ENCOMENDA INTERNACIONAL
Quer comprar em sites do exterior? O que você precisa saber antes

Seja para adquirir aquele objeto de desejo ou aproveitar ofertas, as compras online no exterior caíram de vez no gosto dos brasileiros. Cada dia mais conectados, 14,1 milhões de consumidores do país compraram em sites estrangeiros no ano passado, segundo o Relatório Neotrust 3ª Edição, , elaborado pela Compre&Confie, em parceria com o E-Commerce Brasil.


Mas antes de encher o carrinho virtual, algumas dicas podem ser úteis para evitar surpresas desagradáveis. Por isso, lançamos a série “Compras online no exterior” (confira e-book) , para trazer informações importantes sobre prazos de entregas internacionais, modalidades de envio, novas funcionalidades do aplicativo Correios para encomendas vindas de fora, entre outros assuntos.


Você sabia, por exemplo, que toda compra realizada em sites estrangeiros é uma importação? Ao chegar no Brasil, todos os objetos são fiscalizados pela Receita Federal e outros órgãos anuentes, para impedir a entrada de produtos perigosos ou ilegais no país como, por exemplo, entorpecentes e substâncias tóxicas prejudiciais ao meio ambiente e às pessoas.


Além do controle tributário, algumas encomendas estão sujeitas à anuência de outros órgãos, como Anvisa, Inmetro, Vigiagro e Exército. É o caso de alimentos, bebidas, medicamentos e alguns itens aceitos sob condições. Pela plataforma Minhas Importações, dos Correios, o cliente pode verificar se será necessário fornecer informações complementares sobre a sua encomenda.

Se o produto não for liberado, o órgão fiscalizador responsável indica o fim a ser dado ao objeto: devolver ao país de origem, apreender ou destruir.

Esse tempo que a Alfândega leva para verificar as encomendas é variável e, portanto, irá interferir no prazo de entrega previsto. Os Correios só podem realizar a entrega depois que os objetos são liberados pelos órgãos fiscalizadores.

Proibições

Antes de realizar sua compra, é importante também verificar se a mercadoria em questão tem permissão para entrar no País, de acordo com as regras brasileiras de importação. Armas, animais silvestres e plantas silvestres, por exemplo, são proibidos.

Confira aqui a lista completa dos produtos não permitidos no fluxo postal de importações dos Correios.

Medicamentos


É permitido que pessoas físicas importem até US$10 mil em medicamentos por remessa internacional. Para medicamentos com receita médica destinados à pessoa física, não há cobrança de impostos.

A receita deve estar em português, conter informações referentes ao nome e domicílio do paciente, posologia, periodicidade do tratamento (limitado a 180 dias), data e assinatura do profissional responsável, seu domicílio ou endereço profissional.

Medicamentos para consumo pessoal terão a entrada no território nacional autorizada em quantidade e frequência compatíveis com duração e finalidade do uso, de acordo com instrução da Receita Federal (IN RFB Nº 1737/2017).

Lojas virtuais: dicas e cuidados

Assim como no Brasil, no exterior você pode realizar compras em grandes lojas virtuais, como a Wish, Best Buy e Amazon, ou em sites de compra e venda de produtos de particulares, como o eBay, semelhante ao Mercado Livre.

No momento de optar pelo site que irá comprar, é importante pesquisar a reputação do e-commerce e os relatos de outros consumidores. Também certifique-se de que o endereço eletrônico tenha cadeado, isso assegura que o ambiente é confiável.

No caso do eBay, verifique ainda a reputação do vendedor e se há um canal de contato direto com ele, a fim de esclarecer qualquer dúvida ou reclamação sobre o produto e o processo de compra.

Também é importante conhecer a política de trocas e devoluções da loja e se ela vale para entregas internacionais. Do contrário, você pode ter de arcar com os custos de reenvio da mercadoria que chegou com defeito ou que deseja devolver.

Na próxima matéria, vamos falar sobre as principais modalidades de envio (fretes) para compras no exterior e seus respectivos prazos de entrega. Até lá!

UPU enaltece trabalho dos operadores postais durante a pandemia: “sacrifícios incríveis”

Nesta sexta-feira (9) é celebrado o Dia Mundial dos Correios, marco da criação, em 1874, da União Postal Universal (UPU) – órgão da Organização das Nações Unidas que congrega operadores de 192 países. Entre outros temas, a UPU defende a estratégia de diversificação dos serviços postais, adotada pelos Correios no Brasil desde 2011. Pela primeira vez, neste ano o evento em comemoração ao Dia Mundial dos Correios ocorrerá virtualmente.

