COP30 começa hoje; saiba como o time Correios se tornou essencial no evento

Mais de 200 empregados dos Correios atuam diretamente na conferência, divididos em turnos, 24 horas por dia. Foto: Divulgação/Correios.

Belém (PA) – Enquanto cerca de 50 mil pessoas, entre líderes, cientistas e diplomatas, iniciam a 30ª Conferência do Clima da ONU (COP30) nesta segunda-feira (10), o amarelo dos uniformes dos Correios se destaca nos corredores, terminais e portos de Belém, conectando cada ponto da megaestrutura da cúpula do clima.

Mais de 200 empregados dos Correios atuam diretamente na conferência, divididos em turnos, 24 horas por dia. “O trabalho dos Correios na COP30 vai muito além do transporte de cargas. Participamos de toda a operação logística do evento de forma integrada”, destaca o presidente dos Correios, Emmanoel Rondon.

Além da logística de cargas internacionais vinda dos cinco continentes, os Correios assumiram outras duas operações fundamentais: a gestão de armazenagem e distribuição interna de itens, feita durante a noite, e o controle de acesso de veículos nas áreas do evento. A camisa amarela está por todos os lados”, detalha André Nery, um dos coordenadores da Operação COP30.

Para se ter uma ideia da dimensão da estrutura física montada, só a Zona Azul (Blue Zone), palco principal das negociações oficiais do evento, ocupa um terreno de aproximadamente 500 mil metros quadrados dentro do parque da cidade.

Monitoramento e segurança 24 horas

O sistema Foton, desenvolvido pelos Correios, monitora veículos em dez pontos de controle, funcionando 24 horas por dia e integrado à segurança da ONU. A tecnologia garante precisão, agilidade e controle total da entrada e saída do espaço da conferência.

”Cada veículo e cada movimentação é monitorada e coordenada em tempo real, mantendo todo o espaço da COP seguro e controlado”, explica Nery.

Primeira agência internacional dos Correios

É a primeira vez que os Correios operam dentro de um território sob jurisdição da ONU. Foto: Sandra Regina/Correios.

Durante o evento, duas agências da estatal estarão em funcionamento: uma na Green Zone (Zona Verde), aberta ao público, e outra na Blue Zone (Zona Azul), espaço reservado às negociações diplomáticas e acessível apenas a credenciados.

Essa será a primeira agência internacional dos Correios: é a primeira vez que a estatal opera dentro de um território sob jurisdição da ONU – uma experiência inédita, aqui em Belém, válida até o fim da conferência, em 21 de novembro.

Logística global: por terra, ar e mar

Por meio dos Correios, remessas internacionais de cinco continentes chegaram a COP30. Imagem: Divulgação/COP30.

Os Correios coordenam toda a cadeia de transporte da conferência. Remessas internacionais vieram de cinco continentes — China, Índia, Marrocos, Europa e África — e chegam aos locais de uso via avião, carretas e navios, incluindo embarcações que hospedam delegações internacionais.

Entre as entregas mais complexas estão equipamentos da ONU e o hospital de campanha do Ministério da Saúde, transportado do Rio Grande do Sul. Pelo ar, a estatal trouxe equipamentos de resgate de Viracopos (Campinas) a Belém, garantindo pronta resposta a emergências.

Durante os próximos 12 dias de COP30, o amarelo dos Correios seguirá visível em todos os espaços do maior evento climático do mundo, conectando soluções e apoiando decisões que impactam o futuro do nosso planeta.

Saiba mais em: correios.com.br/cop30-logistics

DIA DO ATENDENTE|
Quando presença é sinônimo de conexão

Há quem diga que estar presente é estar perto. Mas para nós, é mais do que isso: é representar o Brasil onde o Brasil parece distante. É ser o rosto da confiança, todos os dias, em cada agência que carrega o amarelo e o azul da nossa história.

Neste 30 de outubro, celebramos quem faz da presença um ofício: nossos atendentes comerciais. São esses profissionais que representam os Correios em todos os municípios do país, onde em muitos deles somos a única presença da União.

Em cada balcão, há uma ponte. Em cada entrega, um gesto de cidadania. É nessa missão diária, feita de compromisso e afeto, que o trabalho dos atendentes ganha sentido: conectar pessoas, histórias e oportunidades.

Quando o sobrenome vira Correios

Marlei Salete Weide, mas pode chamar de “Marlei dos Correios”. Foto: Divulgação/Correios.

Em Santa Lúcia (PR), a 60 km de Cascavel, Marlei Salete Weide Fiordelis já perdeu o sobrenome. “Sou a Marlei dos Correios”, diz, sorrindo. Há 17 anos na empresa, ela comanda sozinha a agência da cidade de 3.600 habitantes.

Ali, representa o Estado, resolve demandas do INSS, recebe devoluções do comércio eletrônico e acolhe cada morador com a paciência de quem conhece o ritmo da comunidade.

“Convivemos com todos e conhecemos suas dificuldades. Através do meu trabalho, estou facilitando a vida das pessoas.” Em Santa Lúcia, o endereço dos Correios é também o endereço da confiança.

Café mineiro e acolhimento

Elias José Pereira: “Tem gente que passa na agência só pra agradecer”. Foto: Arquivo pessoal.

Na Zona da Mata mineira, em Desterro do Melo (MG), o dia começa com o cheiro de café passado na hora. Elias José Pereira, há 12 anos nos Correios, abre a agência todas as manhãs com o mesmo cuidado de quem abre as portas de casa.

