Sandra Santos
Todos os dias, às 21h, no maior aeroporto do Brasil, caminhões dos Correios começam a formar fila para o desembarque de encomendas no terminal de carga aéreo (Teca) de Guarulhos (SP). Para vencer as distâncias continentais do Brasil, é pelo ar que seguem os objetos enviados por Sedex, que precisam chegar ao destino o quanto antes.
Graças aos aviões da rede postal noturna (RPN) dos Correios, que completou 45 anos neste mês, os jornais de circulação nacional, impressos em São Paulo, podem ser entregues do outro lado do Brasil em poucas horas, por exemplo.
Por noite, 300 empregados em vários aeroportos do Brasil cuidam do encaminhamento e tratamento de mais 300 toneladas de objetos postais transportados pela RPN. Pelo Teca Guarulhos, passa mais da metade desse volume de carga.
Para não ocorrer atraso na liberação dos voos, diferentes modalidades logísticas operam simultaneamente. De um lado, uma equipe dos Correios trabalha para carregar e descarregar aviões. Do outro, o mesmo processo ocorre com os caminhões. Em média, a empresa leva 10 minutos para descarregar um caminhão com 8 toneladas de carga e uma carreta com 15 toneladas, de 12 a 15 minutos.
Sobre a RPN
Criada em 7 de outubro de 1974, a rede postal noturna dos Correios nasceu da necessidade de reestruturar o plano de encaminhamento dos objetos urgentes e prioritários transportados no país. Antes, esse trabalho era feito pelo Correio Aéreo Nacional (criado em 1941 pela fusão dos correios Militar e Naval).