Encomenda na mão! Clientes aprovam Locker dos Correios

Kleysane de Castro foi a primeira cliente do Locker no RJ.

Lançado há poucos meses, o mais inovador canal de autoatendimento dos Correios já está fazendo diferença na vida de muitos brasileiros. Instalado em locais públicos de fácil acesso, como metrôs e shoppings, o Locker é a solução ideal para quem não pode estar em casa para receber encomendas, não possui porteiro em seu condomínio ou mora em áreas de restrição de entrega.

É o caso de Kleysane de Castro (22) , que reside em Belford Roxo, na Baixada Fluminense (RJ). Em 2020, com a pandemia do novo coronavírus, ela, que já era adepta das compras online, passou a utilizar ainda mais o e-commerce para realizar compras. No entanto, por residir em uma área com restrição de entregas, a jovem tinha que pegar duas conduções diferentes até chegar ao Centro de Distribuição dos Correios mais próximo de sua casa para retirar os itens.

Até que um dia, ao sair do trabalho, Kleysane passou pelo saguão principal da Central do Brasil, localizada na região central da capital fluminense, e viu o locker dos Correios. “Achei muito interessante e tirei uma foto do CEP impresso no terminal. O fato dos Correios serem uma empresa forte e conhecida no país, me passou segurança para testar a novidade”.

Após realizar a compra em uma loja online e direcionar a entrega para o locker, ela recebeu o SMS avisando que o objeto foi entregue e que tinha o prazo de três dias para buscar a sua encomenda. “Então, fui até a Central, optei por usar o QR Code e, em segundos, fiz a retirada. Com toda certeza vou usar o locker dos Correios mais vezes, pois é uma ótima alternativa para quem busca comodidade e deseja evitar filas e aglomerações. E sem pagar nada a mais por isso”, elogia.

Kleysane gostou tanto da novidade que já retirou mais três itens e está aguardando a chegada do seu quarto objeto no locker da Central do Brasil. “Espero que logo os Correios inaugurem mais terminais, inclusive um perto da minha casa. Já estou até fazendo propaganda pra família e pros amigos”, relata a jovem.

Daniel de Castro: “essa já é minha forma oficial de receber encomendas”.

Outro cliente satisfeito com o novo canal de atendimento dos Correios é o Daniel de Castro (29), também morador de Belford Roxo (RJ). O técnico de manutenção predial conta que ficou sabendo do armário inteligente após assistir uma matéria exibida pela TV Brasil no dia lançamento do serviço no RJ, em 30 de dezembro de 2020. “Me interessei na hora, fui atrás de mais informações e decidi testar a novidade. Na primeira vez que utilizei, recebi às 13h o SMS informando a entrega, saí do trabalho às 14h e às 14h30 já estava com meu objeto em mãos. Foi muito rápido!”.

Para ele, as vantagens de escolher o locker dos Correios para receber suas encomendas foram: rapidez e praticidade na retirada do objeto, utilizando código de acesso ou QR Code; segurança, pois os lockers estão instalados em lugares monitorados e, em tempos de pandemia, garantem ainda que as entregas ocorram sem contato físico.

O horário estendido de funcionamento é outro diferencial do serviço, pois os terminais podem funcionar 24 horas por dia, 7 dias por semana (respeitados os horários de funcionamento dos locais onde estarão instalados). E a cada nova compra online, o cliente pode escolher um locker diferente para receber as encomendas. “Agora sou eu que decido onde a entrega será realizada, independente do meu endereço residencial ou comercial. Essa já virou minha forma oficial de receber encomendas”, comemora Daniel.

Além de trazer vantagens aos usuários, os lockers também contribuem para a economia de recursos e para a sustentabilidade do planeta. Ao otimizar o percurso dos carteiros, os Correios diminuem a sua emissão de CO2 na atmosfera, além de reduzir o fluxo de veículos e a poluição sonora nas cidades.

