Olá, este é o Podcast da Negociação, onde são aprofundados os principais temas que nós, empregados dos Correios, precisamos estar atentos neste momento tão importante e decisivo da nossa história.
Durante todo o mês de julho deste ano, os Correios tentaram negociar com as entidades representativas dos empregados os termos do Acordo Coletivo de Trabalho 2020/2021. Em continuidade às ações de fortalecimento das finanças e consequente preservação da sustentabilidade da empresa, a proposta visa adequar os benefícios dos empregados à realidade do país e da estatal. A economia anual prevista com a redução dos privilégios é da ordem de R$ 800 milhões, valor que bastaria para, em apenas três anos e com fluxo estável de receitas, cobrir o prejuízo acumulado de R$ 2,4 bilhões.
Em contraposição, os sindicatos exigiram a manutenção dos termos determinados no dissídio anterior, recusando-se a abrir mão dos benefícios concedidos em tempos de prosperidade. Sobre o assunto, a empresa defende ser imprescindível que acordos coletivos reflitam o contexto em que são produzidos. Ao mesmo tempo em que os Correios devem manifestar a disponibilidade para repartir lucros com seus empregados, não podem conTodos os poststribuir para a sua falência ou com a acumulação de prejuízos.
Além de afetar a imagem da instituição e de seus empregados perante a sociedade, as paralisações da maior empresa de logística do Brasil, sobretudo no contexto atual, trazem prejuízos financeiros não só à própria estatal: inúmeros empreendedores brasileiros dos mais diversos portes contam conosco para manterem seus negócios ativos.
Os Correios têm buscado encontrar o equilíbrio entre a recuperação financeira, após anos de dilapidação dos seus recursos, e a manutenção de empregos, salários e direitos dos seus empregados. Após sofrerem por um longo período com a falta de governança e a corrupção, os Correios tiveram seu histórico agravado severamente por sucessivas greves.
Para que a empresa permaneça firme no caminho da recuperação econômica, os erros das gestões passadas exigem, hoje, medidas duras e sacrifícios. Mais do que nunca, os Correios precisam de capital para investir e competir em pé de igualdade com as outras empresas do ramo, que se reinventam sempre no ritmo do mercado. Só assim será possível se estabelecer como a melhor opção do mercado, competindo de forma igualitária com outros gigantes logísticos e, por fim, garantir a sustentabilidade da empresa.
Os Correios aguardam o retorno dos empregados que aderiram ao movimento paredista antes do julgamento do dissídio coletivo, marcado para o próximo dia 21 de setembro. Cientes da nossa responsabilidade para com a sociedade, todos nós somos indispensáveis para a prestação de serviços essenciais à população, em um momento tão delicado para o país e o mundo.