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Código de comercialização: |
852007183
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Edital: | nº 15 |
Arte: | José Antonio Medina |
Processo de Impressão: | ofsete |
Folha: | 30 selos |
Papel: | Cuchê gomado |
Valor facial: | R$ 0,80 cada selo |
Tiragem: | 1.000.020 selos |
Picotagem: | 11,5 x 12 |
Área de desenho: | 25mm x 35mm |
Dimensões do selo: | 30mm x 40mm |
Data de emissão: | 16/08/2005 |
Local de lançamento: | Rio de Janeiro/RJ e Havana/Cuba |
Impressão | Casa da Moeda do Brasil |
Os pedidos devem ser endereçados à Agência de Vendas a Distância – Av. Presidente Vargas, 3.077 – 23º andar 20210-973 – Rio de Janeiro/RJ – telefones: 21 2503 8095/8096; Fax: 21 2503 8638; e-mail: centralvendas@correios.com.br. |
SOBRE OS SELOS |
Os selos focalizam o Son e o Samba, danças típicas de Cuba e do Brasil, respectivamente. O artista representou os dançarinos em movimentos característicos das danças, utilizando roupas apropriadas para as modalidades enfocadas. Os elementos temáticos secundários e as cores aplicadas sobre o fundo branco sugerem a leveza dos movimentos, a alegria e o ritmo que envolve os pares na execução da dança. Nos cantos superiores de cada selo foram aplicadas as bandeiras dos dois países associadas às aves brasileira e cubana tocando instrumentos musicais utilizados na produção dos ritmos. Compondo o cenário, nos cantos inferiores de cada selo, a mesma moldura de flores simboliza a iniciativa conjunta dos dois países na difusão de suas culturas por meio da Filatelia.
Emissão composta por dois selos que divulgam o ritmo cubano, Son, e o ritmo brasileiro, Samba, gêneros musicais e de dança popular característicos da cultura dos dois países: Brasil e Cuba.
O Son, ritmo que se originou nas comunidades rurais da região oriental da Ilha de Cuba, na segunda metade do século XIX, tem em sua formação ritmos africanos e letras de estrutura européia. O Son é o pai de quase todos os ritmos cubanos e é a origem da Salsa. Nessas comunidades ocorreram circunstâncias socioeconômicas e fenômenos culturais afro-hispano-cubanos, mais os ingredientes provenientes do Haiti, que formaram o ?caldeirão? musical do Son. Já nas últimas décadas desse século, se concretizou o gênero musical e entrou nas ruas da capital oriental, onde estabeleceu para sempre sua sonoridade. O ritmo começou a se tornar popular nos carnavais de Santiago, a partir de 1892. O Son se inseriu como parte da formação da nacionalidade cubana, inicialmente rechaçado pelas classes mais altas (como o samba no Brasil), na década de 1920. Dança-se com os pares enlaçados. Para produzir a sua música emprega-se uma ampla gama instrumental. Originalmente, os instrumentos usados no Son eram o?Tres?, instrumento rústico de três cordas duplas e uma caixa de madeira, o símbolo do Son até hoje, e o violão, que foi uma manifestação concreta da cultura hispânica, o bongô, as maracas e a clave, normalmente tocadas pelo cantor, e a marímbula e a botija, que foram substituídas pelo contrabaixo nos centros urbanos.Com a disseminação do ritmo e adesão de novos conjuntos musicais registrou-se variação nos instrumentos utilizados na produção do som, criando-se nova sonoridade. Em Cuba, sua fusão com uma grande diversidade de gêneros tem dado lugar a diversas combinações, como o bolero-son, o son-cha, o guajira-son, o son-pregón, son-montuno e o afro-son. Do mesmo modo, tem produzido inevitáveis interações entre diversos tipos do contexto internacional e o caribenho, entre os quais se destaca o movimento da salsa, gênero musical em que a influência do Son é evidente tanto na sua estrutura quanto nos instrumentos musicais utilizados.
O Samba surgiu no final do século XIX descendendo diretamente do batuque africano, mas foi somente no início do século XX que se firmou como música e como dança com grande influência do maxixe (fusão da habanera cubana, e da polca), porém ainda sofria perseguição pelas elites (como o Son). Na primeira metade do século XX dividiu-se em samba para o carnaval e o samba para o resto do ano ou meio do ano. O samba para o carnaval se tornou o cartão-postal do Brasil e seus instrumentos mais característicos são a cuíca, o pandeiro, o violão, o cavaquinho, o reco-reco e o surdo. Sua dança, o Samba-no-Pé tem como expoentes máximos o mestre-sala e a passista durante um desfile de carnaval. O batuque africano era dançado em filas ou em rodas com sapateados e quebradas e, sendo o ritmo acompanhado por palmas, ocorria por quase todo o Brasil. Sua dança é denominada umbigada, tradução da palavra africana semba. Além do batuque, existiram, em diversas regiões do Brasil, o jongo e o partido alto, precursores do samba, atualmente quase inexistentes. Desde o século XVII, no Brasil, já se dançava ao ar livre danças de origem portuguesa, espanhola (fandango, tirana) e ameríndia, que com a influência do batuque africano e da polca européia geraram o ?caldeirão? musical brasileiro e o maxixe, grande influenciador do Samba. O Samba para o resto do ano gerou variações como o samba-canção, o pagode, o samba-rock e a bossa nova e acrescenta outros instrumentos característicos como o trombone de vara, e outra dança, no caso de par enlaçado, o Samba de Gafieira, chamado dessa forma por ser a gafieira carioca um ambiente tradicional de dança de salão, que é a mais importante dança de salão brasileira por sua complexidade e formação histórica. Como música o Samba de Gafieira é identificado por orquestrações e metais. Tocado tradicionalmente por orquestras, tem como instrumento mais comum o trombone de vara. A exemplo do Son, o Samba é um ícone na cultura brasileira e que também (como o Son), influencia e é influenciado, atravessando fronteiras para ser internacionalmente reconhecido. Marco Antonio Perna |