SÉRIE 200 anos da chegada da Família Real: 200 anos do regulamento provisional da administração geral dos correios

Em prosseguimento às comemorações dos 200 anos da chegada de D. João VI e da Família Real Portuguesa ao Brasil, os Correios emitem um selo alusivo aos 200 anos do regulamento provisional da administração geral dos correios.

Regulamento Provisional da Administração Geral dos Correios

       Correios, crescer sempre para integrar!

        Nesta emissão, os Correios, encerrando a série de selos comemorativos da chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil, emitem um selo alusivo ao bicentenário da reformulação do Serviço Postal, promovida para atender às novas demandas de comunicação que surgiam à época.

        A vinda do Príncipe Regente para governar o Reino Português a partir do Brasil, exigiu, entre outras providências, uma ampla reorganização do Correio existente que, até então, estava mais bem preparado para trocar mensagens com a metrópole do que para a movimentação interna da correspondência na colônia. O desenvolvimento do comércio, com a quebra do monopólio português dos portos brasileiros, e os assuntos da Coroa na administração interna necessitavam, a partir de então, de um eficiente serviço para a comunicação de ordens, entrega de expedientes e trocas de despachos, entre os diversos setores administrativos da nova sede do governo lusitano.

        Coube ao Marquês de Aguiar, D. Fernando José de Portugal e Castro (Vice-Rei do Brasil de 1801 a 1806), então Secretário dos Negócios do Reino, a responsabilidade de reformular e reaparelhar para esse mister o Correio já existente, o que foi feito pela Decisão do Reino nº 53, de 22 de novembro de 1808. Essa Decisão aprovou o “Regulamento Provisional da Administração Geral dos Correios da Coroa e Província do Rio de Janeiro”.

        O Regulamento ditava normas de trabalho, inclusive horário a que deviam obedecer os empregados, salários e regras para o “recebimento e expedição da correspondência das pessoas da Cidade e às Capitanias”. Essa Decisão Régia é considerada o primeiro regulamento postal genuinamente brasileiro, tendo em vista ser elaborado no Brasil, para uma administração que de local passou a assumir características metropolitanas.

        O Regulamento de 22 de novembro de 1808 reveste-se de uma importância maior ainda por ter sido o último comum a Brasil e Portugal, depois da desocupação daquele país pelas tropas francesas, vigorando lá até 1826, e em território brasileiro até bem depois da Independência, quando D. Pedro I decretou uma nova reorganização dos serviços postais por meio do “Regulamento do Correio do Brasil”, de 5 de março de 1829.

        Durante a estada de D. João no Brasil, seriam ainda implementadas várias medidas no intuito de melhorar o desempenho dos serviços de correios: início das comunicações postais com outros países, além do mundo português e da Inglaterra, como os Estados Unidos e as nações européias pós-napoleônicas; organização e estabelecimento de novas linhas por mar para promover o intercâmbio de correspondências entre as diversas capitanias (depois províncias); e ainda criação de novas rotas de correios terrestres para o sul e para o norte do País, melhorando as já existentes.

Durante o Regime Imperial houve ainda duas medidas de grande alcance: a Reforma do Serviço Postal, de 29 de novembro de 1842, no início do governo de D. Pedro II, que unificou o porte das cartas e instituiu o pagamento prévio da tarifa, mediante o uso do selo postal adesivo, e a Reforma dos Correios do Império, de 26 de março de
1888, assinado pela regente Princesa Isabel, aprovando um regulamento, que serviria de base para os serviços postais nos trinta primeiros anos da República.

       Na “República Velha” merece menção a Lei nº 4.273, de 1º de fevereiro de 1921, que abriu caminho para uma profunda reestruturação administrativa dos serviços postais, que culminaria com a fusão da Diretoria-Geral dos Correios com a Repartição-Geral dos Telégrafos, dando origem ao Departamento dos Correios e Telégrafos – DCT, subordinado ao Ministério da Viação e Obras Públicas, em cumprimento ao Decreto nº 20.859, de 26 de dezembro de 1931, do Presidente do Governo Provisório da Revolução de 1930, Getúlio Dornelles Vargas.

