Conchas Marítimas Charonia Variegata Chicoreus Beauii Cochlespira Elongata (emissão especial)

Código de comercialização: 852100655

Edital no 9
Arte: Anderson Moreira Lima
Processo de Impressão: Ofsete + verniz áspero + relevo seco
Folha: Bloco com 3 selos
Papel: Cuchê gomado
Valor facial: R$2,00
Tiragem: 350.000 blocos
Picotagem: 12 x 11,5
Área de desenho: 30mm x 40mm
Dimensões do selo: 30mm x 40mm
Data de emissão: 5/6/2007
Locais de lançamento: Porto de Pedras/AL, Salvador/BA, Acaraú/CE, Vitória/ES, Tibau/RN, Rio Grande/RS e Ubatuba/SP
Impressão: Casa da Moeda do Brasil
Versão: Departamento de Produtos e Filatelia/ECT.
Os pedidos devem ser endereçados à Agência de Vendas a Distância – Av. Presidente Vargas, 3.077 – 23º andar 20210-973 – Rio de Janeiro/RJ – telefones: (21) 2503-8095/8096; Fax:(21)2503-8638; e-mail: centralvendas@correios.com.br. Para pagamento, envie cheque bancário ou vale postal, em nome da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, ou autorize débito em cartão de crédito American Express, Visa ou Mastercard.

 

Conchas Marítimas
Beleza, delicadeza e formas misteriosas

Ao caminhar descalço pelas areias praianas, quem nunca parou para catar conchas e ficou encantado com a sua diversidade de cores e formas? Quem nunca se admirou observando o maravilhoso artesanato manufaturado a partir das conchas encontradas na areia? São colares, pulseiras, brincos, pingentes, bibelôs, espelhos, flores, cinzeiros e tantas outras obras de arte expostas ao longo do litoral brasileiro.

Autênticos esqueletos externos que protegem o corpo dos moluscos, as conchas são formações à base de carbonato de cálcio geradas a partir da secreção dos próprios organismos que delas se utilizam.

Abundantes nas Filipinas, que possuem 10 mil das cerca de 80 mil espécies mundiais, elas já foram utilizadas como moeda na África Oriental, serviram de matéria-prima para remédios e tinturas – como a púrpura, muito apreciada na Idade Média – e se tornaram peças valiosas em coleções de diversos monarcas, da rainha egípcia Cleópatra ao imperador japonês Hirohito, que chegou a reunir um dos maiores acervos do mundo.

Mas a poluição que vem matando os moluscos torna suas conchas cada vez mais raras em nossas praias, ameaçando a existência de aproximadamente 1.600 espécies marinhas ainda encontradas no Brasil.

Os Correios, cientes da importância desse rico patrimônio natural, registram, nesta emissão, três das belas espécies de nossas conchas marítimas: Cochlespira elongata, Charonia variegata e Chicoreus beauii, que encantam os nossos olhos pela beleza, pela delicadeza e pelo mistério de suas formas.

Cochlespira elongata (Simone, 1998)
Espécie marinha pertencente à classe Gastropoda, a Cochlespira elongata está classificada dentro da família Turridae. Seu tamanho médio varia de 25 a 35 mm, sendo registrada sua ocorrência nos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo. Espécie considerada rara pelos especialistas, é carnívora e habita ambientes arenosos ou lodosos.

Charonia variegata (Lamarck, 1816)
Também pertencente à classe Gastropoda, a Charonia variegata está classificada dentro da família Ranellidae. Com tamanho médio de 350 mm, os especialistas a classificam como de ocorrência comum em nosso litoral, sendo registrada sua presença nos estados de Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Santa Catarina.

Seu habitat natural está no leito dos mares, arenoso ou de cascalho de coral, pedra e conchas, ambiente em que vive enterrada ou sob a superfície do solo. Trata-se de uma espécie carnívora que se alimenta de ostras, mexilhões, outros bivalves e até estrelas-do-mar.

Chicoreus beauii (Fisher & Bernardi, 1857)
A espécie Chicoreus beaui, pertencente à classe Gastropoda e à família Muricidae, tem tamanho aproximado de 87,6 mm e sua presença no litoral brasileiro é registrada nos estados de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. A exemplo da Cochlespira elongata, além de habitar os ambientes arenosos do fundo mar, costuma ser encontrada também em fundos lodosos. Trata-se de mais um tipo de concha carnívora, porém de ocorrência tida, pelos especialistas, como “incomum”.

As espécies focalizadas nesta emissão se constituem de importante material, do ponto de vista cultural e científico, para pesquisadores, conquiliologistas (especialistas nos estudos sobre conchas), biólogos e estudantes em geral.

Preservemos a vida no mar!

Lauro Barcellos
Diretor do Museu Oceanográfico Professor Eliézer de Carvalho Rios
Fundação Universidade de Rio Grande – FURG

 

SOBRE O SELO

O bloco apresenta, artisticamente, o habitat natural das conchas, arenoso, com peixes e corais, lodo e pequenas conchas. Na parte arenosa, foram desenvolvidos os três selos, que apresentam a beleza, na sua riqueza de detalhes, de cada espécie objeto da emissão: Cochlespira elongata, Charonia variegata e Chicoreus beauii. As técnicas utilizadas foram lápis de cor sobre papel canson e computação gráfica.

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