Data de emissão: | 13/12/2001 | ||
Emissão: | Marinha Mercante de Ontem e de Hoje- Embarcações Flamengo e Copacabana | ||
Artista: | Cecília Langer | ||
Valor facial: | : R$ 0,55 cada selo | ||
Tiragem: | 6.000.000 selos | ||
Folha: | 24 selos | ||
Código de comercialização: |
SOBRE OS SELOS |
A emissão “Marinha Mercante de Ontem e de Hoje” é representada em um se-tenant com dois selos, em que se visualiza à esquerda o navio “Copacabana”, em sépia, numa alusão ao passado de serviços prestados, e o navio “Flamengo”, que, por meio da foto colorida, indica a pujança do presente. A artista utilizou espécies da fauna marinha, a baleia e os albatrozes, fazendo uma analogia com a principal característica destes navios: a atividade permanentemente ligada ao mar, como a recordar o aspecto migratório das baleias e a busca incessante pelo sustento marinho empreendida pelos albatrozes. Foram utilizadas as técnicas pintura a lápis de cor e computação gráfica. |
MARINHA MERCANTE DE ONTEM E DE HOJE – EMBARCAÇÕES FLAMENGO E COPACABANA |
Navio Mercante é a embarcação não-militar, com propulsão própria, usada para o transporte aquaviário de carga ou passageiros, com a finalidade comercial. Algumas embarcações, embora não envolvidas com o transporte de carga e passageiros – como as de apoio marítimo e portuário, as de pesquisa no meio marítimo e algumas embarcações usadas para tarefas especiais – são prestadoras de serviço e fazem parte do que chamamos de frota mercante. O transporte marítimo diz respeito à origem e destino das rotas comerciais e pode ser dividido em: navegação de longo curso – realizada, com propósitos comerciais, entre os portos de um país e portos estrangeiros, em embarcações mercantes; navegação de cabotagem – realizada, com propósitos comerciais, entre os portos de um mesmo país e navegaç ;ão comercial – a que se faz ao longo de canais, rios, lagos e lagoas e a que se faz nas áreas portuárias, baías, enseadas, angras, canais, rios e lagoas em atendimento às atividades específicas do porto. A existência de uma frota mercante expressiva não é apenas importante em termos econômicos, mas também em termos político-estratégicos. Uma frota mercante nacional constitui uma importante reserva de meios à disposição da Marinha de Guerra, em caso de conflito. A mobilização de navios mercantes para as operações de guerra é prática comum, permitindo manter reduzido o número de navios auxiliares da frota militar. Não há como negar que, durante quase todo o século 19 e boa parte do século 20, as empresas de navegação cumpriram importante papel, tanto comercial, cultural e social, como político-militar. Em sua longa vida útil sob bandeira brasileira, nossos velhos paquetes, além de aventureiros de toda espécie, transportaram políticos indo e vindo da Capital; jovens que iam estudar nos grandes centros, como o Rio de Janeiro; além de militares e funcionários públicos (com suas famílias) transferidos de um Estado para outro. Também transportaram uma infinidade de gente em busca de melhores condições e ajudaram a povoar a imensa e vazia Amazônia, levando para lá milhares de migrantes nordestinos fugidos da seca. Durante todo o ciclo da borracha, estas embarcações tiveram grande importância no escoamento da produção agrícola para as exportações de cacau, café, açúcar. O Lloyd e a Costeira foram as duas principais companhias de navegação brasileiras. Mas, além delas, houve outras empresas de navegação menores mas, nem por isso menos atuantes. Com o lançamento do selo “Marinha Mercante”, os Correios proporcionam aos filatelistas uma viagem no tempo em que o Brasil era um grande pólo industrial da construção naval e destacam a forte relação do transporte aquaviário com a comunicação objetivo primordial desta Empresa. Os dois navios identificados no selo, Copacabana e Flamengo, representam a evolução do transporte hidroviário no país, já que trata-se do mais antigo e do mais recente navio. Diretoria do Patrimônio Histórico e Cultural da Marinha |