Cecília Meireles


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Data de emissão: 07/11/2001
Emissão: Série Literatura Brasileira: Centenário de Nascimento de Cecília Meireles
Artista: Valéria Faria
Valor facial: R$ 0,55 cada selo
Tiragem: 2.000.000 selos
Folha: 25 selos

SOBRE O SELO

Na composição da imagem do selo, a artista apresenta à esquerda a figura de Cecília Meireles e uma citação contida no livro “Cânticos”, início do poema 23. Ao fundo, o Museu dos Inconfidentes em Ouro Preto/MG, que simboliza uma das grandes obras da poetisa, marco de sua carreira, “Romanceiro da Inconfidência”. O cravo simboliza o sentido poético e lírico da emissão. Foi utilizada a técnica de computação gráfica.

SÉRIE LITERATURA BRASILEIRA: CENTENÁRIO DE NASCIMENTO DE CECÍLIA MEIRELES

Cecília Meireles nasceu a 7 de novembro de 1901, na cidade do Rio de Janeiro. Na Escola Estácio de Sá, no Rio, concluiu em 1910 o curso primário. Na ocasião, recebeu das mãos de Olavo Bilac, Inspetor Escolar do Distrito, medalha de ouro por ter realizado todo o curso com “distinção e louvor”. Também no Rio de Janeiro, diplomou-se professora pela Escola Normal, hoje Instituto de Educação. Paralelamente, estudou línguas e música.

Publicou em 1919 sua primeira obra em versos, Espectros. No ano da Semana de Arte Moderna, casou-se com o artista plástico português Fernando Corrêa Dias, com quem teve três filhas: Maria Elvira, Maria Matilde e Maria Fernanda. Sob influência simbolista, publica em 1923 Nunca mais… e Poema dos Poemas, com ilustrações de Correia Dias. Seguem-se as publicações Criança, meu amor e Baladas para El-Rei.

Em 1927, Cecília adere ao Movimento Modernista, integrando o grupo da revista carioca Festa. Candidata-se, em 1929, à cátedra de literatura da Escola Normal, com a tese O Espírito Vitorioso. Não é aceita devido a questões político-religiosas. Escrevendo sobre educação, folclore e literatura infantil, inicia sua colaboração em jornais cariocas, sendo que de 1930 a 1934 assinou uma página no Diário de Notícias, dedicada aos assuntos de ensino.

Organizou, junto com Correa Dias, em 1934, a primeira Biblioteca Infantil, no Pavilhão Mourisco, em Botafogo, Rio de Janeiro. O livro As Aventuras de Tom Sawyer, de Mark Twain, considerado na época um obra perigosa, provoca o fechamento da biblioteca. Ainda neste ano, Cecília visita Portugal, onde faz conferências nas universidades de Lisboa e Coimbra, difundindo a literatura e folclore brasileiro. Ao regressar de Portugal, em 1935, um sofrimento a aguarda: a morte de Correia Dias.

Foi nomeada para lecionar Literatura Luso-Brasileira na Universidade do Distrito Federal, cargo que exerceu entre 1936 e 1938. Com o livro Viagem, publicado pelas Edições Ocidente, de Lisboa, recebeu o prêmio de Poesia da Academia Brasileira de Letras. Em 1939 e no ano seguinte publica em capítulos na revista Ocidente, também de Lisboa, Olhinhos de Gato, memórias de infância. Em 1940 casa-se com Dr. Heitor Grillo e viaja aos Estados Unidos e ao México. Publicou Vaga Música em 1942. Viaja ao Uruguai e Argentina em 1944. A partir de então, sucederam-se outras viagens: Açores e Europa, em 1951; Índia, Goa e Europa, em 1953; Porto Rico, em 1957; e Israel, em 1958. Recebeu o título de “Doutor Honoris Causa” da Universidade de Deli e outras publicações foram lançadas: Mar Aberto e Outros Poemas (1945), Retrato Natural (1949), Amor em Leonoreta (1951), Doze Noturnas de Holanda e O Aeronauta (1952).

Cecília Meireles faleceu em 9 de novembro de 1964, no Rio de Janeiro, deixando inacabado o poema épico-lírico em comemoração ao quarto centenário da cidade do Rio. A Academia Brasileira de Letras em 1965 lhe confere o Prêmio Machado de Assis, pelo conjunto de sua obra.

Ao lançar um selo em homenagem ao Centenário de Nascimento de Cecília Meireles, os Correios evidenciam o grande talento da poetisa. Cecília foi única, uma das mais autênticas escritoras brasileiras e estará presente eternamente na lembrança de todos que sonharam algum dia.

José Alberto Pinho Neves
Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage – FUNALFA

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