Invenções Brasileiras


Código de comercialização:
852006870
Edital: nº 11
Arte: Millie Britto
Processo de Impressão: Ofsete
Folha: 24 selos
Papel: Cuchê gomado
Valor facial: R$ 0,50 cada selo
Tiragem: 100.000 estampas (2.400.000 selos)
Picotagem: 11,5mm X 11,5mm
Área de desenho: 33mm X 33mm
Dimensões do selo: 38mm X 38mm
Data de emissão: 15/07/2004
Locais de lançamento: Brasília/DF e São Paulo/SP
Impressão: Casa da Moeda do Brasil

Os pedidos também poderão ser endereçados à Agência de Vendas a Distância ? A v . P r e s i d e n t e Vargas, 3.077 – 23º andar 20210-973 – Rio de Janeiro/RJ – telefones: 21 2503 8095/8096; Fax: 21 2503 8638; e-mail: centralvendas@correios.com.br. Para pagamento, envie cheque bancário ou vale postal, em nome da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, ou autorize débito em cartão de crédito American Express, Visa ou Mastercard.

SOBRE OS SELOS

Na composição dos selos, a artista utilizou como identidade visual a Bandeira Nacional, formada por figuras geométricas e composição de cores, e a lâmpada, indicativo de idéias criativas. Cada selo apresenta, em primeiro plano, a respectiva invenção, com seus elementos característicos, desenhados a traço, vazados: a válvula cardíaca de dura-máter, apresentada sob ângulo que se visualize seus componentes; o cartão-telefônico, compreendendo o segundo modelo de aparelho de telefone público a cartão indutivo e o cartão com 10 créditos, e o aparelho BINA, identificador de chamadas telefônicas. Foi utilizada a técnica de computação gráfica.

Invenções Brasileiras

Uma das características naturais do ser humano é a criatividade na busca constante do aperfeiçoamento de idéias ou de soluções de problemas. Quanto mais desenvolvidas, as criações geram invenções fabulosas na área da tecnologia, das comunicações, da ciência, das artes, e em muitas outras, para atender as necessidades do homem, proporcionando-lhe comodidade, praticidade e, até mesmo, a própria vida.

Existem registros de milhares de inventos em todo o mundo. Como reconhecimento à importância desse trabalho, os Correios do Brasil lançam selos “Invenções Brasileiras”, divulgando a Válvula Cardíaca de Dura-Máter, o Cartão Telefônico e o BINA – Identificador de Chamadas Telefônicas, valorizando o talento e a genialidade de inventores brasileiros.

VÁLVULA CARDÍACA DE DURA-MÁTER

A válvula de dura-máter é uma prótese cardíaca utilizada para substituir as valvas do coração. Tem a forma de pequena coroa de aço inoxidável recoberta pelo tecido humano dura-máter (a mais externa e espessa das três camadas que envolvem o encéfalo e a medula espinhal).

Inventada na década de 70 pela equipe médica formada pelos doutores Puig, Verginelli e Zerbini,do Instituto do Coração – InCor, veio substituir as próteses de “bola”, anteriormente empregadas, dando ensejo ao uso de tecidos biológicos. Trata-se de um marco importante no campo científico e no aperfeiçoamento da pesquisa médica brasileira, motivo de repercussão e prestígio internacional, pois, além de salvar a vida de diversos pacientes brasileiros e estrangeiros, comprovou a capacidade técnica-moderna das cirurgias brasileiras.

Hoje não é mais possível o uso da válvula cardíaca de dura-máter, em função das dificuldades de se conseguir a matéria prima para sua confecção e da forma artesanal de sua produção. Porém, é preciso reconhecer que as próteses de dura-máter abriram o campo do implante e da pesquisa das válvulas biológicas no Brasil.

Dr. Luiz Boro Puig
Instituto do Coração – InCor
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – USP

CARTÃO TELEFÔNICO

Em 1976, foi inventado o sistema indutivo de cartões, que, somente em 1992, por ocasião da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (ECO-92), na cidade do Rio de Janeiro, substituiu, definitivamente, as antigas fichas telefônicas.

Com tecnologia 100% brasileira, o cartão indutivo consiste em um cartão de plástico PVC ou ABS, com formato e tamanho semelhantes aos dos cartões magnéticos de crédito ou de banco, e que armazena informações técnicas em uma finíssima lâmina de metal recortada, com dezenas de células, em seu interior. O responsável pela criação, desenvolvimento e aperfeiçoamento desse moderno e inovador instrumento, que muito facilitou a vida dos brasileiros, mudando o conceito de telefone público no país, foi o engenheiro Nelson Guilherme Bardini, que, até hoje, já depositou 165 pedidos de patentes, sendo a maioria ligada ao cartão indutivo, leitora e processo produtivo dos cartões indutivos.

Por esta invenção, o inventor já recebeu vários prêmios como o primeiro lugar na categoria pesquisadores no II Concurso Nacional de Inventores, promovido pela Telebrás, em 1982. Mas o maior prêmio é o reconhecimento e a divulgação de seu invento pelos telecartofilistas, comerciantes e admiradores que se dedicam ao colecionismo de cartões telefônicos, prática que surgiu com o lançamento dos mesmos no mercado.

Diversas empresas, em várias partes do mundo, interessaram-se pelo sistema brasileiro de cartões telefônicos, considerando o baixo custo e a simplicidade na utilização do sistema, tanto do ponto de vista técnico, quanto pela sua praticidade.

Nelson Guilherme Bardini
Engenheiro – Inventor do Cartão Telefônico

IDENTIFICADOR DE CHAMADAS TELEFÔNICAS – BINA

Lançado em 1982, na cidade de Brasília, capital do Brasil, o BINA, identificador de chamadas telefônicas, é o resultado de anos de trabalho de pesquisa e de experiência de seu inventor, Nélio José Nicolai. É, hoje, uma tecnologia brasileira utilizada no Brasil e no exterior, instalada em aparelhos de telefones fixos e em celulares, reconhecida, internacionalmente, pela WIPO/OMTI – Organização Mundial da Propriedade Intelectual.

A identificação do assinante que emitia a chamada era considerada, mundialmente, uma questão de solução quase impossível. Inicialmente, foi criado um sistema que tinha como nome fantasia “chamada maliciosa” e que, além de atender, parcialmente, o objetivo proposto, envolvia um alto custo operacional.

Durante a participação em palestras e discussões sobre o problema, para o inventor do BINA, em um momento ímpar, as informações se associaram e a solução vislumbrou-se absolutamente simples e clara, verdadeiramente fantástica! Estava criado o BINA : B (assinante que recebe a chamada, em telefonia) Identifica o Número A (quem originou a chamada).

A identificação de chamadas telefônicas torna-se imprescindível quando envolve serviços de ordem pública e social, tornando-os mais eficientes, sobretudo na localização de acidentes, assaltos e ocorrências similares, além de diminuir as incidências dos tão conhecidos e indesejavéis “trotes”.

A técnica de rastreamento de chamadas telefônicas, invento revolucionário, foi utilizada, inicialmente, pelos Bombeiros e Policiais do Distrito Federal.

Nélio José Nicolai
Inventor do BINA

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