Proposta aceita pelos sindicatos reduz desigualdade salarial e resgata benefícios

Temos acordo! Na próxima quarta-feira (27), os Correios e as federações de representação das empregadas e dos empregados irão assinar o Acordo Coletivo de Trabalho 2023/2024.

Trata-se de um momento histórico para quem trabalha nos Correios. Afinal, há 7 anos um acordo não era assinado sem mediação do Tribunal Superior do Trabalho (TST).

“O diálogo venceu o medo e resgatamos o espírito democrático e transparente de gestão”, afirmou o presidente dos Correios, Fabiano Silva dos Santos.

Nas palavras do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), que analisou a minuta, o atual acordo reduz a desigualdade salarial, ao conceder um reajuste maior para trabalhadores com menores salários.

Aumento médio de 6,36%. O aumento linear de R$ 250 para quem tem remuneração até R$ 7 mil equivale a um aumento médio de 6,36% para mais de 71 mil empregados (83% do efetivo), a partir de janeiro de 2024. E para parte do efetivo, representa um aumento de 12% em relação a atual remuneração.

O fato da proposta ter sido aprovada pela quase unanimidade dos sindicatos de todo o Brasil resulta de um processo de negociação transparente, respeitoso e com o protagonismo das trabalhadoras e dos trabalhadores dos Correios.

Resgate de benefícios. O resultado do diálogo entre a empresa e as federações é um acordo que promove o resgaste dos benefícios que haviam sido retirados pela gestão anterior.

A minuta que será assinada possui 78 cláusulas, mais que o dobro do que consta no atual acordo coletivo de trabalho.

Entre os benefícios recuperados, estão os 200% de pagamento em dia de repouso, o reembolso creche/babá, o parcelamento do adiantamento do salário nas férias, a manutenção do pagamento e do ticket no caso de afastamento pelo INSS, entre vários outros. 

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