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Código de comercialização: |
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852007000
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Edital: | nº 23 |
Arte: | Cecília Langer |
Colaboração: | Museu Paraense Emílio Goeldi |
Processo de Impressão: | ofsete com resina aromática |
Folha: | 30 selos |
Papel: | cuchê gomado |
Valor facial: | R$ 1,60 |
Tiragem: | 3.000.000 selos |
Picotagem: | 12,0 x 11,5 |
Área de desenho: | 25mm x 35mm |
Dimensões do selo: | 30mm x 40mm |
Data de emissão: | 23/11/2004 |
Locais de lançamento: | Manaus/AM Belém/PA e Curitiba/PR |
Impressão: | Casa da Moeda do Brasil |
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SOBRE O SELO |
No selo, a artista apresenta, em primeiro plano, a planta com a raiz, de onde é extraído o aroma, submersa em um frasco, semelhante àqueles utilizados para armazenar perfumes. Atrás do frasco, duas penas nas cores verde e amarelo simbolizam a nacionalidade da fragrância e o potencial aromático dessa espécie da flora, que remete aos povos indígenas, pelos quais foi descoberta. PLANTA AROMÁTICA BRASILEIRA – PRIPRIOCA O Brasil é um dos países com maior diversidade vegetal no mundo. Dentre as inúmeras espécies catalogadas, podem ser encontradas plantas com diferentes propriedades de uso, tais como as aromáticas ou produtoras de óleos essenciais, as medicinais mais amplamente conhecidas, as fibrosas, as oleaginosas, as utilizadas na culinária, na ornamentação, na alimentação e como corantes. Os Correios, com esta emissão, divulgam mais uma das diversas espécies de plantas aromáticas brasileiras, a priprioca, bem como incentivam a sua preservação. A priprioca (Cyperus articulatus L.), da família das Cyperaceae, comum na Amazônia, é uma espécie rizomatosa, com pequenas flores nas extremidades dos caules. Sua aparência, despida de qualquer exuberância, não revela a “fragrância” contida em seus rizomas, utilizada pela população cabocla e indígena da região em perfumes e cosméticos, em banhos perfumados, ou como remédio. Seu nome é originário da língua tupi: piripiri – junco pequeno e oca – casa. De acordo com a lenda dos índios Aruaca, do Estado do Amazonas, registrada em língua tupi pelo pesquisador Antonio Brandão de Amorim, em 1926, o misterioso guerreiro indígena Piripiri seduzia todas as cunhatãs (índias) de sua aldeia com um suave, porém irresistível, perfume que exalava de seu corpo. Por esse motivo, era perseguido pelas jovens índias e, quando se via preso, produzia uma nuvem de fumaça perfumada e desaparecia. Perdidamente apaixonada por Piripiri, uma das índias perguntou ao seu pai, Sapi, o pajé da tribo, o que deveria fazer para conquistar definitivamente o belo índio. Convencido a atender os apelos da filha, Sapi ensinou-lhe o encanto para prender Piripiri: numa noite de lua cheia, enquanto ele dormia, a jovem, com seus próprios cabelos, amarrou os seus pés e adormeceu a seu lado. Na manhã seguinte, no entanto, o guerreiro havia desaparecido, para sempre, mas a cunhatã notou que no lugar onde Piripiri dormira estava uma planta diferente, que emanava o seu perfume. Desse dia em diante, as índias perceberam que aquele suave cheiro entontecia os corações masculinos e passaram a usar a planta em banhos, lavando os cabelos com a infusão das raízes raladas. O pajé Sapi contava a todos que Piripiri tinha ido para o céu e se transformado na constelação de Arapari, as Três Marias da Constelação de Órion. A planta recebeu o nome do índio por ter se tornado a sua morada – Piripiri-oca, priprioca ou “a casa de Piripiri”. Pouco conhecida pela maioria das pessoas, a priprioca possui um aroma único, que é extraído de seus rizomas e que remete aos povos indígenas, descobridores dos excelentes efeitos dessa planta. Atualmente, já industrializado, o perfume da priprioca pode ser conhecido e usado por todos aqueles que apreciam um aroma suave e ao mesmo tempo exótico. Existem inúmeras outras plantas brasileiras com propriedades aromáticas, muitas ainda desconhecidas do grande público e não exploradas no ramo industrial da perfumaria, dos cosméticos e de alimentos. É necessário que se intensifiquem as pesquisas nessa área, incentivando, assim, um incremento do uso das plantas aromáticas brasileiras como matéria-prima de vários produtos que incorporam componentes naturais. Peter Mann de Toledo |