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Código de comercialização: |
Edital: | 9 |
Arte: | Alex Moreira |
Processo de impressão: | Offset |
Folha: | 30 selos |
Papel: | Couché gomado |
Valor facial: | R$ 0,70 |
Tiragem: | 4 500.000 selos |
Picotagem: | 11,5 x 125 |
Área de desenho: | 35mm x 25mm |
Dimensões do selo: | 40mm x 30mm |
Data de emissão: | 15/07/2003 |
Local de Lançamento: | Fortaleza/CE |
Impressão: | Casa da Moeda do Brasil |
Versão: | Assessoria de Relações Internacionais/ECT |
SOBRE O SELO |
O selo retrata, na paisagem natural da praia de Uruaú, Beberibe, uma jangada sendo retirada do mar, simbolizando o cotidiano do homem litorâneo cearense, que doma os mares bravios em busca da sobrevivência. O mar é representado no selo como paisagem e também como fronteira, que nestes 400 anos de história trouxe as diversas culturas que contribuíram para a formação do povo cearense. A logomarca dos 400 anos está inserida no canto inferior direito, numa composição que nos remete, arquetipicamente, à caravela e à jangada, ícones das descobertas do passado e do presente. A harmonia criativa das cores e da composição insere o observador na paisagem, como um participante da história. As técnicas utilizadas foram fotografia e computação gráfica. 400 ANOS DO ESTADO DO CEARÁ No dia 13 de julho de 1603, desembarca às margens do Rio Jaguaribe expedição comandada por Pero Coelho, com a intenção de garantir a posse das terras do Siará Grande para os domínios da Coroa portuguesa, ameaçada por toda sorte de piratas. Iniciada no conflito, a ferro e fogo, a cultura indígena é cotejada com as influências do conquistador português, que impõe sua língua, religião e costumes. Processa-se, então, uma transformação gradual das gentes e do lugar, fazendo nascer uma civilização capaz de vencer a aridez da caatinga e a violência das secas e criar uma cultura rica e original. Nasce, assim, um Ceará pujante e multifacetado. Um Ceará que luta em revoluções de independência e, ao mesmo tempo, inaugura a literatura brasileira com José de Alencar. Expande os limites dos sertões com seus vaqueiros, e ousa no mar com jangadeiros que, de tanto amar a liberdade, recusam-se a desembarcar escravos. Faz-se vanguarda política e transforma-se em Terra da Luz ao declarar a abolição da escravatura. Um Ceará de sedução, que tanto encanta a comissão científica como a Orson Welles. Um Ceará lutador, qual povo errante, que viaja por seus filhos, que se espalham pelo mundo sem jamais esquecer a rede na varanda e o canto da jandaia. Um Ceará fantástico na arte primitiva de Chico da Silva e no modernismo de Manuel Bandeira. Sublime, pela música de Alberto Nepomuceno. Vigoroso, nas telas de Raimundo Cela e, ao mesmo tempo sensível e perspicaz, nas letras de seus músicos contemporâneos. É no traçado de 400 anos de história que se constrói o Ceará do século XXI. Chega com uma economia diversificada e em expansão, três universidades, e posição especial nas artes e na cultura nacionais. Um ambiente capaz de abrigar as mais diferentes manifestações artísticas, do erudito ao mais popular, do arcaico ao contemporâneo, do rural e do urbano, em uma síntese onde a diversidade vence a tendência da massificação global. É este o Ceará do qual nos orgulhamos como cearenses e no qual investimos todos os nossos sonhos. É nesta terra que esperamos ver realizada a justiça social a partir de um povo que conheceu os grilhões da colonização e sobreviveu para ser livre. É neste solo, às vezes árido e seco, que desejamos ver crescer as raízes do saber e colher os frutos do desenvolvimento integral do homem e da terra. Lúcio Alcântara |