Com a proximidade do encerramento da data-base 2020/2021 dos Correios, iniciaram-se nesta quinta-feira, dia 1°, as negociações do Acordo Coletivo de Trabalho – ACT 2021/2022. Serão realizadas, ainda no mês de julho, por meio de videoconferência, quatro reuniões entre as entidades representantes dos empregados e a empresa, visando à construção do ACT 2021/2022. Nesses encontros serão discutidas as pautas de reivindicações apresentadas pelas entidades representativas, o cenário econômico-financeiro dos Correios, a apresentação da proposta da empresa, bem como demais assuntos pertinentes ao processo negocial.
É importante lembrar que, assim como nas negociações coletivas do último ano, os Correios encontram-se inseridos em um contexto de forte crise econômica, intensificada pela pandemia da covid-19. A crise sanitária exigiu a adoção de medidas como a contratação de mão de obra terceirizada e a realização de horas extras para compensar a ausência dos empregados que, para sua segurança, foram incluídos em regime de trabalho remoto.
Garantir a saúde de empregados, clientes e fornecedores permanece uma das prioridades da empresa, e nesse sentido, várias iniciativas foram postas em prática, dentre as quais se destacam: aquisição e disponibilização de álcool em gel 70%, máscaras de proteção de pano, termômetros digitais para aferição da temperatura corporal e de protetores de acrílico para os guichês das unidades de atendimento; ajustes nos fluxos de processos operacionais, como por exemplo a demarcação de espaço para respeitar o distanciamento entre os clientes; o reforço na higienização e na limpeza das unidades e o afastamento compulsório dos empregados do grupo de risco para trabalho remoto.
Paralelamente, os Correios vivem a realidade global dos setores em que atua: queda acentuada dos serviços de monopólio e aumento da parcela concorrencial do negócio. A pandemia trouxe mais desafios à empresa, pois o já decrescente faturamento das correspondências sofreu uma abrupta queda. Em contrapartida, ainda que tenha sido considerável, o aumento da demanda pelos serviços de encomendas não equalizou as perdas mencionadas anteriormente.
Por essas razões, em meio à crise econômica e sanitária, a Diretoria Executiva dos Correios conta com a compreensão dos empregados, pois o momento é de incertezas e a prioridade de todos deve ser a garantia dos postos de trabalho. Em que pesem os resultados positivos registrados nos 2 últimos anos, há de se ressaltar que a empresa ainda possui prejuízo acumulado, e é longo o caminho até a quitação de todo o passivo. Entretanto, desde março de 2020, têm sido garantidos aos empregados dos Correios sua remuneração integral, os benefícios constantes no DCG e, ainda, todas as obrigações trabalhistas de direito.
Como nas últimas negociações, os Correios manterão o foco na transparência e nas exigências dos órgãos reguladores, levando em consideração o cenário financeiro e a realidade do mercado, pois as tratativas desse ano exigem, acima de tudo, seriedade, ponderação e razoabilidade.
Ressalta-se aqui que as dificuldades enfrentadas até o momento têm sido superadas com os esforços de todos e, com o início das negociações coletivas, a empresa convida os empregados a se envolverem no processo, cobrando das entidades representativas propostas condizentes com a situação econômica dos Correios e do país. Isto porque, cabe lembrar, nos anos anteriores foram apresentadas reivindicações sem qualquer lastro na realidade ou na legalidade.
O que está em jogo, ressalta-se, são os empregos de cerca de 90 mil empregados dos Correios, e estes, por sua vez, dependem do bom funcionamento da empresa para garantir o seu sustento. Portanto, a proposta a ser apresentada durante as negociações refletirá, rigorosamente, o atual momento dos Correios.
Não fique fora desse processo! Acompanhe todos os detalhes da negociação do Acordo Coletivo de Trabalho no Blog da Negociação (https://blog.correios.com.br/acordocoletivo/) e pelos veículos de comunicação interna.