O Dia Internacional da Mulher, comemorado nesta quarta-feira (8), não é uma data para romantizar diferenças nem para homenagens vazias. Desde quando foi oficializada pela ONU, em 1975, direitos importantes foram conquistados, mas temos muito o que avançar. Oito de março é um dia para reconhecer que ainda vivemos em uma sociedade que desvaloriza, oprime e sobrecarrega mulheres.
Enquanto instituição pública e agente de integração nacional, os Correios têm por obrigação defender os valores democráticos de equidade e respeito à diversidade, promovendo ações que reflitam as atuais diretrizes do Governo Federal em prol da inclusão e da igualdade. Seja criando serviços e soluções para incentivar o empreendedorismo feminino no e-commerce, por exemplo, seja combatendo internamente condutas discriminatórias.
Nos Correios, temos mais de 21 mil mulheres atuando em todas as áreas da empresa, inclusive nas atividades predominantemente masculinas. São carteiras, atendentes, operadoras de transbordo, técnicas, analistas e gestoras que empregam a sua força feminina em casa, na família, nos estudos e onde mais elas quiserem.
Sabemos, no entanto, que as múltiplas jornadas de trabalho, muitas vezes, não é uma opção e levam as mulheres à sobrecarga física e mental. Por isso, precisamos garantir um ambiente corporativo seguro, onde as empregadas dos Correios se sintam acolhidas e não sejam prejudicadas apenas pelo fato de serem mulheres.
Atualmente, temos representantes femininas em todos os cargos de liderança da empresa. Mais precisamente, 31% das funções gerenciais dos Correios são ocupadas por mulheres. Embora o índice esteja acima da média mundial, devemos evoluir.
Sabemos que o caminho para a equidade de gênero é longo, mas é preciso acelerar. Como empregados de uma instituição pública, com 360 anos de história, é nossa responsabilidade ajudar a demolir os muros da desigualdade, com a certeza de que podemos construir as bases de uma sociedade mais justa, igualitária e sustentável.
Fabiano Silva dos Santos
Presidente dos Correios