Em uma cidade de menos de 3 mil habitantes, a maioria na zona rural, Elias é mais que atendente: é um ponto de apoio, um ouvinte, um rosto conhecido que dá segurança.“ Conheço muita gente pelo nome. As pessoas costumam me parar na rua para perguntar alguma coisa”, conta.

Na prateleira, a garrafa de café nunca esfria. E no balcão, sempre há espaço para um pouco de prosa. “Tem gente que passa aqui só pra agradecer. Vejo que as pessoas têm um respeito muito grande pelo nosso trabalho. Aqui, eu sou os Correios”, orgulha-se Elias.

Menor município, grandes histórias

Lucas Javan: “Conheço todo mundo aqui, é quase uma família”. Foto: Arquivo pessoal.

Serra da Saudade (MG) é o menor município do Brasil: 833 habitantes. Mas é ali que Lucas Javan mostra que a grandeza de uma presença não cabe em números. “Conheço todo mundo aqui, é quase uma família”, diz.

Durante a pandemia, ajudou moradores a fazer o cadastro do Auxílio Emergencial. “Vejo o atendente como um facilitador da inclusão social.” Entre tantas histórias, lembra de uma senhora que sempre lhe trazia um pacotinho de balas. “Acho que ela me via como um filho.”

Na menor cidade do país, Lucas é o elo entre o cidadão e o Estado, e também entre o que é serviço e o que é afeto.

O coração da cidade

Leonardo Emmanuel Lima: “Sem os Correios, me pergunto o que seria desse município. É o coração da cidade”. Foto: Arquivo pessoal.

No extremo oeste do Acre, em Assis Brasil, o trabalho de Leonardo Emmanuel Lima Martins cruza fronteiras. Há 23 anos nos Correios, ele atua na agência que conecta três países: Brasil, Peru e Bolívia.

“Conheço as pessoas e elas me conhecem. Acho minha profissão importante porque presta serviço à população”, diz Leonardo, que todos os dias atende moradores locais e estrangeiros que cruzam a fronteira para buscar encomendas.

Ali, entre sotaques diferentes e histórias que se misturam, o balcão amarelo dos Correios se tornou símbolo de integração. “Sem os Correios, me pergunto o que seria desse município. É o coração da cidade.”

É assim que nossos atendentes mantêm viva a ligação entre o Brasil e os brasileiros. Porque conectar é mais que entregar. É estar presente: em cada cidade, em cada história, em cada entrega.

Dia Mundial dos Correios celebra o poder de conectar pessoas e inspirar gerações

Vivemos em um tempo em que tudo é urgente – mas nem tudo precisa ser imediato. Há gestos que pedem calma, como escrever. Escolher as palavras, pensar em quem vai ler, deixar que a mensagem siga seu caminho. Neste 9 de outubro, ao celebrarmos o Dia Mundial dos Correios, reafirmamos nossa missão de manter viva essa ponte entre pessoas, com a mesma confiança e propósito que nos movem há quase quatro séculos.

A cerimônia realizada no auditório do nosso edifício-sede, em Brasília, marcou a premiação da vencedora nacional do 54º Concurso Internacional de Redação de Cartas, a estudante sergipana Beatriz Kfouri Azevedo, de 16 anos.

Tradição que se renova

Criado pela União Postal Universal (UPU), que completa 151 anos em 2025, o concurso convida jovens de todo o mundo a refletirem sobre grandes temas por meio da escrita. Este ano, o desafio foi imaginar-se como o oceano e escrever uma carta à humanidade sobre a importância de cuidar e preservar.

Beatriz se colocou no lugar das águas e emocionou o público com um texto sensível e cheio de propósito: “Urge, então, que despertemos, que abracemos a promessa da preservação, antes que o que resta de mim se perca nas ondas do tempo”, escreveu.

Beatriz, nossa vencedora. Foto: Divulgação/Correios.

Durante a cerimônia, o presidente dos Correios, Emmanoel Rondon, entregou o troféu e o certificado à jovem e destacou o simbolismo da data: “Os Correios representam a união entre tradição e modernidade, como uma instituição centenária que se reinventa constantemente para atender às demandas de um país de dimensões continentais”, afirmou.

No Brasil, o concurso é promovido por nós em três fases: escolar, estadual e nacional. Em 2025, recebemos 3.881 cartas inscritas, enviadas por 1.918 escolas de todas as regiões do país. A carta de Beatriz foi uma das cinco premiadas com menção honrosa internacional, entre mais de 1,6 milhão de redações enviadas por jovens de 65 países.

Uma rede que conecta, educa e transforma

Ao longo de mais de três séculos, aprendemos que comunicar é mais do que entregar mensagens: é construir confiança. É estar presente. É participar da vida das pessoas, das pequenas histórias às grandes transformações.

Em cada encomenda entregue, em cada serviço prestado e em cada jovem inspirado por iniciativas como essa, renovamos o propósito de servir ao país com compromisso público.

Durante a cerimônia, foi lida uma mensagem do diretor-geral da UPU, Masahiko Metoki, que reforçou o papel essencial das redes postais no mundo contemporâneo: “O setor postal continua sendo um pilar essencial para a conectividade social e econômica, garantindo que ninguém seja deixado para trás.”

Celebrar o Dia Mundial dos Correios é, portanto, reconhecer que mesmo em tempos digitais, continuamos movidos pela mesma paixão: a de que toda conexão começa com uma palavra escrita com propósito.