Saiba como estamos ajudando a resgatar o patrimônio histórico e cultural do Brasil
Essencial para a formação de uma identidade nacional, a cultura é tão importante quanto as fronteiras físicas de uma nação. É a partir dos costumes, das celebrações, do simbólico e da arte, que existimos e nos distinguimos. Para os Correios, mais do que um espaço de subjetividade, apoiar a cultura é contribuir para a integração, inclusão e desenvolvimento do Brasil.
Acompanhando o movimento iniciado no atual governo, de reconstrução da arte e da cultura – entendidas como plurais, diversas e democráticas -, retomamos os investimentos em patrocínio cultural e suspendemos o processo de vendas de prédios históricos, de valor imensurável para os Correios e para o Brasil.
Acreditamos na cultura como ferramenta de aproximação e transformação da sociedade. Por isso, além de integrar um país de dimensões continentais, queremos aproximar os brasileiros da beleza e da diversidade artística do Brasil. Após cinco anos, retomamos o patrocínio ao Festival de Parintins, evento icônico que celebra a cultura folclórica do Amazonas, que em 2023 chega a sua 56ª edição.
Ao longo dos seus 360 anos, além de serem os maiores operadores logísticos do país, os Correios se orgulham de desempenhar o papel de fomentador da cultura nacional, aproximando os brasileiros da beleza e da diversidade do país. Por isso, neste Dia Internacional dos Museus (18), mais uma vez marcamos presença na programação comemorativa em torno da data, que acontece no Brasil e no mundo (saiba mais).
O tema deste ano, escolhido pelo Conselho Internacional de Museus (ICOM) para a data, é “Museus, sustentabilidade e bem-estar”, em apoio aos três dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU: saúde e bem-estar global, ação climática e vida na terra. Alinhado à essa temática, o Museu Correios, em Brasília (DF), traz a exposição Brasilidade, que retrata as cincos regiões brasileiras com imagens que traduzem a riqueza de expressões de uma nação continental.
Em 30 registros, o fotógrafo Paulo Henrique Cruz percorre as belezas de paisagens urbanas e do interior, das festividades, dos rituais religiosos e dos costumes dos povos originários, evidenciando a pluralidade de manifestações do país. Outro elemento importante é a luz, que realça as cores, os contrastes e o céu do nosso Brasil.
A potência da fotografia é um exemplo da força da cultura para a preservação da memória do povo brasileiro e consolidação da identidade nacional. Ao ampliar o senso de pertencimento e conscientização ambiental, os museus também se tornam importantes aliados na promoção do bem-estar e da sustentabilidade.
Além do Museu Correios, que preserva a história dos serviços postais e a memória de uma das instituições mais antigas do Brasil, a estatal está empenhada em revitalizar e ampliar o apoio a projetos culturais nas suas unidades culturais espalhadas pelo país: o Centro Cultural Correios São Paulo, o Centro Cultural Correios Rio de Janeiro, o Espaço Cultural Correios Porto Alegre e o Espaço Cultural Correios Niterói.
Comemorando os seus 360 anos, os Correios reafirmam o compromisso em promover, estimular e preservar a identidade e a cultura do Brasil, em todos os seus ângulos.
A data rememora conquistas E lembra também que há outras para impulsionar Voto, trabalho, independência Lutas de um tempo, impossíveis de apagar
No dia a dia são incontáveis histórias Da força feminina que não se pode questionar
Não é preciso se aprofundar, basta observar Em todas as posições elas estão a trabalhar Na rua, a carteira No balcão, a atendente Na mesa, a analista Em todas elas, a disposição para novos lugares desbravar
São motivo de orgulho as vitórias Que hoje podemos comemorar Para inspirar novos desafios que não param de chegar Coragem e determinação para cada obstáculo ultrapassar Com a certeza que todas podem alcançar o que seu coração planejar
Devemos reconhecer e admirar Todos os dias O valor das histórias que toda mulher tem para contar
Em tempos de distanciamento social, a necessidade de encontrar outras formas de se conectar com as pessoas se torna cada vez mais pulsante. Na contramão das comunicações digitais, tão impalpáveis quanto instantâneas, um hábito por muitos já esquecido tem conquistado novos adeptos: a troca de cartas – um hobby que, curiosamente, se dissemina nas redes sociais, amenizando a solidão do confinamento.
A troca de cartas é capaz de trazer muitos benefícios, como explica Mariana Carolina Carneiro, 23 anos, publicitária, idealizadora do grupo de trocas de cartas Envelope de Papel, que tem quase 2 mil participantes cadastrados de todos os lugares do Brasil e até de outros países. “Esse hobby ajuda a exercer a paciência, já que as cartas não possuem a instantaneidade dos aplicativos e redes sociais, e exigem do destinatário esperar dias e até meses para receber sua correspondência. Também estimula a criatividade, além de promover um carinho especial entre os participantes”, destaca.
Para a mineira da cidade de Santa Luzia, que fica na região metropolitana de Belo Horizonte, receber uma carta cheia de carinho é um ato de amor dedicado, muitas vezes, a uma pessoa que você nunca viu. “Cartas transmitem uma mensagem mais sincera e carinhosa do que um e-mail ou texto em aplicativos como WhatsApp e Telegram. Além disso tudo, ainda há a chance de criar amizades verdadeiras através do papel e caneta”, explica.