Com o credenciamento de empresas e instalação de terminais próprios, os Correios vislumbram operar cerca de 100 lockers no Estado do RJ, 110 em São Paulo e 10 no Distrito Federal, até o final do primeiro semestre de 2021. Conforme a avaliação dos resultados obtidos pela solução, a expectativa é de que até dezembro de 2022, os Correios instalem 3 mil lockers em todo o Brasil.

As informações sobre o credenciamento de empresas para a instalação de lockers estão disponíveis no site dos Correios (veja aqui)

Onde estão

O primeiro armário inteligente dos Correios foi lançado em outubro de 2020 no Paranoá, região administrativa do Distrito Federal. Ele está situado na Praça Central Lote 1 térreo – CEP 71570-989. Horário de funcionamento: das 8h às 19h de segunda a sexta e das 8h às 12h no sábado.

Já na AC Central de Brasília, localizada no SBN Quadra 1 Bloco A Térreo – Asa Norte – CEP 70040-989, o funcionamento é 24h.

No Rio de Janeiro, o novo canal de atendimento desembarcou em dezembro e hoje conta com cinco terminais em operação:
• Central do Brasil (Praça Cristiano Otoni, s/n, Centro – CEP 20221-989);
• AC Presidente Vargas (Rua Afonso Cavalcanti, 58 – Centro – CEP 20211-989);
• AC Niterói (Avenida Visconde do Rio Branco, 481, Centro – CEP 24020-989);
• AC Central (Rua Primeiro de Março, 64 – Centro – CEP 20010-989);
• AC Hannibal Porto (Rua Hannibal Porto, 450 – Irajá – CEP: 21230-989).

Para saber mais e consultar o horário de funcionamento de cada um deles, acesse www.correios.com.br/locker. Em caso de dúvidas e para mais informações, os clientes podem entrar em contato pelos telefones 3003-0100 e 0800 725 0100 ou pelo Fale Conosco dos Correios.

REDE VÍRUS
Como a logística dos Correios tem apoiado o combate à COVID-19

Os Correios são operadores logísticos da Rede Vírus, comitê do MCTI que desenvolve diagnóstico e tratamento no combate à COVID-19. Foto: Divulgação/ Correios

Pelas ruas de São Paulo (SP), uma van dos Correios transita levando uma carga preciosa: amostras do novo coronavírus para serem analisadas por cientistas e pesquisadores de diversas universidades do Brasil. Mais uma vez, em seus 358 anos de existência, comemorados no último dia 25, a estatal é responsável pela logística de uma das iniciativas mais importantes para o País, agora com foco no combate à COVID-19.

Desde o início da pandemia, os Correios atuam na operação da Rede Vírus, comitê do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) que reúne diversas instituições renomadas, como Fiocruz, Butantan e USP, com o objetivo de desenvolver diagnóstico, tratamento, vacinas e produzir conhecimento sobre o vírus.

Todas etapas das entregas dos Correios são fotografadas para maior controle da operação.

Conectando os diferentes pontos dessa rede, os Correios têm tido um papel fundamental para o sucesso logístico da iniciativa: é a estatal quem transporta e distribui as amostras de vírus, medicamentos e testes clínicos entre os laboratórios e universidades, com toda agilidade e segurança necessárias à operação.

Por se tratar de material biológico e perecível, os prazos de entrega nos destinos são muito curtos, o que exige tratamento e controle logístico diferenciado para garantir a integridade das amostras.

Fases

Na primeira fase da Rede Vírus, ainda em março de 2020, iniciaram-se as primeiras coletas de material biológico (vírus inativo) no Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP) e no Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo (SP). De lá, a estatal transportava as mostras para cinco universidades: Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), USP/Ribeirão Preto, Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Feevale (Novo Hamburgo/RS).

Equipe dos Correios (de azul) no Hospital Municipal de Barueri (SP). Foto: Divulgação/Correios

A partir do resultado das pesquisas da primeira fase, em meados de abril, os Correios passaram também a fazer a coleta de medicamentos da Eurofarma para a distribuição em hospitais, tanto militares quanto civis, de vários Estados do Brasil. Os remédios foram utilizados para fins de testes em pacientes com COVID-19. Em São Paulo, participaram dessa fase da Rede Vírus o Hospital das Forças Armadas de São Paulo, Hospital Albert Sabin de São Caetano do Sul, Hospital Municipal de Barueri, Hospital das Clinicas de Mogi das Cruzes e Hospital Geral de São Mateus.

