EQUIDADE|
Debatemos o desafio de construir uma justiça inclusiva

Em parceira com a Defensoria Pública da União (DPU), promovemos seminário
sobre protocolos de julgamento com perspectiva de gênero e raça

Promover a justiça de forma verdadeiramente equitativa requer um olhar atento às desigualdades estruturais que historicamente impactam diferentes grupos sociais. Foi nesse sentido que os Correios, em parceria com a Defensoria Pública da União (DPU), realizaram, nesta quarta-feira (6), no auditório do edifício-sede em Brasília/DF, o seminário
“Interseccionalidade: Protocolos de Julgamento com Perspectiva de Gênero e com Perspectiva Racial”. O evento reuniu especialistas do sistema de justiça, representantes de instituições públicas e de movimentos sociais para debater como os estereótipos e a invisibilidade de gênero e raça podem influenciar decisões judiciais e impactar vidas.

A superintendente Executiva de Educação da estatal, Roberta Suely de Souza Cabral, explicou que a iniciativa reflete o comprometimento da estatal com políticas voltadas à equidade de gênero e à promoção da igualdade racial. “Essa ação tem vínculo direto com a política corporativa dos Correios nos âmbitos de diversidade, gestão de pessoas e
sustentabilidade. Ela reforça nosso trabalho na criação de um ambiente
de trabalho saudável”, afirmou.

Desde 2023, os Correios têm se firmado como um aliado do governo federal na reconstrução de uma sociedade que tem o respeito aos direitos humanos como um de seus pilares. Dentre as ações da estatal, destacam-se a aprovação da Política
Corporativa de Diversidade e a inclusão de metas no Plano Estratégico
2025–2029 que estabelecem, por exemplo, que os cargos de gestão da
empresa devem ser ocupados por 40% de mulheres e 30% de pessoas negras,
no mínimo.

Durante o evento, o defensor público-geral federal, Leonardo Cardoso de Magalhães, ressaltou a parceria histórica entre a Defensoria Pública da União e os Correios. “A DPU promove ações efetivas para o combate à discriminação racial e a discussão sobre os protocolos vem somar esforços para aumentar o acesso à justiça e a promoção da equidade”, garantiu.

Gleidson Renato Martins Dias, ouvidor-geral da DPU, destacou que o debate sobre os protocolos de julgamento com perspectiva racial e de gênero é fundamental para que a justiça brasileira avance no enfrentamento das desigualdades, por isso, precisa ultrapassar os espaços do Judiciário e ser apropriado por toda a sociedade. “Os direitos só são direitos porque se luta por eles. Existe uma necessidade urgente para que se entenda o funcionamento dos protocolos, pois não é possível ter acesso à justiça sem democracia”, afirmou.

Durante o seminário, o ouvidor-geral fez o pré-lançamento do e-book “Enegrecendo o Direito: resistência e produção acadêmica negra enfrentando a branco-normatividade jurídica”, coordenado por ele e pela advogada e Mestre em Direito Muriel Fernanda Benites.

O evento foi gravado e está disponível no Canal dos Correios no YouTube.

Sobre o protocolo de Julgamento com Perspectiva de Gênero

Lançado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 2021, o Protocolo para Julgamento com Perspectiva de Gênero orienta magistradas e magistrados a considerar os impactos específicos das desigualdades de gênero nos processos judiciais. A proposta busca evitar decisões baseadas em estereótipos e promover uma justiça mais sensível às vivências de mulheres, especialmente em situações de violência, discriminação e desigualdade social.

Sobre o Protocolo de Julgamento com Perspectiva Racial

O Protocolo com Perspectiva Racial, publicado em 2023, também pelo CNJ, oferece diretrizes para que o Judiciário reconheça e enfrente o racismo estrutural presente na sociedade brasileira. O documento incentiva uma análise crítica das relações raciais nos autos e orienta o julgamento de casos com atenção às desigualdades raciais históricas, visando uma atuação mais justa, reparadora e equânime.

Celebramos o Dia da Mulher Negra com compromisso e ação

Negra, nordestina, baiana, Daniela sabe que seu caminhar é feito também de passos de outras mulheres antes dela. Foto: Divulgação/Correios.

Hoje, 25 de julho, celebramos o Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, data que no Brasil também homenageia a líder quilombola Tereza de Benguela. É um momento de reflexão e, acima de tudo, de reafirmação do nosso compromisso com a luta antirracista e antissexista — pilares fundamentais para construirmos uma sociedade mais justa e igualitária.

Para marcar a data, realizamos na manhã desta sexta-feira (25), no Museu dos Correios, em Brasília/DF, uma cerimônia com falas inspiradoras, apresentações culturais e reflexões sobre os avanços na promoção da equidade racial e de gênero. O evento foi transmitido ao vivo pelo nosso canal oficial no YouTube.

Em sua fala, o presidente dos Correios, Fabiano Silva dos Santos, lembrou que nos últimos dois anos e meio, a empresa tem avançado de forma concreta, indo além do discurso e colocando em prática ações que promovem mudanças reais. Esse movimento está alinhado à nossa política de respeito à diversidade e aos direitos humanos.

“Como uma empresa plural e diversa, que espelha a riqueza cultural e ancestral do nosso país, os Correios se unem ao movimento coordenado de governos, empresas e organizações da sociedade civil em ações concretas para a superação do racismo, do sexismo e da intolerância”.

Conheça Daniela, carteira que acredita que sua presença nas ruas não é apenas profissão, é resistência.