De acordo com a publicitária, durante a quarentena, houve um aumento significativo de inscrições no grupo. “Começamos o ano de 2020 com menos de 600 participantes e entramos em setembro com mais de 1800. O interesse pela troca de cartas, para muitas pessoas, começou justamente durante a pandemia”, informa. Mariana conta que se inspirou no seu pai, que nas décadas de 80 e 90 trocava cartas com pessoas de vários países, para criar o Envelope de Papel. “Ele me incentivou a procurar grupos que ainda mantinham esse hobby; e, em 2017, resolvi criar meu próprio clube e ser uma ponte segura e fácil para a troca de cartas entre as pessoas”.
E foi nesse clube criado pela publicitária mineira que Lidiane Marques Barbosa, instrutora da seção de treinamento dos Correios de Goiás, conseguiu retomar sua antiga paixão, em fevereiro deste ano. “A escrita de cartas já faz parte da minha vida desde os 13 anos, quando comecei a trocar cartas por meio de uma seção do Jornal O Popular. Nessa época, eu mantinha cerca de 40 correspondentes do Brasil e do exterior. Conservei essas amizades até entrar na universidade, mas muitos se mudaram e fomos perdendo o contato. Nos anos seguintes, tive apenas alguns correspondentes esporádicos, que encontrei nas redes sociais”, comenta Lidiane.
Entre murais, painéis e selos, a história dos Correios é permeada pela beleza do trabalho de Martha Cavalcanti Poppe. Por meio do talento e da técnica da artista plástica, que nos deixou há um ano, peças filatélicas alçaram status de obra de arte e edificações da empresa construíram elos de sensibilidade com a sociedade.
O desenho sempre foi a grande paixão de Martha Poppe. Aos 17 anos, estudou pintura na escola Belas Artes e cinco anos depois, em 1962, entrou para os quadro de empregados dos Correios. Na área de engenharia da empresa, no Rio de Janeiro, a jovem se debruçava sobre pranchetas, como desenhista copista.
Mas foi no recém-criado departamento de Filatelia, em 1972, que a artista encontrou o seu lugar. Em contato com grandes artistas gráficos e plásticos, como Gian Calvi e Aluísio Carvão, a carioca ilustrou mais de 300 selos ao longo de 25 anos. Ao ter a oportunidade de “queimar os fusíveis da criação”, como gostava de dizer, Martha se destacou por imprimir nos selos um grafismo inspirado na linguagem digital.
“Graças a abertura desse novo olhar da filatelia, a partir de uma concepção mais moderna e menos acadêmica, os selos começaram a ficar lindos, coloridos e terem sucesso internacional, também. A inclusão de artistas plásticos brasileiros, de norte a sul, foi muito importante nesse processo”, relatou Martha em entrevista para o Museu da Pessoa, em 2013.
Ele pode ser considerado o avô do Instagram. Por meio do cartão-postal, que comemorou 150 anos nesta terça-feira (1º), as primeiras imagens de monumentos, fatos históricos, personalidades, cidades e infinita temática começaram a ser compartilhados e rodar o planeta.
Para celebrar esse ícone postal, o Museu Correios, em Brasília, lançou a exposição “O mundo em suas mãos: arquitetura em formas, cores e beleza”. Até 27/10, a mostra retrata a beleza arquitetônica de diferentes lugares e civilizações por meio de cartões postais do mundo inteiro.
Criado em 1869 por Emmanuel Hermann, na Áustria, inicialmente como meio de comunicação para baratear as correspondências, o “Correspondenz-Karte” surgiu como uma simples cartolina, contendo apenas o selo, o espaço para menção do destinatário e um local, no verso, para mensagens curtas.
Tradição e modernidade formam a marca dos Correios. Com três séculos e meio de existência, além do registro histórico em peças filatélicas, a empresa expressa a trajetória do país no seu patrimônio arquitetônico. Prédios históricos como do Anhangabaú, que abriga a Agência Central e o Centro Cultural dos Correios em São Paulo, construído em 1922, convivem e contrastam com modernos complexos logísticos como o de Cajamar (SP).
Antes mesmo de ser transformada em
empresa, no início do século passado os Correios investiam em modernas
construções para sediar a empresa. Nas décadas de 1920 e de 1930, seguindo uma
tendência mundial, foram inaugurados imponentes prédios da empresa em cidades
como Recife (PE), Manaus (AM), Petrópolis (RJ), João Pessoa (PB), São Paulo
(SP) e Santos (SP).
Nessa época, investimentos no setor postal e telegráfico formavam uma conjugação de esforços para alinhamento do país aos movimentos de modernização nas comunicações e de incentivo à integração nacional. O prédio do Vale do Anhangabaú, com sua imponente fachada na capital paulista, ficou marcado por sua ampla e moderna estrutura, além de características como a generosa entrada de iluminação natural.
O local tornou-se um ponto tão marcante na paisagem urbana da capital paulista que a Praça Pedro Lessa ficou conhecida como “Praça do Correio”. O espaço hoje abriga o Centro Cultural Correios de São Paulo.