A volta das cartas

 “Troca de cartas volta a ganhar adeptos e transforma-se em hobby na era digital” foi o título de reportagem distribuída pelo Agência Estado no dia 1º de janeiro de 2020 e reproduzida em outros veículos do país. Segundo o jornal, embora a troca de correspondências tenha deixado de ser um meio prático de comunicação, ainda tem milhares de adeptos no Brasil, tanto entre saudosos quanto entre aqueles que o adotaram já em plena era digital.

Carolina Santiago, de 23 anos, mestranda em Literatura e moradora de Salvador, descreve: “É uma forma de se desligar do ambiente veloz, de parar, sentar e escrever para produzir uma coisa à mão. Precisa sair de casa, ir nos Correios, postar a carta, esperar uma resposta. Sai do contexto de hoje em dia, em que tudo é uma correria.”

Isso mesmo, precisa ir nos Correios, comprar um selo e postar a carta, o que faz com que esse movimento abra uma série de possibilidades para a Filatelia.

Mas porque será que Carolina, legítima integrante da Geração Z – que convive com a tecnologia desde cedo – decidiu escrever cartas? Para os especialistas, com a chegada de meios de comunicação mais eficientes, a troca de correspondência ganhou novos significados ao longo das décadas. Escrever cartas se tornou um hobby, um trabalho manual ou até uma forma de experimentação social. “Não é uma sobrevivência do passado pura e simplesmente. É algo que informa, comunica um estilo de vida, um valor, crenças, e faz sentido neste momento para essas pessoas”, aponta Lilian Torres, professora de Antropologia da Faap.

Carolina compartilha parte das suas experiências em seu canal no Youtube

Carolina começou a trocar cartas em 2017 e hoje mantém contato com cerca de sete “penpals” (amigos por correspondência, em inglês). Confira a matéria completa em https://sao-paulo.estadao.com.br/noticias/geral,troca-de-cartas-volta-a-ganhar-adeptos-e-transforma-se-em-hobby-na-era-digital,70003140488

Publicado em Filatelia, Programação Filatélica 2019 | Deixar um comentário

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