LAÍS SCUOTTO – SÉRIE GRANDES NOMES DA FILATELIA BRASILEIRA

(*12/12/1945 – +09/01/2019)

3º selo da série Grandes Nomes da Filatelia Brasileira

Natural do Rio de Janeiro, onde nasceu em 12 de dezembro de 1945, Laís Scuotto trouxe da origem italiana de sua família seu grande apreço pelas artes.

Seu bisavô, Francesco Scuotto, esteve à frente de importante atelier de ofícios das artes em Gênova (Itália). Convidado a vir trabalhar no Brasil, escolheu enviar seu filho, Alfredo, que desenvolveu trabalhos de escultura e fundição junto à Escola de Belas Artes de São Paulo, tornando-se amigo e colaborador do escultor Rodolfo Bernardelli.

Laís é a segunda filha da união entre Elvira Muccillo e Francisco Scuotto, filho de Alfredo que seguiu os passos do pai. Francisco foi servidor da Casa da Moeda do Brasil, autarquia na qual chefiou o Departamento de Fundição. Entre os muitos projetos que coordenou, o mais conhecido é a fundição da “Estátua de Bellini”, no Estádio do Maracanã, em comemoração ao primeiro título mundial da seleção brasileira de futebol.

A arqueologia era sua paixão desde criança que se concretizou na sua formação em Museologia, profissão que exerceu de maneira exemplar ao longo de mais de quatro décadas. Laís graduou-se pelo antigo Curso de Museus do Museu Histórico Nacional, com habilitação para Museus Históricos (1969) e para Museus Científicos (1970). Décadas mais tarde, Laís Scuotto participou ativamente da luta pela regulamentação da profissão de museólogo, tendo sido a primeira presidente do Conselho Federal de Museologia – COFEM.

A jovem museóloga passou a integrar a equipe técnica da Assessoria Filatélica dos Correios, no Rio de Janeiro, tendo entre suas atividades o estudo, do ponto de vista das técnicas museográficas, do amplo acervo postal, telegráfico e filatélico herdado pela ECT do extinto Departamento de Correios e Telégrafos.

Certamente, esses estudos foram muito importantes para o projeto que coordenou referente à criação do novo Museu Postal e Telegráfico, em Brasília, que passou a dar ênfase especial para a filatelia nacional e internacional. Laís coordenou tanto esse projeto de implantação do novo museu, em 1980, quanto o seu projeto de reformulação, em 2012, que proporcionou aos visitantes novas formas de experiências artísticas e culturais.

Ela foi inicialmente parte do grupo de especialistas responsável pela mudança conceitual da filatelia com a ampliação da temática dos motivos filatélicos e com a modernização do design do selo, fatos que resultaram no aumento do seu impacto visual, socioeducativo e de suas qualidades como instrumento de comunicação cultural.

Depois, coube a Laís estar à frente da chefia da Assessoria Filatélica da ECT, órgão responsável por colocar em prática essas novas estratégias de gestão da filatélica, durante mais de 20 anos.

Em 09 de janeiro de 2019, Laís Scuotto encerrou sua trajetória de amor às artes, em especial à filatelia. Fez muito! E seu legado será sempre merecedor de muitas homenagens.

Publicado em Programação Filatélica 2020, Selos Personalizados | 6 comentários

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