UPU enaltece trabalho dos operadores postais durante a pandemia: “sacrifícios incríveis”

Nesta sexta-feira (9) é celebrado o Dia Mundial dos Correios, marco da criação, em 1874, da União Postal Universal (UPU) – órgão da Organização das Nações Unidas que congrega operadores de 192 países. Entre outros temas, a UPU defende a estratégia de diversificação dos serviços postais, adotada pelos Correios no Brasil desde 2011. Pela primeira vez, neste ano o evento em comemoração ao Dia Mundial dos Correios ocorrerá virtualmente.

Em alusão à data, a UPU também divulgou sua tradicional mensagem anual, em que avalia as recentes conquistas e desafios do setor. Como não poderia ser diferente, o discurso enfatizou as dificuldades impostas pela pandemia de COVID-19 aos operadores logísticos, em todo o mundo. A essencialidade dos serviços postais e a resiliência dos funcionários de correios, que seguiram trabalhando enquanto o vírus se alastrava, foram enaltecidas na mensagem.

“É preciso reconhecer os incríveis sacrifícios feitos pelos operadores postais e seus funcionários durante a pandemia. (…) Gostaria de saudar a bravura e dedicação dos milhões de empregados dos correios que continuaram a prestar o seu serviço, apesar das perturbações globais”, diz um dos trechos da mensagem assinada pelo diretor da UPU, Bishar Hussein.

Os impactos da suspensão de voos internacionais, fechamento de fronteiras e as alternativas encontradas para administrá-los também foram destaque. Segundo a UPU, inovação e criatividade foram a marca desse período. “Quando surgiram obstáculos no caminho, novas rotas foram criadas. Navios substituíram voos comerciais; operadores postais desenvolveram novas formas de trabalhar e de assegurar as entregas”, ressaltou a mensagem.

Responsabilidade social

A UPU citou ainda a relevância do papel social do setor no auxílio aos mais vulneráveis. “Graças ao correios, pessoas idosas, isoladas e enfermas foram atendidas; equipamentos de proteção foram entregues e serviços financeiros essenciais, mantidos”, pontuou Hussein.

Desde o início da pandemia, os Correios do Brasil mobilizaram sua infraestrutura logística em uma grande rede de cooperação, para ajudar a salvar vidas. As ações abrangeram desde o transporte de material viral até a entrega de medicamentos em áreas remotas, envolvendo empregados, comunidade científica, entidades públicas e privadas em diferentes frentes.

Em recente parceria com o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), a estatal também doou milhares de camisas de carteiros e malotes postais inservíveis aos Correios, que estão se transformados em máscaras de proteção, toucas, mochilas e sacos de dormir para uso de pessoas em situação de rua.

“A empresa não mediu esforços para proteger seus empregados e adotar estratégias que minimizassem o impacto da pandemia à população brasileira, mostrando-se ainda mais essencial neste momento tão difícil”, destacou o presidente dos Correios, Floriano Peixoto.

DIA DO AMIGO
A menina, o carteiro e os cartões-postais

Renata Cordova

Gestos simples podem significar muito na infância e marcar a vida de uma pessoa para sempre. Foi assim no encontro da hoje psicóloga Claudia Regina de Assis Garcez com o então carteiro José Bernardo Teixeira Bunilha, na Porto Alegre dos anos 1970. No dia em que se celebra no Brasil o Dia do Amigo, a história da amizade improvável entre uma menina e um carteiro, contada por meio de cartões-postais.

Há 45 anos, Claudia residia na rua José do Patrocínio, na capital gaúcha. Ao resgatar suas memórias de infância, ela lembra das brincadeiras na rua, dos amigos e de uma ingenuidade nas relações e na ocupação dos espaços comunitários que as cidades grandes foram perdendo ao longo do tempo. “Eu brincava na rua, toda a quadra conhecia meus amigos e eu, que apertávamos os porteiros eletrônicos e saíamos correndo. Tínhamos uma cachorra adotada na rua, a Ísis. Quando inaugurou o Lago dos Açorianos, fomos todos tomar banho”, recorda. Nesta época, o pai de Claudia foi morar na Amazônia e a saudade fazia com que a menina enviasse cartas a ele e esperasse ansiosa pelas respostas.

Foi também em meados de 1975 que José Bunilha começou a trabalhar como carteiro: um período de sua vida que ele relembra com saudade. “Naquele tempo, o carteiro era uma figura de suma importância, pois as cartas eram ainda uma das principais formas de comunicação existente. Então, todos os moradores costumavam ter proximidade com o carteiro, desde as crianças até os vovôs, gerando assim muitas amizades”, relata.

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Dia do Telegrafista – 24 de maio

Telegrafistas da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT), em 1934. Foto: Arquivo Nacional

Em 2020, pleno século 21, época da comunicação instantânea, fica difícil imaginar o que o telégrafo e o telegrafista, profissional que operava esse aparelho, representaram para o mundo durante décadas. No próximo domingo (24), é comemorado o Dia do Telegrafista, instituído em 1944 pelo então presidente Getúlio Vargas, que considerava esse profissional um verdadeiro herói anônimo, pelos relevantes serviços prestados à coletividade.

A data foi escolhida porque cem anos antes, em 1844, houve a primeira transmissão de uma mensagem por telégrafo no mundo. O fato, que ocorreu nos EUA, inaugurou a linha telegráfica entre as cidades de Washington e Baltimore. Apesar de simples, a mensagem era “What hath God wrought!”, que em português significa “O que Deus possibilitou!”, expressando o quanto o mundo estava maravilhado diante dos avanços tecnológicos que surgiam.

Para se ter uma ideia, o telégrafo foi a primeira tecnologia que permitiu a transmissão de dados de forma instantânea, sendo também a primeira ferramenta de comunicação a empregar sinais elétricos para essa finalidade. O profissional responsável por enviar e receber as mensagens precisava ter um conhecimento único, em decifrar os códigos usados para transmitir a informação. Nesse sistema, cada letra do alfabeto e número são representados por uma combinação específica de pontos e traços.

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