Frete grátis:  três erros que podem comprometer o seu negócio

Amanda Madureira

Oferecer fretes atrativos tem sido um grande trunfo das lojas virtuais para aumentar as vendas e reduzir taxas de abandono de carrinho. Segundo pesquisa realizada pelo Baymard Institute, o principal motivo que leva um cliente a desistir da compra é o preço do frete: 48% deixam de adquirir um produto devido aos custos da entrega. 

Mesmo tentadora, a estratégia do frete grátis deve ser adotada com cautela para evitar prejuízos à loja virtual. “Essa livre cobrança não deve ser oferecida de forma deliberada, sem um estudo prévio, considerando a repercussão da decisão no cenário da empresa”, alerta o CEO e fundador do Preço Certo, Marcelo Roque, convidado da live “Os Segredos do Frete Grátis”, desta  quinta-feira (13).

Com a proximidade do Dia do Frete Grátis, que acontece na última sexta-feira de abril (28), o Blog dos Correios selecionou os principais erros a serem evitados no seu negócio na visão do especialista. Confira abaixo:

Mascarar a margem de lucro

O número de empresas que fecham as portas no Brasil no primeiro ano de operação chega ao patamar de 40%. Segundo estudo realizado pelo Preço Certo (plataforma de formação e gestão de preços, compras e indicadores do varejo), 85,6% dessas empresas não se sustentam devido a dois principais fatores: erro de lucratividade e falta de capital de giro.

“Quando entra o frete grátis nessa história, se você não tem controle da sua margem de lucro, ou gere seu negócio por métricas de vaidade, sua empresa irá quebrar. Por isso, é tão importante pensar no frete como uma ferramenta de crescimento na qual, de fato, você tenha resultado financeiro atrelado a ele”, ressalta Marcelo.

Incluir custos fixos no preço

Antes de oferecer frete grátis, é fundamental que o empreendedor saiba o que compõe o preço da venda do seu produto. Conforme o especialista, os elementos a serem observados na precificação são: tributação, custos de compra e confecção e custos de venda – e aqui entra o valor do frete.

E em relação aos custos fixos, para Roque, diluí-los no valor final do produto não é uma boa alternativa. “Ao fazer a formação de preço, é preciso retirar os custos fixos dessa operação para não mascarar o lucro e não perder competitividade”, alerta.  

Não apurar a margem de contribuição

Durante a live, Marcelo listou ainda alguns métodos de precificação, como Markup, Preço baseado na concorrência e Margem de contribuição. Para cada forma, segundo ele, é preciso levar em consideração os fatores positivos e negativos que impactam no faturamento e na lucratividade do negócio.

“Independente do método de precificação, você sempre deve apurar, em todos os canais da sua empresa, a margem de contribuição dos produtos (receita de vendas menos os custos variáveis)”, explica Marcelo.  

Para conferir mais dicas e as soluções dos Correios para o seu negócio, assista a live completa no canal dos Correios no Youtube.

Live Aproxime – As lives do programa AproxiME dos Correios trazem conteúdos relevantes sobre o comércio eletrônico, com o objetivo de apoiar lojistas no fortalecimento e desenvolvimento de seus negócios, frente à tendência de aceleração do consumo digital. Os encontros virtuais ocorrem às quintas-feiras, a partir das 11h, e estão disponíveis no canal oficial dos Correios no YouTube.