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Código de comercialização: 852007639 |
Edital: | nº3 |
Arte: | Márcio Guimarães |
Processo de Impressão: | Rotogravura |
Folha: | 30 selos |
Papel: | Cuchê gomado auto adesivo |
Valor facial: | 1º Porte Carta não Comercial |
Tiragem: | 22.200.000 selos |
Picotagem: | Semi-corte |
Área de desenho: | 27mm x 21mm |
Dimensões do selo: | 31mm x 25mm |
Data de emissão: | 1º/2/2008 |
Locais de lançamento: | São Luis/MA |
Impressão: | Casa da Moeda do Brasil |
Versão: | Departamento de Filatelia e Produtos/ECT. |
Prazo de comercialização pela ECT: até 31 de dezembro de 2011(este prazo não será considerado quando o selo/bloco for comercializado como parte integrante das coleções anuais, cartelas temáticas ou quando destinado para fins de elaboração de material promocional.) |
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Sobre o Selo A ilustração representa a manifestação folclórica do Tambor de Crioula, dança típica do Estado do Maranhão, reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro, em 18 de junho de 2007. Em primeiro plano, a mulher dançando vestida com saia rodada estampada e blusa branca com aplicações de rendas. O colorido representa as cores típicas das vestes desta dança, mas, também, o tropicalismo brasileiro e sua riqueza de tons. Nesta dança, somente as mulheres participam das coreografias, cabendo aos homens tocar os instrumentos, de forma característica, como apresentado na imagem, ao fundo, com os três tambores. Foi utilizada a técnica mista de desenho e computação gráfica. |
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SÉRIE AMÉRICA Manifestação cultural de matriz africana, o Tambor de Crioula é um dos diversos elementos que compõem a riquíssima cultura popular do Maranhão. É tocado e dançado a qualquer tempo, no carnaval, nas festas juninas e fora dessas manifestações populares, geralmente em louvor a São Benedito. O Tambor de Crioula é forma de expressão genuinamente maranhense. São três tambores de madeira e, atualmente, também de PVC – o grande, o meião e o crivador – tocados por homens, enquanto as mulheres dançam, embora, ainda que em menor número, haja grupos onde mulheres tocam e homens dançam. Próximo à roda que se forma, é acesa uma fogueira para a “afinação” dos instrumentos. A dança afro-maranhense guarda semelhanças com diversas outras danças brasileiras e africanas, mas somente no Maranhão recebe esse nome. Mulheres de saias coloridas esvoaçantes saúdam-se na umbigada, cumprimento entre as dançarinas que compõem a roda. Os três tambores podem ser acompanhados, ainda, por matracas, dois pedaços de pau batidos no corpo do tambor grande, por trás de seu tocador e com palmas das dançarinas e do público presente, que formam um círculo ao redor de tocadores e dançarinas, os quais são usualmente denominados coreiros e coreiras. Estado com grande contingente de afro-descendentes, o Maranhão mantém viva e pulsante essa tradição secular, outrora praticada quase que exclusivamente em quilombos. Hoje, popularíssima, é ensinada em oficinas, onde os mestres passam seus saberes a interessados, sendo praticada em quaisquer espaços privados e/ou públicos, inclusive nas antigas comunidades remanescentes quilombolas, integrando as programações culturais oficiais das festas populares do estado. “Afinado a fogo, tocado a murro, dançado a coice”, o dito popular é a perfeita tradução dessa manifestação da cultura popular, que cada vez mais desperta paixões. Diante da importância do Tambor de Crioula, estão instalados, na capital maranhense, a Capela de São Benedito, para louvores ao santo padroeiro, e o Museu do Tambor de Crioula, onde é possível conhecer peças diversas e, por meio delas, compreender melhor a história dessa rica forma de expressão popular. Recentemente, o Tambor de Crioula foi reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro, com registro no Livro das Formas de Expressão do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, o que evidencia a importância e a originalidade dessa manifestação cultural de cunho popular. Com este selo, os Correios ratificam, por meio da Filatelia, a missão de propagar os valores nacionais e sua importância no contexto sociocultural do Brasil, ao mesmo tempo em que reforçam o compromisso com a UPAEP – União Postal das Américas, Espanha e Portugal, assumido em 1989, de emitir selos que expressem a realidade dos países-membros no contexto dos temas/motivos definidos para a Série América. |