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Código de comercialização: 852007230 ![]() |
Edital: | nº 8 |
Arte: | Míriam Guimarães |
Processo de Impressão: | Ofsete |
Folha: | 30 selos |
Papel: | Cuchê gomado |
Valor facial: | R$ 1,35 |
Tiragem: | 1.020.000 selos |
Picotagem: | 11,5 x 12 |
Área de desenho: | 35mm x 25mm |
Dimensões do selo: | 40mm x 30mm |
Data de emissão: | 22/8/2006 |
Local de lançamento: | Cuiabá/MT |
Impressão: | Casa da Moeda do Brasil |
Versão: | Departamento de Produtos e Filatelia/ECT |
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SOBRE O SELO Na imagem do selo, ao centro, em primeiro plano, encontra-se a viola de cocho, de forma a destacar a escultura artesanal feita do tronco de madeira e as 5 (cinco) cordas, características do instrumento próprio do Estado do Mato Grosso. À esquerda e à direita são representadas, ao som da viola, o Siriri e o Cururu, manifestações típicas da região. A primeira, dançada especialmente por mulheres e crianças, em roda ou fila, batendo palmas ou levantando as mãos. Já o Cururu é executado especialmente por homens, que dançam e cantam em roda. No canto inferior direito a logomarca do Mercosul, por tratar-se de uma emissão de tema comum aos países membros do Mercado Comum do Sul. |
VIOLA-DE-COCHO A viola-de-cocho há mais de dois séculos tem um papel importantíssimo no cotidiano dos mato-grossenses, tanto como entretenimento, como objeto de louvação. É um instrumento musical da região do Pantanal Mato-grossense. Sua origem ainda não é bem definida, porém, estudiosos acreditam tratar-se de um instrumento derivado diretamente do alaúde árabe. No Brasil, é um dos modelos mais populares. A viola-de-cocho recebe este nome porque é confeccionada em tronco de madeira inteiriço, esculpido de forma artesanal e escavado na parte que corresponde à caixa de ressonância no formato de uma viola, com cinco cordas. Suas cordas eram, originalmente, feitas de tripas de alguns animais, como o bugio e o ouriço-cacheiro. Atualmente, são feitas de fios de nylon. Chimbuva, sarã-de-leite, cedro, ou até mesmo mangueira, são algumas das madeiras utilizadas na sua confecção. Diz a lenda que, um dia, na beira do rio Cuiabá, um artesão local conheceu um viajante que tocava algo parecido com um alaúde. Quando o forasteiro se foi, ficou a saudade da música. Na madeira leve que usava para fazer cochos, o ribeirinho moldou o formato do instrumento e cavou o oco. Fez a tampa com uma lâmina de figueira e as cordas com fibra de palmeira tucum. Quando lhe perguntavam o que era aquilo, respondia: “viola feita dum cocho”. A relação entre a viola-de-cocho e as manifestações musicais e coreográficas acima referidas, vinculadas ainda a vários rituais e seus respectivos elementos materiais e simbólicos, é de caráter essencial e unívoco, não se podendo dissociar uma das outras. Hoje, este instrumento musical pertence ao Patrimônio Cultural do Estado, por meio da Lei Nº. 6.772, de 10/06/1998, da Assembléia Legislativa de Mato Grosso Em decisão proferida na 45ª Reunião do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do IPHAN, realizada em 1º de dezembro de 2004, o Modo de Fazer Viola de Cocho foi inscrito no Livro de Registro dos Saberes, com a devida menção ao complexo musical, coreográfico e poético do siriri e do cururu, em 10 de dezembro de 2004. Trata-se de um elemento que compõe e enriquece as culturas musicais brasileiras, que deve ser historicamente assinalado, motivo pelo qual os Correios registram o instrumento em selo postal, com o objetivo de divulgá-lo em âmbito nacional e internacional. João Carlos Vicente Ferreira |