Natal do Brasil. A iluminação especial, inédita na história dos Correios, foi viabilizada pela CNP Seguradora, nossa parceira na venda de seguros. A seguradora também é uma das maiores apoiadoras da campanha, adotando centenas de cartas.

A projeção é uma forma de agradecer a solidariedade do povo brasileiro ao longo das décadas de campanha e a dedicação de cada empregada e cada empregado que fazem o Papai Noel dos Correios acontecer. “Graças à união desses esforços e ao empenho de todos, em 2023, pela primeira vez atendemos 100% dos pedidos feitos pelas crianças e neste ano nossa meta é repetir esse marco histórico: nenhuma criança vai ficar sem presente”, afirma o presidente dos Correios, Fabiano Silva dos Santos. Leia mais.

Números

Em 2024, a campanha Papai Noel dos Correios celebra 35 anos de solidariedade. Neste ano, mais de 300 mil cartas já foram adotadas, superando a marca de 2023, quando, pela primeira vez, todos os 270 mil pedidos recebidos foram atendidos.  

Também foram disponibilizadas para adoção, de forma inédita, cartas de menores assistidos pelas Coordenadorias da Infância e da Juventude dos Tribunais de Justiça das capitais, resultado de uma parceria entre os Correios e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Luta contra a fome

A campanha Papai Noel dos Correios 2024 também ganhou um reforço de peso nesta edição : a ONG Ação da Cidadania. A organização atenderá todas as cartinhas da campanha natalina que pediram cestas básicas, item escolhido por quase 600 crianças como presente. A união entre as duas instituições reforça o compromisso com a construção de um país onde a fome seja erradicada e todos tenham a oportunidade de viver com dignidade. Leia mais.

Como as nossas entregas colocam o ser humano em primeiro lugar

Nossas ações refletem um posicionamento ativo diante da desigualdade social e das mudanças climáticas. Imagem: Freepik

Respeitar os direitos humanos como princípio fundamental é um dever de qualquer instituição, seja pública ou privada. Mas como fazer valer essa garantia constitucional na prática? Neste Dia Internacional dos Direitos Humanos (10/12), queremos mostrar como, além de cumprir a legislação, estamos adotando uma postura proativa para construir uma sociedade mais justa.

Ao trazer o tema dos direitos humanos para o centro das nossas decisões, estamos dizendo que as pessoas – seja qual for sua nacionalidade, gênero, origem, cor ou religião, precisam estar no cerne da nova realidade que vivemos e têm o direito a serem tratadas com dignidade e igualdade.

Por isso, mais do que respeitar os direitos e bem-estar das nossas empregadas e empregados, nossas ações refletem um compromisso com a dinâmica social, que exige posicionamento ativo diante da crescente desigualdade social, exacerbada pela crise climática.

Cidadania postal

O direito básico a ter um endereço, por exemplo: já pensou nas dificuldades de não se ter um CEP? No Brasil, aproximadamente 8,5% da população não possui código de endereçamento postal, o que corresponde a 17,1 milhões de pessoas. Por isso, ao sediar o Encontro Nacional de Endereços nas Periferias, no último dia 26, e iniciar o piloto do projeto “CEP para Todos” reiteramos o compromisso de levar cidadania postal a todas as comunidades do Brasil.

A ausência de um CEP é uma barreira à implementação de políticas públicas e ao acesso a direitos básicos e serviços essenciais, como cadastros em programas sociais, como saúde e educação; acesso a serviços de emergência e entrega de correspondências, o que ajuda a perpetuar um ciclo de exclusão social.

A cidadania postal envolve ainda o direito de participar de pesquisas, ou seja, fazer parte do retrato nacional. Segundo o IBGE, o endereçamento de favelas e comunidades urbanas é a base para que seja cumprida sua missão institucional de “retratar o Brasil com informações necessárias ao conhecimento de sua realidade e ao exercício da cidadania”.

Cultura de paz e ASG

Os Direitos Humanos são o ponto de partida da chamada Agenda ASG, que integra ações ambientais, sociais e de governança. O termo ganhou força nos últimos anos devido a série de eventos que impactaram a sociedade, como a pandemia de COVID-19 e as crescentes mudanças climáticas.

Para os Correios, trabalhar os direitos humanos de forma estratégica é respeitar os princípios do desenvolvimento sustentável e permitir que cada pessoa, seja ela um empregado, cliente, parceiro de negócios, agente do governo ou de comunidade, tenha o direito de possuir, de fato, os mesmo direitos.

Quando propomos uma agenda de não-violência e de cultura de paz, estamos sendo revolucionários. A nossa Política de Diversidade, lançada em abril, propõe um novo paradigma de se relacionar que não se paute na violência como fio condutor de nossas escolhas.

Unidos à luta antirracista, também temos a meta de alcançar 40% de mulheres e 30% de pessoas negras em cargos de gestão em todos os níveis da empresa até o final deste ano. No novo concurso público, lançado em outubro, reservamos 30% das vagas para pessoas negras (pretas e pardas) e indígenas, quantitativo superior ao estabelecido pela legislação. Só no edital de nível médio, isso equivale a 936 vagas.

Quando consideramos os direitos humanos em todas as nossas entregas, pactuamos quais são os nossos valores e pontos de partida – para chegarmos cada vez mais longe. Esse também é o nosso Correios do Futuro.