Série Relações Diplomáticas: Chile – Proteção dos Pólos e das Geleiras Monitorar, equilibrar e preservar! Criosfera é o termo usado como referência a toda a parcela de neve e gelo que cobre aproximadamente dez por cento da superfície da Terra. Existem na natureza quatro tipos de gelo: o gelo de geleiras (formado pela precipitação e acumulação de neve ao longo de centenas e milhares de anos), o gelo marinho (formado pelo congelamento do mar), o gelo no solo (ou permafrost) e a cobertura de neve sazonal (aquela que se forma e derrete entre o inverno e o verão). Do ponto de vista climático, os dois primeiros tipos são os mais importantes. O gelo das geleiras cobre mais de 16 milhões de quilômetros quadrados e a maioria está no manto de gelo que cobre a antártica (12,3 milhões de quilômetros quadrados) e a Groenlândia (1,7 milhão de quilômetros quadrados), o restante está em ilhas do ártico e cadeias de montanhas como as Cordilheiras dos Andes e dos Alpes. Na antártica, o gelo atinge quase 5 quilômetros de espessura. Se todo esse gelo fosse transportado para o Brasil, teríamos uma capa homogênea de três quilômetros de gelo cobrindo todo o território nacional! A retração das geleiras e dos mantos de gelo é complexa. Geleiras situadas em cadeias de montanhas nos trópicos (Andes) e latitudes médias (Alpes, Himalaia, partes do Andes e nas Montanhas Rochosas) apresentam rápida diminuição e perda de massa por derretimento, ao longo das últimas décadas. No caso dos Andes, onde estão as geleiras mais próximas do Brasil, a perda foi de até trinta por cento da área, nos últimos quarenta anos. Geleiras no sul da Groenlândia e em outras ilhas do ártico também estão derretendo, e o mesmo se passa na parte mais amena do continente antártico, a península antártica. Por outro lado, no enorme e frio manto de gelo antártico (situado ao sul de 70°S), e que concentra a maior parte do gelo do mundo (90% do volume) não O rápido derretimento das geleiras de regiões tropicais e temperadas causará um aumento do nível médio dos mares entre 18cm e 59cm até 2100, segundo as conclusões do Painel Intergovernamental das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (IPCC na sigla em inglês). Isso implicará em custos enormes para a preservação das praias, estrutura portuária e deslocamento de parte da população costeira. Também reduzirá as reservas de água das populações que vivem nessas regiões montanhosas, como aquelas da Bolívia e Peru. Na península antártica, algumas espécies de animais e vegetais já migram mais para o sul, devido a uma atmosfera mais quente e à redução do gelo. O mar congelado que cobre o oceano ártico e também os mares que circundam a Antártica variam sua extensão entre 19 e 27 milhões de quilômetros quadrados, ao longo do ano, conforme as estações. Nos últimos vinte e cinco anos ocorreu uma rápida retração do mar congelado do ártico, e no auge do verão de 2007, esse gelo marinho ficou reduzido a aproximadamente 3,7 milhões de quilômetros quadrados, cinquenta por cento (a metade) da média histórica da superfície mínima, o que evidencia um encolhimento preocupante. A comunidade científica, liderada pela Associação Internacional de Ciências Criosféricas, está atenta ao rápido derretimento desse mar, o que causará fortes mudanças na circulação atmosférica e oceânica global e já afeta negativamente No Brasil, o estudo e monitoramento das mudanças na criosfera são liderados pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), no âmbito do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia da Criosfera, estabelecido recentemente pelo Ministério da Ciência e Tecnologia. Com esta emissão, os Correios do Brasil, por meio da Filatelia, divulgam o patrimônio natural das regiões polares, reconhecendo a necessidade de sua preservação e importância para o equilíbrio ambiental do planeta. Jefferson Cardia Simões |
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SOBRE OS SELOS O se-tenant registra duas riquezas da fauna das regiões polares, ressaltando a importância dessas espécies e a preservação do seu ecossistema, o que é fundamental para o equilíbrio ecológico do planeta. O selo da esquerda focaliza a imagem da foca-leopardo do hemisfério sul (Antártica), Hydrurga leptonyx, que possui como característica, além da robustez, manchas pretas sobre a pelagem. No selo da direita, o urso-polar, conhecido como urso-branco, Ursus maritimus, da região polar norte (Ártico) e, no canto inferior direito, a logomarca cristal de gelo, que identifica as missões sobre a proteção dos pólos e das geleiras. Na imagem de fundo, uma paisagem das geleiras continentais, que reportam à sua preservação. A flora da área é composta por vegetais inferiores (algas, fungos, liquens e musgos). Foram usadas as técnicas de desenho e computação gráfica. |
Código de comercialização
Proteção dos Pólos e das Geleiras : 852008023 |
DETALHES TÉCNICOS
Edital: | nº6 |
Arte: | Miriam Guimarães – ECT |
Forma de Emissão: | se-tenant com 2 selos |
Folha: | 24 selos |
Papel: | cuchê gomado |
Valor facial: | R$ 1,00 cada selo |
Tiragem: | 1.020.000 selos |
Área de desenho: | 71mm x 33mm |
Dimensões: | 38 mm x 38 mm cada selo |
Picotagem: | 11,5 x 11,5 |
Data de emissão: | 18/03/2009 |
Local de lançamento: | Brasília/DF e Porto Alegre/RS |
Impressão: | Casa da Moeda do Brasil |
Versão: | Departamento de Filatelia e Produtos/ECT |
Prazo de comercialização: | Até 31 de dezembro de 2012 (este prazo não será considerado quando o selo/bloco for comercializado como parte integrante das coleções anuais, cartelas temáticas ou quando destinado para fins de elaboração de material promocional.) |
Os produtos podem ser adquiridos pela loja virtual dos Correios: www.correios.com.br/correiosonline ou pela Agência Central de Vendas a Distância – Av. Presidente Vargas, 3.077 – 23º andar 2021-0973 – Rio de Janeiro/RJ – telefones: (21) 2503-8095/8096; Fax:(21)2503-8638; e-mail: centralvendas@correios.com.br Para pagamento, envie cheque bancário ou vale postal, em nome da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, ou autorize débito em cartão de crédito American Express, Visa ou Mastercard.