A coordenadora de Diversidade, Equidade e Inclusão dos Correios, Vilma Reis, reforça que estamos espalhando, com intencionalidade, uma cultura de enfrentamento ao racismo e ao sexismo, criando um ambiente de trabalho acolhedor para todos os grupos da sociedade — especialmente para as mulheres negras, que representam 28% da população brasileira.

Avanços que nos orgulham

Entre 2023 e 2025, conquistamos marcos importantes. Aprovamos nossa nova Política Corporativa de Diversidade, estruturada em três eixos principais: equidade de gênero e raça; respeito e valorização das diferenças (LGBTQIA+, pessoas com deficiência, gerações, diversidade religiosa, cultural e regional); Enfrentamento aos assédios.

Com essa base, passamos a atuar de forma estratégica, com metas ousadas para 2025: 40% de mulheres e 30% de pessoas negras em cargos de gestão — do nível operacional à alta liderança.

Educação e aceleração de carreiras

Lançamos o Programa Bolsa Primeira Graduação, voltado a mulheres e pessoas negras com nível médio. Entre 2024 e 2025, concedemos 200 bolsas, sendo que 68% dos beneficiados na primeira edição são pessoas negras. Também participamos do Programa de Formação da ALARI, ampliando oportunidades para servidoras e servidores públicos.

Criamos ainda o PAC/Mulheres dos Correios, que garante acréscimo de 20% na pontuação de empregadas nos processos internos de seleção para funções de liderança.

Onde impuseram os limites, Cristiane construiu o próprio caminho e mudou seu destino.


Diálogo e combate aos assédios

No Acordo Coletivo 2024/2025, avançamos com a implementação da Licença Menstrual para empregadas que enfrentam fortes dores durante o ciclo, fruto da Mesa de Negociação sobre direitos das mulheres e da população negra.

Parcerias que geram impacto

Firmamos acordos com o Ministério das Mulheres e com o Ministério da Igualdade Racial (MIR), promovendo campanhas como “Agosto Lilás – Feminicídio Zero” e “Brasil sem Misoginia”. Também aderimos ao Guia Lilás, em parceria com a CGU, e lançamos cursos internos voltados ao enfrentamento aos assédios e discriminações.

Outro marco foi o lançamento do concurso público, após 13 anos, com cotas ampliadas: 30% para pessoas negras, indígenas e quilombolas e 10% para pessoas com deficiência — reafirmando nosso compromisso com a representatividade.

Cuidando de quem faz a nossa empresa

Implantamos o Projeto Estratégico Diversidade e Bem-Estar no Ambiente de Trabalho, com ações como: Censo da Diversidade; criação de Ouvidoria Interna com rede nacional de acolhimento; projetos de mediação de conflitos e iniciativas voltadas à saúde mental.

Essas ações se somam à participação dos Correios no Pacto pela Diversidade, Inclusão e Equidade nas Estatais e aos programas de formação para mulheres negras empreendedoras — mostrando que diversidade e bem-estar são valores permanentes para nós.

Seguimos firmes, com coragem e responsabilidade, construindo um futuro mais inclusivo e igualitário para todas e todos

Férias das crianças? Chama o Carteirito!

Gibi dos Correios é opção lúdica para entreter os pequenos

Gibi “As Aventuras do Carteirito e sua Turma” traduz universo postal em linguagem infantil. Imagem: Divulgação/Correios.

Nas férias escolares, o tempo parece ganhar outro ritmo — mais leve e propício à diversão. Nessa atmosfera, e sabendo que os pequenos estão com muita energia para gastar, lançamos a primeira edição do gibi As Aventuras de Carteirito e sua Turma, publicação gratuita pensada especialmente para as crianças.

Desde sempre, a figura do carteiro desperta fascínio. Seja pela camisa amarela, pela bicicleta ou pelo simples gesto de bater à porta com uma entrega que pode mudar o dia de alguém. Ainda hoje, para muitas crianças, o carteiro é quase um personagem mágico — aquele que conecta distâncias com afeto.

Pensando nisso, os Correios criaram uma turminha de mascotes que ajuda a traduzir esse universo em linguagem infantil. O protagonista é o carismático Carteirito – que, ao lado da Carteirita, do cãozinho Telegrama, da atendente Cartarina, do robô Dronaldo e outros amigos -, guia os pequenos por uma aventura cheia de descobertas.

Baixe aqui “As Aventuras de Carteirito e sua Turma”

Na história, acompanhamos Aninha e sua família preparando um presente e uma cartinha para os avós. A dúvida da menina sobre “como a carta vai chegar até lá” se transforma em um passeio educativo pelo mundo dos Correios: da agência ao centro de tratamento, do caminhão ao avião, da triagem até a entrega final. Tudo explicado de forma lúdica, com ilustrações envolventes e personagens que cativam.

Brincar também é aprender

Nas últimas páginas da cartilha, os pequenos leitores são convidados a participar ativamente da história (baixe aqui). Tem caça-palavras, jogo dos sete erros, labirinto, atividades de pintura e até um passo a passo de como preencher um envelope corretamente. Um convite ao brincar com propósito — despertando a criatividade enquanto se aprende, no papel.

Aproveitem o recesso escolar para apresentar às crianças o universo lúdico dos Correios. Pode ser o início de uma nova curiosidade, ou quem sabe, de uma memória afetiva que pode durar a vida inteira.

Porque por trás de cada entrega, há uma história. E por trás de cada carteiro — real ou em quadrinhos — há sempre alguém disposto a levar o que mais importa: conexão.

Agradecimento especial à Coordenação de Comunicação dos Correios no Espírito Santo (CCOM/ES), responsável pela iniciativa.