Código de comercialização: |
852006985
|
![]() |
Edital: | 22 |
Arte: | Sérgio Vaz |
Processo de impressão: | Ofsete |
Folha: | 30 selos |
Papel: | cuchê gomado |
Valor facial: | R$ 0,50 |
Tiragem: | 1.000.020 selos |
Picotagem: | 12 x 11,5 |
Área de desenho: | 35mm x 25mm |
Dimensões do selo: | 40mm x 30mm |
Data de emissão: | 29/10/2004 |
Local de Lançamento: | Porto Alegre/RS |
Impressão: | Casa da Moeda do Brasil |
Os pedidos devem ser endereçados à Agência de Vendas a Distância – Av. Presidente Vargas, 3.077 – 23º andar 20210-973 – Rio de Janeiro/RJ – telefones: 21 2503 8095/8096; Fax: 21 2503 8638; e-mail: centralvendas@correios.com.br.Para pagamento, envie cheque bancário ou vale postal, em nome da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, ou autorize débito em cartão de crédito American Express, Visa ou Mastercard. |
SOBRE O SELO |
O selo foi concebido a partir de fotografia tirada pelo próprio artista, que procurou reproduzir a imponência do Prédio, considerado referência arquitetônica de Porto Alegre, capital do Estado do Rio Grande do Sul. A imagem apresenta a parte frontal do Prédio dos Correios, tendo à frente a estátua do Barão do Rio Branco e, como moldura, Ipês e Jacarandás, característicos da Praça da Alfândega, onde se localiza o edifício. À direita, vê-se uma das luminárias da primeira metade do século passado, que ainda permanecem em uso naquela área do centro da cidade. O artista utilizou recursos de computação gráfica. No início do século XX, o Centro de Porto Alegre, em forma de península, estava acanhado para ser a capital do Estado. Repartições públicas espremiam-se entre prédios antigos, e as ruas estreitas eram compartilhadas por carroças e pelos recém-chegados automóveis. A solução foi aterrar uma parte do Rio Guaíba, o que permitiu traçar novas ruas como a Mauá, a Sepúlveda e a Siqueira Campos, além do Cais do Porto. Novos prédios públicos foram projetados: a Delegacia Fiscal, a Alfândega, o Tesouro, os Bancos e os Correios e Telégrafos, que ganharam destaque no novo aterro. Em 30 de setembro de 1910, iniciaram-se as obras dos Correios e Telégrafos sob a responsabilidade do escritório de projetos e construções do Engenheiro Rodolfo Ahrons, formado pela Escola Politécnica de Berlim. O projeto do prédio foi do arquiteto Theodor Wiederspahn, em estilo neobarroco alemão. A oficina de esculturas de João Vicente Friederichs foi encarregada da decoração do prédio e três escultores trabalharam na obra: o alemão Forberger, responsável pelo atlas do frontispício; Franz Radermacher, pelo escudo do Brasil e figuras da fachada e o espanhol Jesus Maria Corona, pelas demais obras artísticas. A figura masculina de Atlante, curvada pelo peso do globo que carrega nas costas, é ladeada por uma mulher representando a Europa e um menino, a América. Estátuas femininas se destacam na lateral esquerda da fachada, evidenciando a dor da separação dos imigrantes e a função doméstica da mulher como base da família. Na lateral direita, impõe-se a torre do relógio, que até hoje orienta os transeuntes do centro da cidade. A inauguração do prédio, às 11 horas, do dia 21 de abril de 1914, foi prestigiada pelas mais graduadas autoridades da cidade e agradou a todos que lá compareceram, fato relatado pela imprensa local. As solenidades foram realizadas no gabinete da administração e coordenadas pelo Administrador dos Correios, Luiz da Silveira Nunes, seu dirigente de 1901 a 1914. Mesmo que na época os Correios e os Telégrafos fossem administrações independentes, o prédio foi projetado e construído para abrigar as duas repartições, onde permaneceram por 82 anos. Este prédio histórico vivenciou dois fatos curiosos ? na Revolução de 30, a Sala Telegráfica foi um dos primeiros lugares a ser invadido pelos revolucionários, que paralisaram todas as comunicações, ordenando aos telegrafistas que transmitissem às Agências do interior do Estado que em Porto Alegre havia eclodido uma revolução vitoriosa; o segundo fato ocorreu em maio de 1941, quando a cidade foi invadida pelas águas do rio Guaíba. O nível das águas chegou a dois metros no andar térreo , onde funcionava a expedição e triagem de correspondências, impedindo qualquer atividade. Os funcionários tinham acesso somente por barco ao primeiro andar do prédio, para onde foram transferidas aquelas atividades. Em 1980, o prédio foi tombado pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Em 12 de setembro de 1996, foi celebrado convênio entre o governo federal e o estadual, ficando acordado que o prédio abrigaria o Memorial do Rio Grande do Sul e vários espaços culturais, onde a história do Estado seria exposta por meio de uma concepção museográfica moderna. Finalmente, em 26 de junho de 2000, após uma recuperação total das instalações, o Memorial foi inaugurado. Atualmente, além de contar com um riquíssimo acervo da história estadual, abriga o Arquivo Histórico, o Espaço Cultural dos Correios, a Agência Filatélica, a Seção Filatélica e um Auditório. |