        Os serviços postais e telegráficos, no período de 1945 a 1967, sofreram conseqüências de mazelas, que então assolavam o serviço público brasileiro, vindo a recuperar-se a partir da subordinação do DCT ao recém-criado Ministério das Comunicações, em 25 de fevereiro de 1967, e de sua transformação em Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos – ECT, pelo Decreto-Lei nº 509, de 20 de março de 1969. A nova estatal imprimiu à sua reorganização e aos seus serviços, já nos anos seguintes, um dinamismo sem par, que resgatou a confiança dos usuários.

        Atualmente, a excelência na prestação de serviços da ECT se destaca, entre outros segmentos, em consolidar a atuação em Logística Integrada, verdadeiro ícone do Correio moderno, operacionalizando e bem gerindo os serviços, prospectando oportunidades de negócio, modelando soluções adequadas e atuando, de forma sistematizada, na gestão de contratos.


José Luiz Peron
Professor e Historiador – ECT


SOBRE O SELO

200 anos do regulamento provisional da administração geral dos correios

O selo apresenta, como imagem de fundo, uma correspondência de época, tendo sobreposta parte das terras banhadas pelo Atlântico, do mapa-múndi.
As rotas marítimas, assinaladas em vermelho, indicam a comunicação postal, simbolizada no pombo-correio, que foi normatizada quando da regulamentação do Serviço Postal em nosso País.
Exemplo de ordenamento autenticamente nacional, sua institucionalização simboliza as origens da corporação postal no Brasil.
Na parte inferior, em destaque, na cor azul utilizada pelos Correios, vê-se a logomarca da Empresa e a indicação da conquista histórica do Serviço Postal brasileiro, nos 200 anos da Decisão Régia que o aprovou. Foi utilizada a técnica de computação gráfica.

Código de comercialização:

200 anos do regulamento provisional da administração geral dos correios: 852007884

 

DETALHES TÉCNICOS

Edital: nº25
Arte: Departamento de Filatelia e Produtos
Processo de Impressão: ofsete
Folha 30 selos
Papel: cuchê gomado
Valor facial: 1º Porte Carta Comercial
Tiragem: 10.200.000 selos
Área de desenho: 35mm x 25mm
Dimensões: 40mm x 30mm
Picotagem: 11,5 x 12
Data de emissão: 22/11/2008
Local de lançamento: Rio de Janeiro/RJ
Impressão: Casa da Moeda do Brasil
Versão: Departamento de Filatelia e Produtos/ECT
Prazo de comercialização: Até 31 de dezembro de 2011 (este prazo não será considerado quando o selo/bloco for comercializado como parte integrante das coleções anuais, cartelas temáticas ou quando destinado para fins de elaboração de material promocional.)

Os produtos podem ser adquiridos pela loja virtual dos Correios: www.correios.com.br/correiosonline ou pela Agência Central de Vendas a Distância – Av. Presidente Vargas, 3.077 – 23º andar 20210-973 – Rio de Janeiro/RJ – telefones: (21) 2503-8095/8096; Fax:(21)2503-8638; e-mail: centralvendas@correios.com.br Para pagamento, envie cheque bancário ou vale postal, em nome da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, ou autorize débito em cartão de crédito American Express, Visa ou Mastercard.

Stamp issue Nr. 25
Art: Department of Philately and Products
Print system: offset
Sheet size: 30 stamps
Paper: gummed chalky paper
Face value: ordinary first-class
Issue: 10.200.000 each
Perforation: 11,5 x 12
Design area: 35mm x 25mm
Stamp dimensions: 40mm x 30mm
Date of issue: Dec 22th, 2008
Place of issue: Rio de Janeiro/RJ
Printing: Brazilian Mint
English version: Department of Philately and Products/ECT.

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