
Belém, 18/11/2025 – Na COP30, não estamos apenas garantindo que cargas essenciais circulem com precisão pelas Blue Zone e Green Zone. Na prática e no debate, os Correios desempenham um papel essencial na cúpula do clima.
Além da operação crítica que abastece a conferência, incluindo o transporte de água que refresca o calor amazônico para os milhares de participantes, a empresa também ajuda a conduzir a conversa sobre o que significa descarbonizar a logística em um país de dimensões continentais.
No último sábado (15/11), a superintendente de Governança dos Correios, Daniela Amoroso, participou de dois painéis da conferência, em mesas que reuniram representantes da Confederação Nacional do Transporte, Petrobras, Embraer, Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Banco do Brasil e outras instituições de referência no setor de energia e mobilidade.
“A participação dos Correios – uma empresa de dimensões continentais, estatal, pública – na COP30 é de grande importância. Primeiro porque tudo que entra na conferência passa pelo controle da estatal. Além disso, tem tudo a ver a empresa estudar e entender quais são as melhores soluções para uma transição energética justa, prezando pelo bem-estar das pessoas, pela economicidade dos recursos e pela eletrificação das nossas frotas”, afirmou.

Durante o primeiro painel, os Correios foram convidados a aderir à Coalizão pela Descarbonização dos Transportes – iniciativa liderada pela CNT, com participação de diversas entidades do setor, cujo principal objetivo é propor ações para reduzir, até 70%, as emissões de gases de efeito estufa em até 2050, com um plano que inclui mais de 90 propostas e visa mobilizar mais de R$ 600 bilhões em investimentos.
Daniela falou sobre a importância da Coalizão, que já conta com mais de 50 instituições no Brasil, e da participação da empresa na ação. “O maior ativo dos Correios é a capilaridade, o que nos permite chegar onde ninguém quer chegar para fazer entregas, levar saúde, livros, educação, e cidadania para a população. Desde 2013, a empresa produz um inventário de emissões de gases de efeito estufa (GEE), que avalia o avanço de um dos objetivos estratégicos da estatal: a redução de emissões de gás efeito estufa”, explicou.
Ainda segundo a superintendente, após os quase 13 anos desse monitoramento, a empresa está alcançando maturidade na gestão da emissão desses gases. “Os Correios receberam um selo do Sistema de Responsabilidade Socioambiental (Ressoa) pela agenda A3P, coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas. Também foram reconhecidos no 10o Prêmio A3P/2024 pelo uso racional de recursos naturais e bens públicos, e pelas iniciativas de eficiência energética”, lembrou
Coalizões que movem o futuro
A participação nos painéis da Blue e da Green Zone também aproximou os Correios de outras estatais e entidades que discutem, juntas, os caminhos da descarbonização. A atuação conjunta com instituições como Petrobras, Embraer, Banco do Brasil e CNT mostra que a transição energética no setor público tende a acontecer em rede, com cada empresa contribuindo a partir de sua expertise.
Na COP30, estamos mostrando que a nossa entrega vai além de objetos e estruturas: está também na construção de soluções, ideias e parcerias que ajudam a preparar o Brasil para um futuro de mobilidade mais limpa e eficiente.
