Filatelia se adapta ao mundo digital durante a pandemia

A necessidade de isolamento social em virtude da pandemia de covid-19 impulsionou a migração de inúmeros setores para os meios digitais. Com a Filatelia não foi diferente. Além dos lançamentos virtuais de selos, adotados pelos Correios desde o início pandemia, um exemplo é a Brapex – tradicional exposição filatélica nacional bienal – será promovida em 2021, pela primeira vez, integralmente no formato digital.

O evento, que ocorre desde 1938 e já foi muitas vezes sediado em unidades dos Correios, teve início em 1º de agosto, data em que se comemora o Dia do Selo, e prosseguirá até 15 de agosto. O acesso gratuito será pelo site da Federação Brasileira de Filatelia (Febraf): https://www.febraf.com.br. O tema da exposição desse ano será em comemoração aos 120 anos em que Santos Dumont deu a volta na Torre Eiffel. Cerca de 50 a 60 coleções filatélicas estarão expostas.

Com o intuito de se manter o clima social do colecionismo de selos, o vice-presidente da Federação Internacional de Filatelia (FIP), Reinaldo Estevão de Macedo, destaca que, além das exposições virtuais, uma robusta rede de interligação, por meio dos grupos criados nas plataformas digitais, conecta atualmente filatelistas do mundo inteiro.

Durante a pandemia, os grupos filatélicos foram sendo criados espontaneamente, com os mais variados temas: Inteiro postal, Filatelia do Império, Filatelia da República, Censura postal, Filatelia do Interior, Escritores de Filatelia etc. Até mesmo os leilões e trocas de selos estão agora presentes nos grupos específicos.

Além dessa interação, há também as iniciativas de entidades filatélicas para reunir virtualmente os colecionadores de todo o País para palestras, trocas de informação e estudos de difusão da Filatelia. É o caso do SPP Conecta, projeto da Sociedade Philatelica Paulista (SPP), que vai ao ar todas as terças-feiras, às 20h, via Zoom – link disponível no site https://www.sppaulista.com.br.

Há ainda o projeto CTC Virtual, do Centro Temático de Campinas, que transmite as reuniões todo terceiro sábado do mês, às 10h, também pela plataforma Zoom e link disponível em https://ctc-campinas.org.br.

Para conhecer mais sobre o universo dos selos e ficar por dentro dos próximos lançamentos filatélicos, acesse o Blog da Filatelia: https://blog.correios.com.br/filatelia.

Obras de artista plástico de TO ganham o mundo por meio dos Correios

Diante das restrições impostas pela pandemia, reinventar-se tem sido a palavra de ordem para muitos brasileiros. O artista plástico Gedeon Tavares de Souza é um deles. Morador de Aparecida do Rio Negro, a 74 km da capital do Tocantins, ele encontrou na internet, e nos Correios, uma nova forma de comercializar os quadros pintados à mão, com tinta a óleo.

Antes da pandemia, Gedeon viajava por todo país, acompanhado da sua esposa, Daniela Cardoso Tavares, para vender as obras de arte. “O nosso propósito era levar arte e cultura por meio de exposições das telas em órgãos públicos, shoppings e outros espaços por todo o País. Com a pandemia e a impossibilidade de viajar, tivemos que nos reinventar”, relata o artista.

Por meio de um site de produtos autorais, o casal começou a comercializar os quadros na internet e o “boom” aconteceu. As pinturas a óleo, que ilustram diversas temáticas, com destaque para a cultura africana, já foram vendidas para todos os Estados do Brasil, além de países como Japão, Suíça, Portugal, Estados Unidos e Inglaterra.

Conheça as soluções para exportar pelos Correios

Sem precisarem mais sair de casa para vender as obras, eles conseguiram aumentar o tempo de produção e o faturamento. “Hoje, conseguimos levar nossa arte para o mundo graças aos Correios, que são essenciais para o nosso trabalho. Todos os pedidos que recebemos são enviados pela estatal”, ressalta o artista plástico.

O gerente da agência de Correios de Aparecida do Rio Negro, Adailton Rodrigues, confirma o sucesso do casal. “O número de postagens dos quadros é tão alto que eles se tornaram um dos nossos principais clientes na cidade”, ressalta Adailton.

Para apoiar pequenos e médios empreendedores neste momento desafiador, os Correios lançaram o programa AproxiME, um pacote de soluções para ajudar comerciantes que precisam mudar a matriz do seu negócio e dar os primeiros passos no e-commerce. Saiba mais em https://www2.correios.com.br/hotsites/aproxime.

Made in Caicó: bordados do RN conquistam o mundo com apoio dos Correios

Terra do bordado: o pequeno município de Caicó, no Seridó potiguar, é conhecido pelos bordados que são verdadeiras obras de arte.

A 282 km da capital do Rio Grande do Norte, um pequeno município viu nascer das mãos habilidosas de mulheres o mais genuíno de seus produtos, que lhe rendeu o título de “Terra do Bordado”. Erguido na fé e na lida do povo sertanejo, Caicó tem uma população de pouco mais de 68 mil habitantes e é rico em cultura e tradições que atravessam gerações.

Enxovais de recém-nascidos, roupas de cama e toalhas, feitos com riqueza de detalhes, seja no bordado matizado ou em ponto richelieu, ganham forma no ritmo compassado da máquina de costura guiada pelas mãos das bordadeiras. Herança portuguesa, a prática, antes restrita ao lar, ganhou notoriedade pela beleza e originalidade de suas peças, gerando renda para cerca de 5 mil mulheres da região.

Agencia dos Correios em Caicó (RN). Foto: Divulgação/Correios

Os Correios, maiores parceiros das micro e pequenas empresas, têm garantido a logística de vendas on-line dos bordados de Caicó para outros Estados e, também, para o exterior, ajudando a levar a cultura e a tradição do bordado para o mundo. Mas, em tempos de pandemia, as bordadeiras também precisaram se reinventar: saíram de cena os eventos e feiras de artesanato e ganharam espaço os posts nas redes sociais e as vendas pelo e-commerce.

Novos produtos também entraram no portfólio, como as máscaras de proteção bordadas. “Antes da pandemia, vendia pouco pela internet, mas tive que rever minhas estratégias. Agora já pego encomendas de todas as regiões do país e até já exportei para Portugal, com o apoio e a orientação da equipe dos Correios, que sempre foi muito prestativa e tirou todas as minhas dúvidas”, conta a bordadeira Cleidilene Ferreira.

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