Logo em seguida, os Correios passaram a realizar, de forma simultânea, além das entregas dos medicamentos, coletas diárias de testes clínicos realizadas nesses hospitais em pacientes com COVID-19 e encaminhadas, com rigoroso controle, para as análises do CT Vacinas de Belo Horizonte (MG).

Eficiência reconhecida

CDL colorido para facilitar a identificação prioritária nas unidades dos Correios.

Para maior controle da operação, os recipientes dos Correios que armazenam os materiais da Rede Vírus possuem cor diferenciada. Assim, quando a carga é encaminhada aos terminais aéreos dos Correios em Jaguaré, Guarulhos e Rodoanel, por transportes viário ou aéreo, os CDLs (Contêineres Desmontáveis Leves) são fotografados para registro do número da linha, do horário e do local de recebimento. As fotos são enviadas ao grupo da Rede Vírus para que o responsável pela carga já esteja a postos no momento da entrega.

Segundo o coordenador da Rede Vírus em São Paulo (SP), Valmy Farias Cavalcante, a qualidade da operação logística dos Correios tem recebido constantes elogios e reconhecimentos das equipes do MCTI e da Rede Vírus. “Esse trabalho é motivo de muito orgulho para a nossa empresa. Tivemos, inclusive, o reconhecimento do próprio ministro Marcos Pontes, numa das visitas realizadas no Hospital Municipal de Barueri (HMB)”, afirmou.

Toda a operação logística da Rede Vírus é coordenada pelo Departamento de Logística (DELOG) dos Correios, em Brasília, que por sua vez fornece todas as diretrizes para o CLI Concursos – Gerência de Logística (GELOG/SPM), unidade dos Correios que recebeu a missão de fazer toda a coordenação operacional de distribuição e coletas para todo o Brasil.

Há 358 anos, vencer desafios está na essência dos Correios

Hoje, 25 de janeiro, os Correios celebram 358 anos da institucionalização dos serviços postais regulares no País e, também, a criação do cargo de Correio-Mor das Cartas do Mar – o carteiro da época colonial. Para termos ideia da dimensão dessa história, é preciso imaginar o mundo há alguns séculos, quando não havia nenhuma das facilidades de locomoção de hoje. Provavelmente, aquela realidade seja a razão pela qual, em português, as palavras correio, correr e corrida têm a mesma raiz etimológica.

Desde as primeiras civilizações, a humanidade empregou esforços inimagináveis para vencer distâncias e levar mensagens urgentes no menor tempo possível. Por muito tempo, essa eficiência dependeu da aptidão física de animais, mas nunca deixou ser vinculada à capacidade do ser humano. Na Grécia antiga, por exemplo, uma das modalidades dos jogos esportivos era a corrida dos mensageiros. Tanto é que a história de um deles, conhecido como Pheidíppides, inspirou a criação de uma das mais respeitadas provas olímpicas: a maratona.

Já no Brasil, em 1822, é fato registrado e reconhecido o empenho de um outro mensageiro: o correio da corte Paulo Bregaro. Se hoje já nos aborrece uma viagem de cerca de seis horas, tempo médio que se leva de carro do Rio a São Paulo, imagine fazer esse percurso há 200 anos, por estradas de terra e a cavalo. Foi esse o caminho feito por Bregaro quando recebeu a missão de levar as cartas da princesa Leopoldina e de José Bonifácio a Dom Pedro I, o que culminou na Proclamação da Independência.

Leia mais: O carteiro da Independência

A importância da missão de Bregaro pode ser resumida na ordem que Bonifácio teria dado pessoalmente a ele: “Arrebente e estafe quantos cavalos necessários, mas entregue a carta com toda a urgência”. Junto com o Major Antônio Ramos Cordeiro, o mensageiro saiu do Rio de Janeiro por volta das 16h de 2 de setembro. Os dois cavalgaram uma média diária de 90 quilômetros até chegarem a São Paulo, no dia 7. Pela excelência com que cumpriu sua missão, Bregaro recebeu o título de patrono dos Correios, bem como o de primeiro carteiro do Brasil.

