A diversidade de espécies encontradas na costa brasileira

Pelagia sp e Phyllorhiza punctata – espécies de águas-vivas, possuindo corpos de consistência gelatinosa e delicada, são, na verdade, predadores vorazes. Com seus tentáculos longos, armados com milhares de pequenas estruturas denominadas cnidas, capturam peixes e pequenos organismos marinhos. Embora temidas por nós, a maioria das espécies é inofensiva para o ser humano, como é o caso da Pelagia sp., Phyllorhiza punctata e muitas outras. Os indivíduos adultos de ambas as espécies são relativamente grandes (até 50 cm de diâmetro) e possuem 8 braços orais. A Phyllorhiza punctata, cujo corpo é marrom salpicado de pontos brancos, pode ser encontrada próxima à costa, muitas vezes encalhada nas praias. É comum em águas quentes no mundo todo. As espécies de Pelagia têm coloração mais sutil, seus corpos são translúcidos, com pigmentação azulada ou avermelhada. São comuns em águas oceânicas tropicais e subtropicais do globo.
Alvaro Esteves Migotto
Professor Dr. – Centro de Biologia Marinha – Universidade de São Paulo/USP
Sepioteuthis sepioidea – espécie de lula tropical de águas rasas, conhecida como lula recifal. É identificada pelo formato oval do corpo e pelas nadadeiras, que ocupam quase toda a margem lateral do manto. Como a maioria das lulas, é uma predadora voraz. As presas, como peixes, moluscos e crustáceos, são capturadas pelos seus dois longos tentáculos, sendo levadas até à boca com a ajuda dos braços mais curtos. As lulas recifais possuem capacidades de comunicação e camuflagem, utilizando mudanças variadas de cores, formatos e texturas do corpo, por meio do controle nervoso de células com pigmentação, chamadas cromatóforos. Como outros cefalópodes (classe de moluscos marinhos), morrem após a reprodução, as fêmeas, imediatamente após colocarem os ovos. Já os machos podem fertilizar muitas fêmeas em um período curto de tempo, antes de morrer.
Octopus insularis – espécie de polvo descrita recentemente (2008), é a mais comumente encontrada nas águas rasas das ilhas oceânicas do nordeste brasileiro e, também, em ambientes rochosos e sistemas recifais da costa nordestina até a Bahia. Polvo de porte médio (cerca de 1 Kg), caracterizado pelos braços curtos e grossos e cabeça larga. Possui a pele rugosa e a presença de papilas, com a coloração no ambiente natural variando de marrom ao vermelho-amarronzado. É uma espécie carnívora, que se alimenta, principalmente, de pequenos crustáceos, bivalves e gastrópodes. Seu ciclo de vida é curto (6 meses a 1 ano). A fêmea cuida dos embriões e morre após a eclosão dos ovos. Os machos morrem após a reprodução. Os polvos vêm se constituindo num importante recurso pesqueiro no Nordeste do Brasil, principalmente nos estados do Rio Grande do Norte e Ceará, pois possuem diversas características biológicas, nutricionais e econômicas, que os apontam como um recurso pesqueiro propício a sustentar pescarias rentáveis e sustentáveis em longo prazo.
Oreaster reticulatus – espécie de estrela-do-mar, que pode ser encontrada ao longo de toda a costa brasileira, à exceção do Rio Grande do Sul. Habita áreas rasas de fundo arenoso ou banco de fanerógamas (plantas que produzem flores e sementes), podendo também ser encontrada em substrato lamoso característico de manguezais e áreas próximas a recifes. É um animal onívoro micrófago (alimenta-se de pequenas partículas), podendo comer desde algas filamentosas, diatomáceas e detritos, a ouriços, pepinos-do-mar, larva de caranguejo, poliquetas, copépodas e tecidos de esponjas. Predador, devora, inclusive, animais da mesma espécie e é presa de peixes e gastrópodos (grande classe de moluscos). Possui importante uso medicinal, apresentando papel terapêutico importante. É bastante comercializada para a aquariofilia e como objeto decorativo. A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, por meio da Filatelia, destaca a riqueza da fauna marinha e sua biodiversidade, ratificando a importância da preservação e proteção do ecossistema em mares e oceanos.
Tatiana Silva Leite
Professora Adjunta – Departamento de Oceanografia e Limnologia – Universidade Federal do Rio Grande do Norte/UFRN
Maria Elisabeth de Araújo e Camila Pereira B. de Gusmão
Professora Associada 3 e Bióloga Mestranda do Departamento de Oceanografia da Universidade Federal de Pernambuco /UFPE
Sobre o Bloco
O Bloco é composto de quatro selos, que destacam quatro espécies da fauna marinha: Águas-vivas (Pelagia sp e Phyllorhyza punctata), Lulas (Sepioteuthis sepioidea), Polvo (Octopus insularis) e Estrelas-do-mar (Oreaster reticulatus). Ilustrando o habitat dessas espécies, algas, corais e fundo de areia, além de outros habitantes naturais como os peixes. No canto inferior direito, a logomarca da Exposição Filatélica Internacional no Japão – Philanippon 2011, a ocorrer em Yokohama no período de 28/7 a 2/8/2011. Foram utilizadas as técnicas do desenho com lápis de cor em papel Canson e omputação gráfica.
Código de comercialização: 852100787 |
Detalhes Técnicos
Edital nº 10
Arte: Anderson Moreira Lima
Processo de Impressão: Ofsete
Bloco com 4 selos
Papel: Cuchê gomado
Valor facial: R$2,70 cada selo
Tiragem: 200.000 blocos
Área de desenho do selo: 59mm x 25mm
Dimensões do selo: 59mm x 25mm
Dimensão do Bloco: 85mm x 127mm
Picotagem: 11,5 x 12
Data de emissão: 5/6/2011
Local de lançamento: Recife/PE
Impressão: Casa da Moeda do Brasil
Prazo de comercialização pela ECT: até
31 de dezembro de 2014 (este prazo não
será considerado quando o selo/bloco for
comercializado como parte integrante das
coleções anuais, cartelas temáticas ou
quando destinado para fins de elaboração
de material promocional.)
Versão: Departamento de Filatelia e
Produtos/ECT.