Novo presidente, novos caminhos

Com 25 anos de experiência no Banco do Brasil, o economista Emannuel Rondon construiu trajetória consistente em gestão e administração pública. Foto: MCom.

O primeiro pronunciamento de Emmanoel Schmidt Rondon como presidente dos Correios, realizado nesta sexta-feira (26), na sede da empresa em Brasília, representou o início de um ciclo em que gestão técnica e participativa se combinam para fortalecer a missão pública da estatal e impulsionar sua modernização.

Com 25 anos de experiência no Banco do Brasil, Rondon construiu trajetória consistente em gestão e administração pública. Economista formado pela Universidade Federal Fluminense e com MBA em Administração de Empresas pelo Ibmec, ele chega aos Correios com foco em resultados, sem perder de vista o papel social que a empresa desempenha no país. Ao recordar que sua carreira de bancário teve início dentro de uma agência da estatal no Rio de Janeiro, destacou a dimensão simbólica de sua chegada à presidência.

Em seu discurso, Rondon reforçou valores que considera inegociáveis — honestidade, ética e transparência — e dirigiu uma mensagem direta às 83 mil empregadas e empregados, reconhecendo-os como o maior patrimônio da organização:

“O fundamental é entender o que precisamos melhorar, traçar a rota e caminhar juntos. Tenho certeza de que a empresa consegue, porque tem enorme capacidade de gerar receita, um posicionamento diferenciado no mercado e um papel fundamental para o país.”

Para ele, o amor dos trabalhadores dos Correios será o motor da transformação. “Quem ama, cuida. É com esse amor à empresa e com a colaboração de cada um de vocês que vamos restaurar o orgulho e a eficiência dos Correios”, afirmou.

Carteiros Cláudia e Luiz Neuton entregaram ao novo presidente uma bolsa de carteiro e a miniatura de um caminhão da empresa. Foto: MCom.

O ministro das Comunicações, Frederico de Siqueira Filho, destacou o acerto do presidente Lula ao escolher um gestor com perfil técnico e experiência sólida para liderar os Correios neste momento de transformação.

“Os Correios são patrimônio do povo, das empregadas e empregados, e podem contar com o presidente Lula e os seus ministros, que estarão juntos de mãos dadas para apoiar essa empresa. Viva os Correios, viva o Brasil!”, declarou.

Símbolos de acolhida

A solenidade foi marcada por gestos simbólicos. O casal de carteiros Cláudia e Luiz Neuton, de Luziânia (GO), entregou ao novo presidente uma bolsa de carteiro e a miniatura de um caminhão — lembrando que a grandeza da empresa está sustentada nas entregas cotidianas em todos os cantos do país. O ministro das Comunicações conferiu ainda o pin oficial da marca, selando o início da nova gestão.

Setor postal em transformação

A mudança na gestão ocorre em meio a transformações profundas no setor postal em todo o mundo. A redução das correspondências tradicionais e a expansão do comércio eletrônico impõem novos desafios e oportunidades.

Sob a liderança de Emmanoel Rondon, a expectativa é consolidar o movimento de modernização dos Correios do Brasil, ampliando a eficiência, incorporando soluções sustentáveis e mantendo a empresa preparada para atuar em novos mercados, sempre em equilíbrio com sua função pública.

A chegada do novo presidente dos Correios representa um chamado à confiança e à união. Uma afirmação de que empregados, dirigentes e governo devem caminhar juntos na construção de um futuro em que os Correios permaneçam como orgulho nacional e instrumento de integração do Brasil.

MÊS DAS MÃES|
Quando o amor de tia se transforma em amor de mãe 

A agente de Correios Lúcia Mendes assumiu os cuidados do sobrinho-neto, Oliver Matheus. Foto: Arquivo pessoal.

Por Sandra Regina

A gente até faz planos, como quem escreve um roteiro de filme, planejando cada passo da nossa trajetória, do começo ao fim. Mas a vida… Pois é, a vida. Bem, na realidade, nem sempre ela segue nossos roteiros. Muda os cenários e os personagens da história que sonhamos, desenha suas curvas e chega com as surpresas. Quem é que já não passou por isso?

E é assim, sem esperar, que começam lindas histórias de maternidade. Mulheres que decidiram não serem mães, por planejamento pessoal, impossibilidade biológica ou alguma situação daquelas que “só sabe quem vive”, de repente, se veem maternando uma, duas ou até cinco crianças! Porque o plano da gente pode até ser outro, mas o amor encontra sempre um jeito de florescer.

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Quando o relógio marca o tempo da delicadeza

A jornada invisível das mães de crianças neurodivergentes


A assistente comercial Milene Rocha Elias é mãe de Yuri, que está no espectro autista. Foto: Arquivo pessoal.

Por Marta Ribeiro

“Mãe sente”. É assim, com a sensação de ter um coração batendo fora do próprio peito, que a assistente comercial Milene Rocha Elias Brasil, lotada em Mossoró (RN), fala sobre as muitas emoções que vivenciou após a chegada do filho Yuri, hoje com 28 anos. Ela conta que, desde os primeiros meses de vida, o menino apresentava características marcantes do autismo, mas em 1997 o mundo ainda não estava pronto para compreender o que hoje conhecemos como neurodivergência (diferenças neurológicas, comportamentais e de aprendizagem fora do padrão).

Naquela época, ela escutava que Yuri era como qualquer outra criança. “Acreditei, porque confiamos naqueles que deveriam nos orientar. Por isso, meu filho não teve acesso a terapias ou acompanhamentos que poderiam ter feito toda a diferença desde cedo”, lamenta.

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