Live AproxiME: por que registrar a marca do seu e-commerce

O advogado e professor Carlos Alberto Martins Júnior foi o convidado da live da série AproxiME, nesta quinta-feira (27), apresentada no YouTube e produzida pelos Correios para apoiar pequenos e médios empreendedores neste momento desafiador. O especialista em direito empresarial discorreu sobre a importância da marca para uma empresa e de como ela deve ser vista como um patrimônio a ser preservado.

Juridicamente, marca é todo sinal distintivo, visualmente perceptível e que identifica e distingue produtos e serviços. Mas é, também, segundo Carlos Alberto, “aquilo que diferencia o seu produto ou serviço de um concorrente”. Assim, a marca funciona como um cartão de visitas que antecede a compra pelo consumidor.

Também é com base na marca que o consumidor busca reduzir os riscos envolvidos ao comprar um produto ou serviço. Durante a live, o especialista detalhou três tipos de riscos avaliados: o risco físico (que envolve riscos à saúde), o risco financeiro (o consumidor optará por um banco que confia para cuidar de seu dinheiro, por exemplo) e o risco social (pessoas podem ser socialmente avaliadas pelas marcas que usam, como no caso de roupas e automóveis).

Registre a sua marca

Segundo a Lei de Propriedade Industrial, uma forma de proteção de bens imateriais é a patente de invenção, relativa a invenções originais (por exemplo, o computador). Outra forma de proteção é o registro da marca, que, segundo Carlos, é a que merece mais atenção para os pequenos e médios empreendedores.

Por isso, além de consolidar e investir em uma percepção positiva da sua marca, é importante registrá-la no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). Isso garante exclusividade no uso da marca dentro de sua atividade comercial. O registro pode ser feito no site do instituto na internet, tanto por pessoa física quanto por pessoa jurídica.

“Os valores são acessíveis mesmo para quem tem um pequeno negócio”, segundo Carlos Alberto. No site do instituto, há mais informações sobre como fazer o registro. Também é aconselhável verificar junto ao INPI se alguém já pediu o registro de uma marca igual ou similar, pois isso pode evitar dores de cabeça ao empreendedor, que poderia ser acusado de tentar usar uma marca que já existe.

Atente-se ao prazo de renovação

Ao contrário das patentes, as marcas não caem em uso comum, mas sua concessão de uso deve ser renovada a cada dez anos, contados a partir do momento da concessão. É importante ter em mente que, do pedido à efetiva concessão do registro, pode demorar mais de dez meses. O pedido de renovação deve ser feito um ano antes de expirado o prazo de concessão.

No entanto, a concessão da marca não garante por si só o domínio de internet com o nome da marca, por mais original e diferente que ele seja. Tratam-se de coisas diferentes: é necessário possuir tanto a concessão da marca quanto o registro do domínio na internet.

Uma vez que o empreendedor tenha registrado devidamente a sua marca, ele pode, inclusive, licenciá-la para que terceiros a utilizem e receber royalties por isso. Por exemplo, se você fabrica determinado produto para o público infantil, pode licenciar sua marca para alguém que produz camisetas.

Desde que se destinem a ramos totalmente distintos, duas marcas podem inclusive ter o mesmo nome; é o caso, por exemplo, do mesmo nome para uma revista e para um produto de limpeza. Mas, há exceções em relação a isso que serão vistas mais abaixo.

Tenha uma marca forte

Uma marca que possua distinção e fuja de expressões de uso comum é um dos pontos mais importantes para um e-commerce, segundo o especialista. Marcas que usam palavras de uso comum podem posteriormente sofrer com a concorrência de empresas com nomes parecidos.

A originalidade também vale para o design das embalagens. “Quando dois produtos têm marcas e características diferentes, mas embalagens muito parecidas, pode levar o consumidor inadvertidamente a comprar o produto de um concorrente”, ressaltou o advogado.

Ao finalizar a live, o especialista alertou que, embora seja possível cadastrar marcas no INPI sem a necessidade de contratar serviços de advocacia, é importante procurar ajuda de um profissional se você suspeitar que alguém está querendo usurpar sua clientela utilizando sua marca de alguma forma.

Especialista em e-commerce apresenta dicas para planejar vendas na internet

Conhecido no mercado como “mago do e-commerce”, o especialista em varejo eletrônico e professor universitário, Cristopher Neiverth, foi o convidado desta quinta-feira (15), da live da série AproxiMe, realizada pelos Correios. O objetivo do evento online, transmitido no canal oficial da empresa no Youtube, é apoiar pequenos e médios empreendedores neste momento desafiador, em razão da pandemia.

