PROFISSÕES

Edital: nº1
Arte: Hector Consani
Processo de Impressão: Rotogravura
Folha: 30 selos
Papel: Cuchê auto-adesivo
Valor facial: sapateiro R$0,20; costureira R$0,05; engraxate R$0,85.
Tiragem: ilimitada
Picotagem: Semi-corte
Área de desenho: 21mm x 27mm
Dimensões do selo: 25mm x 31mm
Data de emissão: 19/12/2005
Local de lançamento: Brasília – DF
Impressão: Casa da Moeda do Brasil

Os pedidos devem ser endereçados à Agência de Vendas a Distância – Av. Presidente Vargas, 3.077 – 23º andar 20210-973 – Rio de Janeiro/RJ – telefones: 21 2503 8095/8096; Fax: 21 2503 8638; e-mail: centralvendas@correios.com.br. Para pagamento, envie cheque bancário ou vale postal, em nome da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, ou autorize débito em cartão de crédito American Express, Visa ou Mastercard.

SOBRE OS SELOS

Os selos retratam, com traços coloridos, leves e graciosos, os profissionais em plena atividade. O artista utilizou-se de estilo com influências rupestres e modernas, objetivando expressar os valores inerentes a cada ofício. Técnica: Acrílico sobre papel.

Sapateiros, costureiras e engraxates – empreendedores com raízes no passado.

O século é dos tênis, das grifes e dos shopping centers. No corre-corre dos dias atuais, sair para comprar tecido, passar horas na casa da costureira folheando revistas e tirar medidas, são tarefas que parecem não caber na agenda. O mesmo vale para o ato de levar os sapatos preferidos para consertar, retornando somente uma semana depois para pegar o produto.

As costureiras que passavam dias cosendo vestidos parecem ter ficado na memória das avós, quando os colégios exigiam uniformes com cortes e pregas perfeitos e sapatos lustrosos. Ainda hoje, mesmo nos grandes centros urbanos, berços do consumo de produtos industrializados, de acesso rápido e fácil, a costureira e o sapateiro conseguem resistir. Os jeans continuam sendo reformados e até os tênis podem ser consertados. Claro que em proporções menores às do tempo em que cada família tinha, além de um médico, uma costureira e um sapateiro de confiança.

Outra profissão que resiste à contemporaneidade é a de engraxate. Muitos tiveram e ainda têm a graxa e a escova como instrumentos de trabalho. Hoje, embora os tênis e as sandálias tenham reduzido a clientela, a figura do engraxate ainda faz parte do cenário das praças, das rodoviárias e dos aeroportos, demonstrando o empreendedorismo daqueles que limpam e lustram sapatos em locais públicos.

Se ontem uma passadinha no engraxate fazia parte da rotina de homens e rapazes apressados, hoje, o tempo passado com o engraxate, aliado a uma boa conversa ou ao ato de ler um jornal ou uma revista, pode representar um agradável momento.

Os clientes e seus sapateiros, costureiras e engraxates acabam virando grandes amigos, pois, não raro, a relação comercial vira amizade. Nesses casos, clientes e profissionais têm uma relação muito próxima, quase pessoal.

Sapateiros, engraxates e costureiras podem parecer personagens de um tempo que não volta mais, em que o mundo era menos pasteurizado e que palavras como shopping e estresse poderiam ser confundidos com nomes de remédio. O tempo passou, mas abrir mão desse tipo de serviço não é um bom negócio. Afinal, roupas bem cortadas e sapatos bem feitos, consertados e lustrados são coisas que nunca saem de moda.

Os Correios resguardam e registram com esta série de selos, profissões, ou ofícios que fazem parte do contexto histórico e sociocultural do povo brasileiro, identificando valores presentes na literatura, no cinema e no cotidiano das pessoas, sem ter perdido as particularidades de desenvolver relações de amizade com a comunidade, clientes e comerciantes. Estes “ofícios” representam expressivas formas de empreendedorismo e fonte de recursos para aqueles que escolheram essas antigas profissões para trabalhar de forma criativa e livre.

Elisabeth Vargas
Socióloga

2 respostas para PROFISSÕES

  1. Marcelo Couto disse:

    Boa noite, por gentileza, eu gostaria de saber se esses selos ainda são válidos para postagem de correspondência?

Deixe um comentário para Marcelo Couto Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *