Primeira Sinagoga das Américas/PE


Código de comercialização:
852005598

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Data de emissão: 21/10/2001
Emissão comemorativa: Primeira Sinagoga das Américas
Artista: João Maximiano
Valore facial: R$ 1,30 cada selo
Tiragem: 2.500.020 selos
Folha: 30 selos

SOBRE O SELO

A idéia principal desta composição, além da grande importância histórica, é o caráter geográfico, por se tratar da Primeira Sinagoga das Américas, enfatizado pela utilização de parte de um mapa (“Novo e preciso mapa de todo o Brasil” – Jan Blaeu, 1640) da época aproximada em que os primeiros judeus aqui chegaram, trazidos pelos holandeses em 1636 – este detalhe encontra-se ilustrado pelas cores da bandeira holandesa junto à caravela e pela utilização de uma bandeira com um dos símbolos dos judeus, a Estrela de Davi, como referência do local aproximado. A linha pontilhada significa a chegada dos holandeses em Recife, bem como a partida para Nova York. A caravela é baseada numa ilustração contemporânea ao domínio holandês no Brasil (“De Stadt Olinda de Pharnambuco” – Claes Jansz Visscher, 1630). A expressão em hebraico, ou seja, “Kahal Zur Israel”, significa Congregação Rochedo de Israel, o nome desta sinagoga. Este selo foi desenvolvido com as técnicas de bico-de-pena, lápis de cor e alguns recursos de computação gráfica.

PRIMEIRA SINAGOGA DAS AMÉRICAS

Com esta emissão, os Correios assinalam a chegada do povo judeu ao Brasil, bem como o surgimento da Primeira Sinagoga das Américas. Em 1496, o Edito de Expulsão, promulgado pelo rei de Portugal, D.Manuel I, obrigou a maioria dos judeus portugueses a se batizarem como católicos. Naturalmente, esses cristãos-novos, judeus convertidos à força ao catolicismo, aproveitavam qualquer oportunidade de emigrar para um país onde pudessem retornar à sua fé judaica original. O Brasil se tornou um novo lar para muitos deles, os quais tiveram papel importante na colonização, no que se refere à agricultura e ao comércio açucareiro. Durante muito tempo, a vida no Brasil foi relativamente tranqüila para os “marranos”, como eram chamados aqueles judeus que se declaravam conversos ao cristianismo, embora continuassem praticando o judaísmo às escondidas. A partir de 1590 , porém, quando o Santo Ofício enviou um inspetor ao Brasil, os cristãos-novos passaram a ser denunciados, presos, atormentados e torturados. A ocupação da Bahia (1624) e de Pernambuco (1630) pela Companhia das Índias Ocidentais, vinculada ao governo holandês, foi recebida com alívio pelos judeus, pois se iniciou um período de tolerância religiosa e permissividade de culto. No governo do conde holandês Maurício de Nassau, os “marranos” puderam sair da clandestinidade, submeter-se à circuncisão e praticar abertamente o judaísmo. Em 1636, foi fundada no Recife a primeira congregação judaica das Américas, denominada Zur Israel (“Rochedo de Israel”), e em 1640 foi inaugurada sua sinagoga nos altos de dois sobrados contíguos na Guarda do Bode, que passou a se chamar Rua dos Judeus. O líder espiritual da comunidade, Aboab da Fonseca, foi o primeiro rabino do Novo Mundo. Os portugueses, entretanto, não cessaram seus esforços para reconquistar o território perdido. Junto com os holandeses, os judeus do Recife batalharam corajosamente, mas, em 1654, vencidos pelo cansaço e pela fome, se renderam. Embora os portugueses tivessem prometido lhes conceder a “anistia”, os judeus, em sua maioria, preferiram buscar um futuro em outros lugares, com prejuízo para a Colônia. No Recife, a antiga Rua dos Judeus chama-se hoje Rua do Bom Jesus. Nos números 197 e 203, os sobrados que abrigaram a Primeira Sinagoga das Américas foram tombados pelo Patrimônio Histórico, para serem transformados em um Centro de Documentação da História Judaica. No andar superior será montada uma réplica da antiga Zur Israel.

RABINO HENRY I. SOBEL
Presidente do Rabinato da Congregação Israelita Paulista

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