Correios tenta mais uma vez acordo com os sindicatos

A direção dos Correios tentou novamente, na manhã desta quarta-feira (3), um acordo com as representações sindicais dos trabalhadores para encerrar a paralisação parcial iniciada às 22h do dia 26 de abril.

A demonstração de vontade por parte da empresa ocorreu mesmo após a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) ter bloqueado o acesso ao edifício-sede da empresa em Brasília (DF), impedindo os empregados que não concordam com paralisação de exercer seus direitos e arriscando a própria reunião, que já estava agendada desde ontem (2).

A empresa já havia apresentado uma proposta no dia 1º de maio, fruto de intensa negociação com as federações representantes dos trabalhadores.

Na reunião desta quarta-feira, o presidente dos Correios, Guilherme Campos, informou que uma nova proposta só poderia ser implementada caso houvesse envolvimento de todas as partes: “Até o momento, somente a empresa tem feito novas propostas. Uma nova proposição deverá ser construída a quatro mãos, com a participação de todos, empresa e sindicatos”, afirmou o dirigente.

Cabe ressaltar que a empresa sempre esteve disposta a conversar com as representações dos trabalhadores e que, embora representantes dos Correios tenham permanecido à disposição para o diálogo, os sindicatos abandonaram a reunião, demonstrando claramente a falta de disposição em negociar.

“Nós não queremos entrar em conflito com os trabalhadores, em hipótese alguma. Estamos buscando alternativas para sair dessa situação, e tudo que pode ser realizado nas esferas gerencial e administrativa está sendo feito. Entretanto, não assumiremos compromissos que não podem ser cumpridos”, complementou.

A paralisação apenas torna mais grave a atual situação financeira dos Correios — nos últimos dois anos, a empresa apresentou prejuízos que somam, aproximadamente, R$ 4 bilhões, sendo que 65% desse total correspondem a despesas de pessoal. Até o momento, a paralisação, ainda que parcial, acarreta um potencial de perda de aproximadamente R$ 6,5 milhões, por dia, aos cofres da estatal.

A atitude dos sindicatos compromete a qualidade dos serviços prestados aos clientes e à população brasileira e prejudica ainda mais o processo de recuperação dos Correios.

Nesta quarta-feira, às 15h, haverá reunião entre os Correios e as representações sindicais no Tribunal Superior do Trabalho (TST) com o objetivo de por fim à paralisação.

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10 respostas para Correios tenta mais uma vez acordo com os sindicatos

  1. carteiro motorizado disse:

    O sucateamento também compromete a qualidade dos serviços prestados aos clientes e à população brasileira, sabia empresa?

  2. JURA disse:

    Até agora o Presidente estava resistindo, quando não deveria, permaneceu na ignorância, agora quer colocar a culpa nas Federações e Sindicatos, enquanto esse tipo de mediador não mudar esta forma de dialogar, sempre vai ser isso, um querendo colocar a culpa no outro.

  3. MAIDONICO disse:

    “nos últimos dois anos, a empresa apresentou prejuízos que somam, aproximadamente, R$ 4 bilhões, sendo que 65% desse total correspondem a despesas de pessoal.”

    BAHH QUE PIADA …!!

    • MICHEL disse:

      Fala para mim em que pais do mundo você presta concurso para ganhar R$ 1.100,00 e depois com a graça do padrinho, você é alocado numa função com remuneração singular para ganhar R$ 15.000 ( quinze mil reais ).

      Dispensado da função ainda incorpora após dez anos.

      A conta chegou e aquilo que parecia engraçadinho agora virou um monstro na folha de pagamento.

      Incorporar dinheiro público??? Mesmo no desvio de cargo???

      que folha de pagamento suporta isso.

      Ta na hora de haver limites

      • Gustavo disse:

        Michel, você disse ABSOLUTAMENTE TUDO! Estamos agora pagando o preço, colhendo o que plantamos em uma empresa onde não há meritocracia e os padrinhos políticos estão no comando. Está muito claro! Basta fazer um levantamento de quantos carteiros, atendentes e OTTs estão desviados de suas funções ou requisitados em outros órgãos (cerca de 6 mil) recebendo salários altíssimos, alguns em posições de chefia… Fico pensando… Então para quê concurso para nível superior nessa empresa??? Já que está essa palhaçada de apadrinhamento político, então seria melhor um único concurso para nível médio, o tal Cargo Amplo, e os empregados fariam todos os serviços, desde a bolsa, balcão, malote até a área administrativa… Se é para esculhambar, então que o faça logo.

      • Pedro Paulo disse:

        Enfim alguém que pensa como eu.

        Sempre me perguntei: que planejamento financeiro suporta contratar empregados para ganhar R$ 2.000,00 e depois eles passam a ganhar R$ 15.000,00???

        Enquanto isso, os Analistas (Administradores, Contadores, Economistas…) ganham R$ 5.000,00 para fazer atividades de estagiário!

        Ta tudo errado!!!

        Os chefes, gerentes, coordenadores eram pra ser os Analistas (Administradores, Contadores, Economistas…)

        • Sérgio disse:

          É porque a maioria dos analistas optam em tentar crescer por mérito próprio… já os outros vão pelo mais fácil: politicagem!

          Então os analistas ficam fazendo trabalho de estagiário e os despreparados em gestão ficam fazendo não-gestão…

  4. PECKER disse:

    Ué não foi o Sr Guilherme Campos que mais de uma vez quis ver qual era a força dos trabalhadores?
    Não foi o mesmo, que com sua costumeira arrogância, disse que os Correios estava nessa situação por conta dos trabalhadores?

    Ele e a direção da ECT quis medir a força dos trabalhadores, e agora está vendo que quem leva essa empresa nas costas não é ele, que mal sabe o que é um selo, são atendentes, otts e carteiros.
    A greve tem que continuar, pois só com a paralisação é que nossos direitos serão respeitados.

  5. Edclei Estevam de Vasconcelos disse:

    Muitos objetos postais estão chegando nas residências após o vencimento, e as encomendas entregue fora dos seus respectivos prazos por falta de pessoal e uma gestão eficaz. A grande maioria das agências não possuem portas giratórias, sofrem os empregados e os clientes. Os veículos da empresa não possuem nenhum tipo de equipamento de segurança furto/roubo, rastreamento, ou mecanismos de comunicação para com a polícia, mas os veículos particulares de vários empregados sim. Sabemos que em muitas profissões, e seus respectivos empregados, assim como todos nós, cidadãos brasileiros. Corremos o risco de passar por essa infeliz situação: vexatória, degradante, humilhante, e bastante constrangedoras, em muitos casos, sem poder nada fazer, isso quando não se perde a vida. A segurança dos objetos postais, e a vida de todos empregados estão à deriva, jogados a própria sorte. Trabalhando com medo, agoniados, bastante preocupados, tentado superar as sequelas do que viveu e presenciou na mão de meliantes. Até por que todos precisam cumprir com suas obrigações e garantir a sobrevivência da empresa e de suas famílias. Bens materiais podem ser reparados, recuperados, e indenizáveis. Mas a honra, a dignidade da pessoa humana, e a vida dos seres humanos, independentemente de sua vocação ou profissão não.
    Hoje em dia o que está ajudando a inibir e a identificar os cidadãos que optaram em viver no mundo do crime, são as câmeras de segurança, alarmes, entre outros investimentos. É preciso ter mais respeito com os empregados desta honrada empresa, para que possamos melhorar a qualidade e eficiência do serviço prestado aos clientes e a sociedade brasileira. Afim de garantir sua permanência como empresa pública, e superavitária.
    QUE DEUS NOS PROTEJA TODOS OS DIAS.

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