Bidu Sayão – Cantora Lírica


Código de comercialização: 852007248

 

Edital: nº 4
Arte: Benício
Processo de Impressão: Ofsete
Folha: 24 selos
Papel: Cuchê gomado
Valor facial: R$ 0,55 cada
Tiragem: 1.620.000 selos
Picotagem: 11,5 x 11,5
Área de desenho: 33mm x 33mm
Dimensões do selo: 38mm x 38mm
Data de emissão: 11/5/2006
Locais de lançamento: Rio de Janeiro/RJ e Brasília/DF
Impressão: Casa da Moeda do Brasil

Os pedidos devem ser endereçados à Agência de Vendas a Distância – Av. Presidente Vargas, 3.077 – 23º andar 20210-973 – Rio de Janeiro/RJ – telefones: (21) 2503-8095/8096; Fax:(21)2503-8638; e-mail: centralvendas@correios.com.br. Para pagamento, envie cheque bancário ou vale postal, em nome da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, ou autorize débito em cartão de crédito American Express, Visa ou Mastercard.

SOBRE O SELO

O selo retrata, ao centro, em primeiro plano, a imagem da cantora, caracterizada para a ópera La Traviata, um de seus grandes sucessos. Ao fundo, o teatro Municipal do Rio de Janeiro e o Metropolitan Opera House de Nova Iorque, simbolizando os palcos onde Bidu Sayão conquistou, internacionalmente, a sua glória como cantora lírica.

BIDU SAYÃO – CANTORA LÍRICA

Balduína de Oliveira Sayão, Bidu Sayão, nasceu no Rio de Janeiro, filha do advogado Pedro Luís de Oliveira Sayão e de Maria José Teixeira da Costa.

Considerada a mais notável e versátil soprano lírico-ligeiro de toda a América, Bidu Sayão foi admirada pela leveza e graça de sua interpretação, que, aliadas à pureza do timbre, à perfeição técnica e à “mise en scène”, fizeram com que seu nome figurasse nas grandes casas de espetáculos do mundo, ao lado dos maiores regentes e intérpretes líricos da época. Foi a única brasileira a ter seu retrato na galeria dos grandes cantores líricos do Metropolitan Opera House, em Nova Iorque.

Em princípio, a vocação artística da jovem se direcionou para o teatro. Desde a infância, desejava tornar-se atriz e a ópera permitiu-lhe a realização desse ideal. Entretanto, os familiares desaprovaram a carreira artística, posto que, na época, esta atividade não convinha a uma descendente de família tradicional brasileira. Assim, Bidu apareceu aos onze anos, em um sarau na sociedade carioca, em cujo programa se apresentaram obras de seu tio Alberto Costa, artista nato, que a incentivou a prosseguir na vida musical.

Aos treze anos, Bidu iniciou os estudos vocais, tendo concluído com louvor o curso de canto e declamação lírica em 1924. Na companhia de Alberto Costa, foi recebida pela Rainha Maria, da Romênia, e, por solicitação soberana, apresentou-se numa récita de gala no Palácio Real de Bucareste em homenagem ao Príncipe Hirohito, futuro Imperador do Japão. Em 1926, estreou no Teatro Constanzi, em Roma, em O Barbeiro de Sevilha, iniciando uma carreira lírica ininterrupta por mais de trinta anos, em teatros de mais de duzentas cidades estrangeiras, tendo sido uma das grandes estrelas do Metropolitan Opera House de Nova Iorque, a partir de 1937. No Brasil, percorreu desde Santana do Livramento, no Rio Grande do Sul, até Manaus e Belém.

Por volta de 1952, Bidu abandonou gradualmente o palco e restringiu-se a recitais de câmara e apresentações com orquestra. Encerrou a carreira lírica, em 1957, com a mesma obra de estréia nos Estados Unidos. Em março de 1999, cerca de um mês antes de completar 95 anos, faleceu em sua residência no Maine, Estados Unidos.

Algumas de suas gravações permaneceram antológicas, como Caro Nome do Rigoletto, de Verdi, Ária das Bachianas Brasileiras n.5, de Villa-Lobos, e Romeo e Julieta, de Gounod, permanecendo como modelo de interpretação musical para cantores de outras gerações.

Dentre as várias condecorações que recebeu destacam-se: Palmas Acadêmicas da França, Certificate of Honor of the Armed Forces of the USA, Cruz Vermelha de Nova Iorque, e, no Brasil, Medalha da Ordem Nacional do Mérito e Medalha de Ouro Villa-Lobos. Em 1995, foi tema do enredo da Escola de Samba Beija-Flor, no Rio de Janeiro.

Apesar de ter recebido propostas para se naturalizar norte-americana, sempre recusou essa idéia, demonstrando imenso nacionalismo. Em seus recitais de câmara, incluía, habitualmente, canções brasileiras. Com isso, foi uma importante divulgadora da nossa música erudita no exterior, em uma época em que os meios de comunicação eram precários, destacando-se como honrada e talentosa intérprete, da qual o Brasil muito se orgulha.

Prof. Sergio Bittencourt-Sampaio
Presidente da Academia Nacional de Música do Rio de Janeiro

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