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Código de comercialização: |
Edital | nº 23 |
Arte: | Jô Oliveira |
Processo de Impressão: | Ofsete |
Folha: | 25 selos |
Papel: | Couchê gomado com brilho |
Valor facial: | R$ 0,55 |
Tiragem: | 1.200.000 selos |
Picotagem: | 11,0 x 11,5 |
Área de desenho: | 39mm x 21mm |
Dimensões do selo: | 44mm x 26mm |
Data de emissão: | outubro |
Local de Lançamento: | Rio de Janeiro/RJ |
Impressão: | Casa da Moeda do Brasil |
SOBRE O SELO |
O selo apresenta uma composição simétrica de três elementos figurativos: à esquerda, a cidade de Itabira, onde o poeta nasceu; à direita, a cidade do Rio de Janeiro, onde faleceu e, ao centro, seu rosto, retratado em idade avançada. O enfoque das cidades tem como objetivo assinalar o divisor da obra do poeta: Itabira, na poesia e Rio de Janeiro, na crônica. Os versos pertencem a um de seus primeiros poemas, em que o autor se autodefine. Foi utilizada técnica mista: nanquim, aquarela, lápis de cor e guache sobre papel fabriano. |
SÉRIE LITERATURA BRASILEIRA: CENTENÁRIO DE NASCIMENTO DE CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE |
Carlos Drummond de Andrade nasceu no dia 31 de outubro de 1902, em Itabira, município do Estado de Minas Gerais famoso pela exploração do minério de ferro. Passou a juventude em Belo Horizonte, onde fez o curso de Farmácia, e a maior parte da vida no Rio de Janeiro, onde morreu aos 85 anos, em 17 de agosto de 1987. Foi professor, jornalista, funcionário público e, principalmente, escritor, dos maiores e mais importantes da literatura brasileira no século 20. Em 1930, publica “Alguma Poesia”, o primeiro dos muitos livros com que brilhou em uma geração de grandes poetas, como Cecília Meireles, Vinícius de Moraes, Jorge de Lima e Murilo Mendes. “Sentimento do Mundo”, “A Rosa do Povo”, “Claro Enigma”, “Boitempo” e “As impurezas do Branco” são alguns dos outros volumes que estão entre os mais representativos da nossa melhor poesia. Nele, acham-se versos que já pertencem ao dia-a-dia do povo: “E agora, José?”, “Tinha uma pedra no meio do caminho”, “Mundo mundo vasto mundo” são ditos pelo homem comum como expressões da realidade cotidiana e dos problemas da vida. Não bastasse a grandeza poética, Drummond foi, também, um talentoso cronista, cuja prosa, inteligente e bem cuidada, reúne-se em “Confissões de Minas”, “Passeios na Ilha”, “Fala, Amendoeira” e “Cadeira de Balanço”, entre outros títulos. Acrescentem-se a eles as narrativas que escreveu para crianças, como “O Elefante” e “História de Dois Amores”, e as elogiadas traduções que assinou, pondo ao alcance do leitor brasileiro obras de Balzac, Lorca, Molière e Proust. O lançamento de selo comemorativo pela ECT destaca-se no programa com que se comemora, em todo o Brasil, o centenário de Drummond. Celebrando-o, a Filatelia mantém vivo na memória um homem que, pela riqueza humana e pelo gênio literário, é digno da homenagem dos contemporâneos e do respeito das futuras gerações. Isso tem um nome: imortalidade.
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