Jovem Aprendiz dos Correios: eles contam como programa mudou vidas

Andressa Resende

Acolhimento: “É muito bonito o lado humano dos Correios, muitas vezes não temos isso na escola ou em casa”, relata a jovem aprendiz Beatriz Carvalho. Foto: Divulgação/Correios.

O começo da carreira é um momento desafiador, desde a hora de decidir a escolha da profissão até conseguir, de fato, uma vaga no mercado de trabalho. Para ajudar adolescentes e jovens de todo o país a se qualificarem para enfrentar as exigências da vida profissional, os Correios promovem há 13 anos o Programa Jovem Aprendiz, que está com inscrições abertas até sexta-feira (21).   

Atualmente, a empresa possui em seus quadros 3.650 aprendizes, mas já passaram pela estatal mais de 31 mil jovens. Para mostrar como o programa tem feito diferença na vida de milhares de estudantes, o Blog dos Correios conversou com três aprendizes que estão próximas de encerrar o período de experiência na empresa. Confira abaixo os relatos das jovens:


Timidez superada  

Com apenas 17 anos, Juliana (nome fictício) iniciou a vida profissional como aprendiz da área de gestão de pessoas dos Correios. Ela relata como a oportunidade dada pela empresa foi importante para a inserção profissional dos jovens no período pós pandêmico. “Por conta do isolamento social, muitos adolescentes como eu foram prejudicados, principalmente na escola, mas os cursos oferecidos pelo Jovem Aprendiz ajudaram muito”, destaca.     

A timidez excessiva foi outra dificuldade superada por ela. “As aulas que tive no Senai e a vivência nos Correios me ajudaram a ter mais segurança para falar e me expressar. Hoje faço o lançamento na folha de pagamento das horas extras dos empregados, meu chefe revisa e assina depois. É uma responsabilidade grande”, afirma.

Atualmente, a jovem sonha em cursar psicologia após o término do contrato com os Correios. “O universo da psicologia me atrai porque gosto de aprender sobre o ser humano, quero entender como ele pensa”, conta.  


Portas abertas  

Para Karyna Isabella, aprender na prática é uma das principais vantagens do Programa Jovem Aprendiz. Foto: Divulgação/Correios.

A estudante Karyna Isabella Maia, 17 anos, quis ser aprendiz por acreditar que o programa abrirá portas para ela. “É uma oportunidade de ganhar experiência. Já passei por três departamentos, não foi muito tempo em cada um, mas já foi suficiente para crescer. Aqui eu trabalho mesmo, aprendo de verdade, e sinto que o eu faço também é importante para a empresa”, orgulha-se.  

Orgulho também é o que a jovem diz sentir por ter a passagem pelos Correios marcada no seu currículo. “Trabalhar aqui para mim é uma conquista muito grande. Eu tive essa experiência, sabe? É muito gratificante poder responder: ‘você trabalha?’ Sim, eu trabalho nos Correios”, conclui a jovem que pretende cursar direito e se tornar juíza.

Acolhimento  

Para as três aprendizes, a conclusão é unânime: nos Correios, conquistaram não apenas bagagem profissional, mas sobretudo amadurecimento emocional. “Sinto-me acolhida aqui na empresa. A gestão é humana, entende que somos um todo complexo”, conta Beatriz Carvalho, 18, a mais velha delas.  

Para Bia, como é carinhosamente chamada pelos colegas, a experiência de trabalhar nos Correios vai muito além da perspectiva laboral. “Os aprendizes dos Correios são como um diamante, sabe? Uma pedra preciosa que não quebra, mas arranha, sofre desgaste, e os Correios entendem isso. É muito bonito esse lado humano da empresa, muitas vezes não temos isso na escola ou em casa”, destaca a jovem.

A gerente corporativa Veronica Hitzschky Bastos confirma a relevância do programa. “É uma iniciativa que vai muito além da obrigação legal, ela faz a diferença tanto para nós, empregados, como para os aprendizes, que aprendem como funciona o mundo corporativo em uma empresa tão grande como os Correios”, conclui a gestora.  