Uma empresa que não para

Condutor de malas: arma para se defender de animais.

Essas duas histórias exemplificam o quanto o desafio é algo inerente ao serviço postal. Mas correr contra o tempo e vencer distâncias não são os únicos obstáculos dos Correios. Em pleno século 20, para determinados percursos, uma espingarda estava entre as ferramentas de trabalho que os carteiros levavam para se proteger de ataques de animais, como mostra a foto ao lado, tirada na década de 1960, de um condutor de malas do Piauí (arquivo Museu Correios).

Quantos outros desafios maiores, incluindo crises econômicas, epidemias – e até outras pandemias – os Correios não enfrentaram nesses 358 anos? Há cerca de cem anos, foi a gripe espanhola. A nota abaixo, publicada na Revista Telegraphica do Brasil em 1918, mostra como a epidemia afetou a empresa. Nem por isso, no entanto, os Correios pararam – mesmo em uma época na qual o mundo não dispunha de recursos médicos e científicos como possuímos agora.

Revista Telegraphica, 1918

Carteiro em Jaboatão dos Guararapes, região metropolitana do Recife, Esdras Vieira de Melo testemunhou desafios em graus máximos. Por duas vezes, em 2008 e 2009, quando ainda fazia parte do Exército, ele integrou a missão das Forças de Paz da ONU que esteve no Haiti, considerado o país mais pobre das Américas. Para Esdras, quando o assunto é a importância do papel social há muitas semelhanças entre servir em uma missão de paz e o trabalho dos Correios.

Em março de 2020, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou a pandemia do novo conoravírus e estabelecimentos comerciais foram fechados, os correios em todo o mundo não pararam. Somente três países suspenderam temporariamente seus serviços postais: Honduras, Hungria e Zimbábue. Todos os outros, inclusive os mais duramente atingidos, como Brasil, Itália e Estados Unidos, não pararam de atender ao cidadão. O que rendeu elogios da União Postal Universal (UPU) aos profissionais de correios “determinados a fazer o melhor para manter os serviços em circunstâncias difíceis e jamais vivenciadas em tempos de paz”.

Na linha de frente

No Brasil, o isolamento gerou, inclusive, um aumento das postagens, principalmente de encomendas. Em 2020, nossos carteiros e carteiras entregaram, em média, 15,2 milhões de objetos postais por dia, sendo 13,7 milhões de correspondências e 1,5 milhão de encomendas nacionais e internacionais. Para garantir esse volume de entregas, os carteiros percorreram a pé, de bicicleta, carro e barco um total de 1.302.766 km por dia, o equivalente a 33 voltas ao redor da Terra!

Em Belo Horizonte (MG), a carteira Vânia de Lazáro, destaca que estar na linha de frente é motivo de orgulho. Ela diz que segue à risca as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), não dispensando a máscara nem o álcool em gel. Para ela, ser carteira nesse momento é uma forma de ajudar a sociedade. “Com a pandemia, passei a refletir mais sobre meu modo de viver e minhas responsabilidades em cuidar mais do outro. Como carteira, estou fazendo isso.”

Vânia da Lazáro: orgulho de ser carteira e ajudar ao próximo. Foto: Divulgação/Correios

Por falar em reflexão, recorremos, novamente, à etimologia: dessa vez, da palavra desafio, que deriva do latim disfidare – junção de “dis” (afastamento) e “fidare”, que vem de “fides” (fé). Uma indicação de que as dificuldades colocam em xeque nossas crenças e capacidades, a ponto de nos afastar da confiança. E, para vencê-las e continuar seguindo em frente, temos que descobrir novos caminhos e maneiras de olhar o mundo. Mas… não é exatamente isso que os Correios fazem todos os dias, desde 25 de janeiro de 1663?