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Código de comercialização: 852007531
Edital | no 12 |
Arte: | Márcia Mattos e C. Menck Freire |
Processo de Impressão: | Ofesete |
Folha: | 30 selos |
Papel: | Cuchê gomado |
Valor facial: | R$1,40 cada selo |
Tiragem: | 600.000 selos |
Picotagem: | 11,5 x 12 |
Área de desenho: | 35mm x 25mm |
Dimensões do selo: | 40mm X 30mm |
Data de emissão: | 4/7/2007 |
Local de lançamento: | Garibaldi/RS, Laguna/SC, Porto Alegre/RS e Tramandaí/RS |
Impressão: | Casa da Moeda do Brasil |
Versão: | Departamento de Produtos e Filatelia/ECT. |
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Bicentenário de Nascimento de Giuseppe Garibaldi Giuseppe Garibaldi, nascido em Nizza (hoje Nice) em 4 de julho de 1807, foi a personalidade italiana mais famosa do século XIX. Possivelmente, somente o compositor Verdi fosse, então, tão conhecido como ele. Para muitos italianos Garibaldi representou o tão esperado condottiero, o aventureiro audaz saído do meio do povo para unificar a Itália. Para o restante do mundo, que o admirava, ele era a corporificação do herói, o valente lendário cujo destemor e audácia espantava a todos. Garibaldi vivenciou por dez anos experiências no mar, trabalhando a bordo de navios mercantes. Como outros rapazes da sua geração, sentiu-se atraído pelo Movimento Jovem Itália, que lutava para impor na península um regime republicano-democrático. Perseguido pelas autoridades, Garibaldi abandonou a Itália, refugiou-se em Marselha e, em 1835, veio para o Rio de Janeiro, sendo o Brasil seu primeiro exílio. Foi nessa ocasião que conheceu o gaúcho Bento Gonçalves, preso, à época, na Fortaleza de Santa Cruz, por ter liderado, no Rio Grande do Sul, o levante de 20 de setembro contra a Regência. Na então Província do Rio Grande do Sul, aderiu à Revolução Farroupilha, e tornou-se protagonista do espetacular episódio náutico ocorrido: em pouco tempo, Garibaldi montou um estaleiro na beira do rio Camaquã para construir veleiros que formaram a “marinha farroupilha”. Sem acesso ao mar, devido ao bloqueio da Esquadra Imperial, ele realizou um feito notável. Partindo das margens da Lagoa dos Patos, fez com que 200 pares de bois transportassem seus dois barcos, “Seival” e “Farroupilha” até chegarem ao mar, nas alturas da foz do rio Tramandaí. Partindo dali, tomou de surpresa a cidade catarinense de Laguna, onde foi proclamada a República Juliana, em 29 de julho de 1839, proeza que o consagrou, juntamente com o General Davi Canabarro. A República incipiente, todavia, não tinha nem meios nem recursos. Garibaldi, agora acompanhado por Anita, uma moça de Laguna que se tornou sua esposa e companheira de luta, retornou para o solo gaúcho. Sentindo o esmorecimento da chama revolucionária, o casal decidiu se estabelecer em Montevidéu, levando consigo o pequeno Menotti, o filho nascido em Mostardas, no litoral do Rio Grande do Sul. No Uruguai, nasceram mais três filhos, sendo que a menina, Rosita, faleceu aos 2 anos de idade. Em 1842, Garibaldi atuou como capitão da frota uruguaia numa guerra civil travada entre os dois principais caudilhos: Oribe (dos blancos) e Rivera (dos colorados). Pondo-se ao lado de Rivera, organizou, em 1843, a Legião Italiana: os famosos “camisas vermelhas”, que depois iriam lutar pela unificação italiana. De volta à pátria, em 1848, na Lombardia combateu as tropas austríacas iniciando a luta, sem sucesso, pela unificação italiana. Obrigado a escapar, refugiou-se na Suíça e na França e, ao final do mesmo ano, comandou a defesa de Roma contra a intervenção francesa feita a favor do Papado. Na fuga que se seguiu, Anita, com apenas 28 anos, morre em Mandriolle, no dia 4 de agosto de 1849. Após novo exílio, Garibaldi retornou à Itália, em 1854, para reorganizar os “camisas vermelhas” e participar nos combates pela unificação nacional. Conquistada a vitória, retirou-se para a ilha Caprera, onde faleceu, próximo de completar 76 anos de idade, 2 de junho de 1882. Os Correios do Brasil assinalam nesta emissão conjunta com o Uruguai o ideal revolucionário e a bravura de Giuseppe Garibaldi, conhecido mundialmente como o “Herói dos Dois Mundos”. Voltaire Schilling |
Sobre os selos
O selo retrata, em primeiro plano, Giuseppe Garibaldi a cavalo, levando a bandeira dos revolucionários gaúchos, simbolizando a importância de seu papel na Revolução Farroupilha. Ao lado direito, o barco Seival com o qual, após atravessar os pampas gaúchos, obteve vitória na tomada de Laguna, no estado de Santa Catarina, ocasião em que foi proclamada a República Juliana. Ao fundo, uma vista da cidade de Porto Alegre, na época. No canto superior direito, a logomarca da Maçonaria, corporação da qual era filiado. Foram utilizadas as técnicas de lápis aquarela e computação gráfica. O selo uruguaio apresenta, à direita, o rosto de Giuseppe Garibaldi nas cores verde e branco e uma linha na cor vermelha, simbolizando as cores da bandeira da República Italiana, em homenagem à Itália pela qual Garibaldi combateu. À esquerda, uma fragata do século XIX, em que tremula a bandeira do Uruguai, lembrando a atuação de Garibaldi como Comandante da Frota na defesa do governo daquele país.