Últimos dias – Os interessados em participar do Programa Jovem Aprendiz dos Correios 2023 têm até esta sexta-feira (21) para realização a inscrição. Saiba mais em https://prosel.correios.com.br/concursos/detalharconcurso/1208

DIA MUNDIAL DA SAÚDE
Empregados dos Correios superam problemas de saúde ao conciliar trabalho e atividade física  

O técnico operacional dos Correios, Eduardo Telles, aderiu à bicicleta como meio de transporte de casa para o trabalho.
Foto: Divulgação/Correios

Quando o assunto é exercício físico, o primeiro benefício que vem à cabeça de muitos é a perda de peso. No entanto, os ganhos de uma vida ativa podem ir muito além de um corpo esguio: melhora da qualidade do sono, do humor e da manutenção geral da saúde. Por isso, muitas pessoas estão buscando maneiras diferentes de encaixar este hábito saudável à atividade que costuma ocupar a maior parte do dia: o trabalho.  

Aos 19 anos, o contador dos Correios, Ricardo Barbosa, descobriu-se portador de espondilite anquilosante, doença autoimune que causa inflamação das articulações, enrijecendo a estrutura óssea e provocando fortes dores. No momento do diagnóstico, a frase que o jovem ouviu do pai o ajudou a enfrentar a notícia difícil: a vida é uma resolução de problemas. 

A solução encontrada foi a atividade física. Ao mover o corpo, o contador encontrou alívio para as dores e o caminho para evitar a degeneração óssea. “Percebi que quando praticava exercício, as dores diminuíam e a minha médica me incentivou a continuar. Se não fosse isso, estaria na cama ou numa cadeira de rodas,” destaca.  

Rotina inegociável: o contador Ricardo Barbosa superou as dores de uma doença crônica com a prática de natação e musculação. Foto: Divulgação/ Correios.

Natação, duas vezes por semana, e musculação, todos os dias, se tornou uma rotina inegociável. Mesmo nos dias em que sai mais tarde do trabalho, Ricardo, que está à frente do Departamento de Controladoria dos Correios, em Brasília, não deixa de fazer uma hora e meia de musculação, não importa a hora em que chegue em casa. “Hoje atividade física é o meu remédio. Não uso mais medicamentos para controlar a dor”, comemora.  

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Mulheres ocupam 43% das gerências corporativas dos Correios 

Sandra Regina e Fernanda Lobo

Liderança feminina: as gerentes corporativas Valéria Torres (esq.), Juliana Barroso (centro) e Vanessa Barcellos comandam áreas de TI dos Correios. Foto: Divulgação/Correios

Em um ambiente de trabalho com predomínio masculino, os Correios têm registrado o crescimento da participação feminina no quadro de empregados em funções gerenciais. A empresa possui mais de 20 mil mulheres em seu efetivo, representando 23% do total de empregados. 

Elas atuam em todas as áreas da empresa: são carteiras, atendentes de agência, operadoras de transbordo, técnicas, analistas e gestoras. Atualmente, 31% dos cargos de liderança da empresa são ocupados por mulheres. Nas gerências corporativas, o percentual é maior: 43% dos gerentes dos Correios são mulheres.  

A liderança feminina na estatal se mostra ainda mais expressiva quando comparada à média do país. Segundo dados do Fórum Econômico Mundial de 2022, apenas 8,6% dos cargos de liderança são ocupados por mulheres no Brasil, enquanto no resto do mundo esse índice é de 16,9%.

Sorte dos Correios. De acordo com o relatório Women in Business and Management, divulgado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), que analisou 70 mil empresas em 13 países, quanto maior o número de mulheres, principalmente em cargos de liderança, melhores são os resultados financeiros da organização.

Lugar de mulher  

Os Correios acreditam que lugar de mulher é onde ela quiser. Seja liderando um centro de triagem de encomendas ou desenvolvendo soluções na área de Tecnologia da Informação (TI). Formada em Ciência da Computação, com especialização em banco de dados, a gerente corporativa dos Correios, Valéria Torres Evangelista Melo, é responsável por uma área de TI considerada crítica, voltada para os clientes dos Correios.  

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