Papai Noel dos Correios: a emoção de tirar sonhos do papel

Sandra Santos

Histórias que tocam o coração são muitas quando o assunto é a Campanha Papai Noel dos Correios. A possibilidade de contribuir para um final feliz, pelo menos quanto aos pedidos de Natal, é o que move há 30 anos pessoas, instituições e empresas a se juntarem à essa corrente de solidariedade. Na campanha deste ano, lançada em 4 de dezembro, mais de 310 mil cartinhas já foram adotadas até 29/11.

E se há belas histórias por parte das crianças que mandam as cartinhas, também há muitos relatos emocionantes dos padrinhos e madrinhas que fazem da campanha um compromisso ano após ano. Aniversariante do dia 22 de novembro, a administradora Nathália Villela Ferreira, de Brasília, fez da festa do seu aniversário um motivo para arrecadar presentes para as crianças que escrevem para o Papai Noel dos Correios.

Com essa iniciativa, ela, que contribui com a campanha há dez anos e começou adotando cerca de 20 cartas, chega a tirar do papel os sonhos de mais de 200 crianças. “O meu presente é ver os pedidos das crianças atendidos. Até brinco com meus amigos dizendo: eu e as crianças agradecemos. No começo, mobilizava só algumas pessoas, mas o círculo foi aumentando. Todos gostam de participar. Quando vai chegando a data, o pessoal já me liga perguntando sobre as cartinhas”, explica.

Nathália faz questão de deixar claro que é com muita alegria que investe boa parte do tempo fazendo a relação dos padrinhos e madrinhas e, também, de cada pedido, para que as cartinhas das crianças sejam de fato atendidas, tal como elas sonham. “A gente faz toda uma organização para trazer todos os presentes juntos, afinal são muitos. Mas tudo é muito gratificante”, garante.  

Pedidos inusitados

De brinquedos a exames médicos, os pedidos das crianças muitas vezes surpreendem. Foi assim com o técnico administrativo Luiz Fernando Pedretti, padrinho da campanha há quase uma década. Aparentemente, encontrar um elefante rosa com um gorro vermelho não parecia difícil. Mas, na prática, não foi assim tão simples tirar esse sonho do papel.

Luiz não mediu esforços para atender pedido. Foto: Divulgação/Correios

“Não achava o brinquedo porque nenhum vinha com o gorro de Papai Noel. Então, comprei um elefante rosa e minha esposa fez o gorro. Acho que, justamente por isso, esse foi o pedido que mais me marcou, foi o que mais me deu satisfação em atender. É muito gratificante”, conta Luiz.

Assim como Luiz, à medida que o Natal se aproxima, milhares de pessoas entram nas agências de Correios em busca das cartinhas destinadas ao Papai Noel. “Vim à procura de uma história que fosse tocar meu coração. E encontrei”, explica a estudante de Ciências Sociais, Laura Teixeira de Queiroz Coutinho. Com apenas18 anos, a adolescente não quis esperar mais para amadrinhar um dos pedidos feitos ao Papai Noel. “Eu e meu namorado decidimos adotar uma cartinha em vez da gente se presentear no Natal. É muito gratificante”, explica.

Gratificante é uma das respostas mais comuns sobre a sensação de adotar uma cartinha. Uma prova de que a alegria em doar pode ser tão poderosa quanto a de receber. Então, como diz o jingle da campanha, “esquece a barba branca, as renas e o gorro, o Papai Noel existe e eu posso chamar de você!”.

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