Durante a live, Cristopher Neiverth deu dicas de como prever e gerir melhor as vendas online, do planejamento ao estoque. No início da sua apresentação, o especialista pontuou que, antes de mais nada, é importante entender as mudanças de comportamento do consumidor, o que ele quer e onde está comprando: pelo site, WhatsApp ou aplicativo, por exemplo.

Segundo Neiverth, hoje o e-commerce tem três componentes importantes: device (celular, tablet, computador), meio de pagamento e internet. E eles estão nas mãos dos consumidores, por meio dos 229,2 milhões de smartphones no país, com uma média de 4 horas por dia de navegação na web.

Estabeleça metas de vendas

De forma prática, Neiverth apresentou os passos básicos do planejamento das vendas online, começando pela definição de metas de vendas. A receita anual, de acordo com o especialista, deve ser dividida mensalmente de acordo com a sazonalidade de cada negócio. Cabe ao empreendedor definir suas metas de ticket médio, taxa de conversão e porcentagem de pedidos pagos para alcançar a receita mensal determinada.

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CONFERÊNCIA AICEP
Adaptação é ordem para logística do e-commerce pós-pandemia

Os números são incontestáveis: a pandemia do novo coronavírus acelerou a tendência de crescimento do comércio eletrônico em todo mundo. Em 2020, o Brasil registrou um aumento de 41% no faturamento das operações de comércio eletrônico e de 30% no volume de pedidos online. O País possui, atualmente, quase 80 milhões de consumidores digitais, segundo dados das consultorias Ebit|Nielsen.

Com objetivo de avaliar as mudanças e desafios logísticos para o e-commerce neste novo cenário, os Correios participaram, nesta terça-feira (30), do primeiro ciclo de conferências de 2021 da Associação Internacional das Comunicações de Expressão Portuguesa (AICEP), em parceria com os CTT – Correios de Portugal. O tema do encontro foi “O grande salto do e-Commerce – Crescer o negócio” (assista aqui).

Representando os Correios, o diretor de Negócios da estatal, Alex do Nascimento, falou sobre como a empresa brasileira tem se reiventado para se adaptar aos novos hábitos de consumo e ao aumento de volume de encomendas. “As compras online internacionais, por exemplo, cresceram no último ano cerca de 52%. Para nós, essa alavancagem do e-commerce foi encarada tanto como uma oportunidade quanto como uma necessidade de oferecer novos serviços, apoiando a sociedade brasileira neste momento tão difícil”, disse.

O diretor de Negócios dos Correios representou o Brasil na conferência da Associação Internacional das Comunicações de Expressão Portuguesa (AICEP).

Como exemplo, além das adequações às novas regras e cuidados sanitários, o diretor citou que a estatal tem intensificado a redução dos preços do frete e dos prazos das entregas de encomendas em milhares de trechos pelo País (leia mais). Além disso, os Correios apostaram na inserção de novas tecnologias e no maior grau de digitalização dos seus serviços, a partir de um olhar centrado na experiência do cliente.

Uma das novas soluções dos Correios, citadas pelo diretor, foram os armários inteligentes, lançados em outubro de 2020 no Rio de Janeiro e no Distrito Federal (leia mais). “Além de reduzir custos logísticos, com os Lockers o cliente tem muito mais comodidade: ele decide onde e quando quer receber o seu objeto. Em breve, o Estado de São Paulo também receberá os armários inteligentes dos Correios”, salientou.

O diretor de Negócios dos Correios também falou sobre a diversificação dos produtos aceitos pela empresa, como itens menores e mais sensíveis. “O momento atual exige dos operadores logísticos entregas mais rápidas e preços reduzidos. Já iniciamos um teste-piloto para entrega dentro de 2 a 4 horas na cidade de São Paulo. Isso demanda uma redistribuição do processo logístico e a criação de novos armazéns”, ressaltou.

Seguindo essa tendência de adaptação , que de acordo com Alex é a palavra de ordem para a rede logística pós-pandemia, os Correios agregam um conjunto de outros serviços que vão além da logística. Um exemplo é o programa Aproxime, iniciativa criada para fortalecer o comércio eletrônico, auxiliando pequenas e médias empresas a alavancarem negócios no digital. “Não fazemos só entregas, somos um prestador de serviços relevantes para crescimento do comércio eletrônico”, frisou o dirigente.

Também participaram da conferência virtual, o presidente executivo dos CTT Correios de Portugal, João Bento; o diretor de E-commerce dos CTT Correios de Portugal Alberto Pimenta; o diretor de Negócios dos Correios do Brasil, Alex do Nascimento; o fundador e CEO da Tupuca, Erickson Mvezi; e o diretor de E-commerce da SonaeMC, Pedro Santos.