Em alusão à data, a UPU também divulgou sua tradicional mensagem anual, em que avalia as recentes conquistas e desafios do setor. Como não poderia ser diferente, o discurso enfatizou as dificuldades impostas pela pandemia de COVID-19 aos operadores logísticos, em todo o mundo. A essencialidade dos serviços postais e a resiliência dos funcionários de correios, que seguiram trabalhando enquanto o vírus se alastrava, foram enaltecidas na mensagem.

“É preciso reconhecer os incríveis sacrifícios feitos pelos operadores postais e seus funcionários durante a pandemia. (…) Gostaria de saudar a bravura e dedicação dos milhões de empregados dos correios que continuaram a prestar o seu serviço, apesar das perturbações globais”, diz um dos trechos da mensagem assinada pelo diretor da UPU, Bishar Hussein.

Os impactos da suspensão de voos internacionais, fechamento de fronteiras e as alternativas encontradas para administrá-los também foram destaque. Segundo a UPU, inovação e criatividade foram a marca desse período. “Quando surgiram obstáculos no caminho, novas rotas foram criadas. Navios substituíram voos comerciais; operadores postais desenvolveram novas formas de trabalhar e de assegurar as entregas”, ressaltou a mensagem.

Responsabilidade social

A UPU citou ainda a relevância do papel social do setor no auxílio aos mais vulneráveis. “Graças ao correios, pessoas idosas, isoladas e enfermas foram atendidas; equipamentos de proteção foram entregues e serviços financeiros essenciais, mantidos”, pontuou Hussein.

Desde o início da pandemia, os Correios do Brasil mobilizaram sua infraestrutura logística em uma grande rede de cooperação, para ajudar a salvar vidas. As ações abrangeram desde o transporte de material viral até a entrega de medicamentos em áreas remotas, envolvendo empregados, comunidade científica, entidades públicas e privadas em diferentes frentes.

Em recente parceria com o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), a estatal também doou milhares de camisas de carteiros e malotes postais inservíveis aos Correios, que estão se transformados em máscaras de proteção, toucas, mochilas e sacos de dormir para uso de pessoas em situação de rua.

“A empresa não mediu esforços para proteger seus empregados e adotar estratégias que minimizassem o impacto da pandemia à população brasileira, mostrando-se ainda mais essencial neste momento tão difícil”, destacou o presidente dos Correios, Floriano Peixoto.

DIA DO AMIGO
A menina, o carteiro e os cartões-postais

Renata Cordova

Gestos simples podem significar muito na infância e marcar a vida de uma pessoa para sempre. Foi assim no encontro da hoje psicóloga Claudia Regina de Assis Garcez com o então carteiro José Bernardo Teixeira Bunilha, na Porto Alegre dos anos 1970. No dia em que se celebra no Brasil o Dia do Amigo, a história da amizade improvável entre uma menina e um carteiro, contada por meio de cartões-postais.

Há 45 anos, Claudia residia na rua José do Patrocínio, na capital gaúcha. Ao resgatar suas memórias de infância, ela lembra das brincadeiras na rua, dos amigos e de uma ingenuidade nas relações e na ocupação dos espaços comunitários que as cidades grandes foram perdendo ao longo do tempo. “Eu brincava na rua, toda a quadra conhecia meus amigos e eu, que apertávamos os porteiros eletrônicos e saíamos correndo. Tínhamos uma cachorra adotada na rua, a Ísis. Quando inaugurou o Lago dos Açorianos, fomos todos tomar banho”, recorda. Nesta época, o pai de Claudia foi morar na Amazônia e a saudade fazia com que a menina enviasse cartas a ele e esperasse ansiosa pelas respostas.

Foi também em meados de 1975 que José Bunilha começou a trabalhar como carteiro: um período de sua vida que ele relembra com saudade. “Naquele tempo, o carteiro era uma figura de suma importância, pois as cartas eram ainda uma das principais formas de comunicação existente. Então, todos os moradores costumavam ter proximidade com o carteiro, desde as crianças até os vovôs, gerando assim muitas amizades”, relata.

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